A guerra na Ucrânia pode não estar acontecendo do jeito que nossa mídia está divulgando – Tucker Carlson
(25/08/2023)
Praticamente tudo o que a rede de televisão NBC News e o jornal The New York Times têm dito a você sobre a guerra na Ucrânia são mentiras.
Que o exército russo é incompetente, eles afirmam. E que a Ucrânia é uma democracia. Vladimir Putin é um Hitler e está tentando dominar o mundo. Felizmente, os ucranianos estão vencendo.
Nada disso é verdade. Cada afirmação é falsa. Especialmente a última. O exército ucraniano, não está vencendo. Na verdade, está perdendo muito feio.
A Ucrânia está sendo destruída. Sua população está sendo massacrada em batalhas desequilibradas, por um inimigo tecnologicamente superior ou está sendo espalhada aos milhões para o resto do mundo, como refugiados.
A Ucrânia está ficando sem soldados.
Quando isso acontecer, inevitavelmente surgirá a pergunta quem os substituirá? Se os ucranianos não conseguirem derrotar Putin, quem conseguirá?
A resposta, é claro, seremos nós. Tropas americanas vão lutar contra o exército russo na Europa Oriental. Isso é o mais provável. E a suposição é que venceremos. Mas será que venceremos? Provavelmente não, diz o ex-coronel do Exército Douglas McGregor, um veterano de combate condecorado que assessorou o Secretário de Defesa no último governo.
Os Estados Unidos, diz McGregor, estão à beira de uma guerra catastrófica que poderá facilmente nos destruir. Poucos americanos parecem entender isso, mas deveriam.
Doug McGregor é agora o CEO da “Our Country, Our Choice” e conversamos com ele recentemente. Vale a pena ouvir essa conversa. Doug McGregor, obrigado por estar conosco.
Como você avalia e descreve a situação da guerra na Ucrânia neste momento?
DOUGLAS MACGREGOR:
Essa é uma pergunta importante e não há muitas pessoas que tenham boas respostas até o momento. Acho que todas as mentiras que foram contadas por mais de um ano e meio sobre os ucranianos estarem vencendo. A causa ucraniana é justa.Os russos são maus, os russos são incompetentes.
Tudo isso está desmoronando. E está desmoronando porque o que está acontecendo no campo de batalha é horrível.
Acreditamos que os ucranianos já perderam 400.000 homens, mortos em combate. Estávamos falando de 300, 350.000 há alguns meses. No último mês dessa suposta “contraofensiva” que era para arrasar o campo de batalha, eles tiveram pelo menos 40.000 mortos.
Não sabemos nem mesmo quantas pessoas foram feridas, mas sabemos que provavelmente mais de 40 a 50.000 soldados estão amputados. Sabemos que os hospitais estão lotados. E sabemos que unidades ucranianas, em nível de pelotão e companhia, que têm de 50 a 200 homens, estão se rendendo aos russos de forma fragmentada. Não é porque não queiram lutar. É porque não podem mais lutar.
Eles têm tantos feridos que não podem evacuá-los. E os comandantes estão dizendo:
Como não posso evacuar meus feridos, vou me render, caso contrário, os feridos vão morrer. Então, eles chamam os russos, todos falam russo e dizem a eles pelo rádio, Olha, eu tenho 50, 60 feridos aqui, Vou me render porque não quero que sejam mortos.
E os russos, desde o início, sempre procuraram tratar os soldados ucranianos capturados de forma justa e gentil. Assim, eles sabem que não serão abusados ou maltratados. Eles sabem que podem ser trocados por prisioneiros russos no futuro, por isso estão se rendendo.
E acho que veremos esse exército, com o qual estamos gastando tão pesadamente, cada vez mais se desfazendo.
E, ao mesmo tempo em que estamos falando, se olharmos para essa longa faixa de território em forma de banana, esse território no sul da Ucrânia, que os russos controlam. E se você for para o canto nordeste dessa área, no sul da cidade chamada Kharkiv, há grandes operações ofensivas que estão ocorrendo nesse momento e as forças ucranianas estão sendo varridas da frente dos russos.
E, novamente, tudo isso acontece de uma forma que não é relatado no Ocidente. E, enquanto isso, em vez de admitir que essa é uma tragédia terrível, que deve ser encerrada por motivos humanitários, se não por outro motivo, que a matança deveria parar, como disse o presidente Trump: “Parem essa matança”.
Nós vamos continuar.
E isso coloca os russos em uma posição infeliz, de marchar mais para o oeste, porque desde o início, Putin e seus conselheiros nunca estiveram interessados em uma guerra contra a OTAN ou contra os Estados Unidos. É por isso que há tanto incrementalismo, um movimento lento para frente e operações defensivas, por um longo período, para aumentar as forças e depois, operações ofensivas contínuas.
Eles têm mais de 300.000 tropas de combate em reserva na Rússia e acho que elas estão lá e não estão liberadas para lutar porque o presidente Putin prevê a possibilidade de que os EUA venham a intervir no oeste da Ucrânia. E se nós intervirmos no oeste da Ucrânia, os russos estarão preparados para isso.
E as consequências para nós e para a OTAN serão devastadoras, porque não estamos preparados para lutar contra os russos.
Por quê?
Oh, acho que a prontidão está em declínio aqui há muito tempo. Houve um declínio quase constante e ininterrupto na disciplina, que faz com que os soldados lutem. A disciplina é uma coisa difícil. Nem sempre a entendemos. A disciplina é realmente uma forma de hábito. E você constrói esse hábito ao longo do tempo, por meio da repetição. Mas também o desenvolvemos sob estresse, sob pressão, para que ele seja absorvido. E então você constrói coesão dentro da estrutura dessas unidades.
Não se constrói coesão quando se está dividindo a força por motivos raciais quando se está promovendo pessoas, claramente não qualificadas, para subir na hierarquia de comando. Quando se recompensa as pessoas por qualquer coisa que não seja o caráter, a competência e a inteligência demonstrados.
Todas essas coisas são desmoralizantes e destrutivas para as instituições militares. O exército e os fuzileiros navais estão sofrendo com isso. A Força Aérea também. E a Marinha. E não há solução fácil.
E essas rachaduras que, no momento, são apenas rachaduras, se tornarão fissuras gigantescas se você entrar em guerra.
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NOTA
O texto acima foi extraído das legendas deste vídeo, publicado no Rumble e legendado por mim.
Luigi Benesilvi
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