Dramática história de sobrevivência da cristã libanesa Brigitte Gabriel

(13/10/2023)

“Meu nome é Brigitte Gabriel e gostaria de compartilhar com vocês minha história.”

Percebi ontem, quando publiquei um post sobre meu passado, que muitos dos meus novos seguidores e pessoas que me conhecem como comentarista política, que está sempre comentando sobre eventos políticos e acontecimentos atuais, que muitas pessoas não fazem ideia da minha história e porque sou tão apaixonada por falar da maneira como falo.

Mas deixe-me compartilhar com vocês meu histórico e entenderão o motivo e de onde vem essa paixão e porque esta semana tem sido tão difícil para mim observando o que está acontecendo no Oriente Médio.

Veja bem, eu nasci e cresci no Líbano, que costumava ser o único país de maioria cristã no Oriente Médio. Tínhamos a mente aberta, éramos justos, éramos tolerantes, éramos multiculturalistas.

Nós nos orgulhávamos de nosso multiculturalismo. Tínhamos fronteiras abertas. Recebíamos todos em nosso país, porque queríamos compartilhar com eles a ocidentalização que havíamos criado no coração do Oriente Médio.

O Líbano tornara-se a Paris do Oriente Médio, e a capital bancária do Oriente Médio.

Infelizmente, tudo isso começou a mudar quando aceitamos uma onda de refugiados em nosso país. Pessoas que não compartilhavam nossos valores, mas que queriam usar o Líbano como plataforma de lançamento para matar os judeus e lançá-los ao mar.

O Líbano foi o único país do mundo árabe que aceitou a terceira onda de refugiados palestinos.

Quando eles chegaram ao nosso país, queriam destruir nosso país. Eles acabaram destruindo nosso país.

Meu “dia 9 de setembro de 2001” aconteceu comigo em 1975, quando palestinos islâmicos radicais explodiram minha casa, derrubando-a e me enterrando sob os escombros, ferida.

Fiquei internada em um hospital por dois meses e meio. E enquanto estava deitada em uma cama de hospital, ligada a aparelhos “intravenosos”, eu perguntava aos meus pais:

 Por que eles fazem isso conosco?”

E meus pais me diziam,

“Porque somos cristãos, eles nos consideram infiéis e querem nos matar.”

Estudantes Cristãos no Líbano:
“Sentimos que nossa pátria não nos quer”

Então, aprendi desde garotinha de 10 anos, que queriam me matar, simplesmente porque nasci na fé cristã e vivia em uma cidade cristã.

Acabamos deixando o hospital e voltando para casa. Mas minha casa não era mais a mesma que eu havia deixado.

Acabei morando em um abrigo antibombas, debaixo da terra, em um quarto de 3 por 4 metros, sem eletricidade, sem água e com pouquíssima comida.

E foi lá que vivi os 7 anos seguintes de minha vida, dos 10 aos 17 anos de idade despojada da minha juventude.

Os islâmicos palestinos cortaram todo o abastecimento de água da nossa cidade, cortaram a eletricidade e os alimentos.

Para podermos sair e obter alguns vegetais, saíamos e cavávamos dentes-de-leão e outras vegetações, que cresciam ao redor de nosso abrigo antiaéreo, porque era a única salada que tínhamos para comer.

Para obter água, rastejávamos até uma fonte próxima, pois estávamos cercados por atiradores islâmicos palestinos que disparavam contra nós.

E toda vez que saíamos de nosso abrigo antiaéreo para ir até a fonte para pegar água, fazíamos nossas últimas despedidas, porque não sabíamos se voltaríamos vivos ou mortos, só para pegar água. Isso se tornou minha existência.

Lembro que alguns anos durante a guerra, que no início pensávamos que seriam apenas algumas semanas e então todos veriam os massacres que os palestinos estavam fazendo com os cristãos no Líbano e como eles se uniram aos muçulmanos no Líbano e declararam “jihad” contra os cristãos. Os massacres de crianças, a matança, e até a crucificação de homens cristãos em cruzes.

Um dos conhecidos massacres foi na cidade de Damour, no Líbano onde eles massacraram toda a cidade. Essa barbárie palestina não é nova.

Meu pai dizia que todas as nações cristãs iriam se levantar e ver o que estava acontecendo com o Líbano, aos cristãos, e viriam nos salvar.

Mas ninguém veio.

E o mundo se esqueceu de nós.

Lembro-me de que três anos depois de viver no abrigo antibombas, eu tinha 13 anos de idade, e um de nossos milicianos, um de nossos amigos cristãos, passou por aqui e me disse:

“Brigitte, ouvimos muita conversa no rádio e acreditamos que esta noite seremos massacrados”.

 E ele disse:

“Se eu não vir você amanhã, desejo a você uma morte misericordiosa”.

E foi embora.

Lembro-me de que, aos 13 anos de idade, vesti minha roupa de domingo, meu vestido de Páscoa, porque queria estar bonita, pois sabia que quando eles viessem me matar não haveria ninguém para me enterrar. E eu queria estar bonita quando estivesse morta.

Lembro de minha mãe penteando meus longos cabelos negros eu soluçava, soluçava, implorando a ela:

“Não quero morrer. Tenho apenas 13 anos de idade.</i> <i>Por favor, faça alguma coisa. Não quero morrer.”

E não havia nada que minha mãe pudesse me dizer.

Lembro de estar sentada no canto de nosso abrigo antibombas e meu pai começou a ler os Salmos,

“Andarei pelo vale da morte e não temerei mal algum, pois Tu estás comigo.”

E meus pais me disseram:

“Quando eles vierem para nos matar esta noite, criaremos uma distração. Você é nossa única filha. Você é uma criança pequena. Nós já tivemos uma vida longa. Criaremos uma distração. E corra em direção a Israel, corra em direção à fronteira israelense e não olhe para trás.”

Veja bem, sabíamos que se corrêssemos para os judeus e implorássemos por ajuda, os judeus não nos matariam, porque tínhamos mais valores comuns com eles do que com os muçulmanos.

Graças a Deus, não precisei tomar essa decisão naquela noite, porque foi nessa noite, quando Israel entrou fisicamente no Líbano, estabeleceu a zona de segurança e expulsou os radicais elementos palestinos islâmicos que cercavam nossa cidade e Israel montou bases de artilharia nas colinas ao redor de nossa cidade.

E foi assim que sobrevivemos por mais 5 anos, até 1982, quando Israel invadiu o Líbano, trabalhando com os cristãos, tentando ajudar os cristãos a retomar seu país, a retomar sua democracia, e expulsar os elementos islâmicos radicais, que haviam assumido o controle do país, naquela época

Tínhamos 11 organizações terroristas islâmicas operando no Líbano, inclusive a OLP, a Organização para a Libertação da Palestina. E Israel acabou finalmente expulsando Arafat e seus corruptos, por todo o caminho até a Tunísia.

E foi assim que saímos do abrigo antibomba e voltamos a reconstruir nossas vidas.

Acabei me mudando para Israel em 1984 e me tornei âncora de notícias da “World News” no Oriente Médio, cobrindo eventos mundiais.

Porque eu queria que a missão de minha vida fosse combater o maligno e entender como pessoas podem odiar tanto a ponto de cometer tais atrocidades.

 A história de minha vida está detalhada em um livro intitulado,

 “Because They Hate: A Survivor of Islamic Terrorism Warns America”.

 (Porque eles odeiam: sobrevivente do terrorismo islâmico alerta os Estados Unidos).

O livro vendeu mais de 1 milhão de cópias. Ele foi lançado em 2006. Eu o incentivo a lê-lo. Incentivo-o a encomendá-lo, para que você possa entender por que luto contra o terrorismo. Porque falo com tanta paixão e convicção.

As pessoas que me assistem debater e lutar contra as pessoas e se importam menos com os rótulos que as pessoas lançam sobre mim. Elas me chamam de radical e me chamam de odiadora.

Eu não odeio ninguém.

Hoje oro pelo Oriente Médio. Hoje estou orando pelos judeus, pelos palestinos, pelos libaneses, pelas pessoas inocentes, que estão morrendo ou que vão morrer por causa do trabalho do grupo terrorista “Hamas”, por causa do trabalho do grupo terrorista “Hesbollah”, por causa do trabalho do Irã, por causa dos radicais loucos que querem matar, que querem criar o caos no mundo.

Devemos nos levantar contra a barbárie. A barbárie feita em nome de qualquer povo, de qualquer religião, não é aceitável.

Barbárie é quando se mata bebês em seus berços. Barbárie é quando se decapita bebês. Barbárie é estuprar e matar mulheres. Barbárie é sequestrar avós idosas e crianças e colocá-las em gaiolas com o único propósito de torturá-las e matá-las.

Isso é barbárie, inaceitável sob qualquer nome, de qualquer povo, de qualquer religião.

É por isso que as pessoas de bem precisam se levantar contra o terrorismo, contra o terrorismo islâmico.

Porque o que começa no Oriente Médio, não termina no Oriente Médio. O que começa em Israel, não termina em Israel.

Esta é uma guerra da barbárie e contra a civilização. Esta é uma guerra entre a democracia e a ditadura. Esta é uma guerra entre a bondade e a maldade.

Ou nós vencemos ou eles vencem. Precisamos lutar para vencer. Precisamos nos unir a Israel para vencer. Essa é a nossa luta. E precisamos vencer.

Brigitte Gabriel

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NOTA

O texto acima foi extraído das legendas deste vídeo, publicado no Rumble e legendado por mim.

Luigi Benesilvi

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