A importância deve ser da mensagem e não do mensageiro – Luigi Benesilvi
(22/10/2023)
Embora a proeminência do mensageiro tenha lá sua importância, para dar maior credibilidade à mensagem, é esta que deve ter a maior importância, pois traz a comunicação de algum evento importante ou instruções de como os destinatários devem agir face a alguma ocorrência relevante.

Temos visto muitas mensagens, principalmente em vídeos publicados nas redes e plataformas sociais, nas quais o nome do emitente, que, às vezes ele nem é o autor original, coloca seu nome em vários lugares do vídeo, de forma a tê-lo em relevância quando alguém compartilha a mensagem dele.
Há poucos dias recebi um vídeo até interessante, no qual o emitente destacava a frase: “FAVOR NÃO QUIBAR”.
A palavra “quibar”, para quem não sabe, vem de um cara, que durante a década de 2010, tinha um perfil chamado “Quibe-Loco”, onde publicava tudo quanto é vídeo, sem fazer referência a seus autores originais.
Tanto é que, depois de várias denúncias de infringência de “direitos autorais”, ele foi banido de todas as plataformas.
Eu gostava do “Quibe-Loco”, porque me poupava o trabalho de sair catando vídeos para compartilhar. Era só ir no perfil dele e lá encontrava de tudo, independente da tendência política.
Pior ainda fazem esses aplicativos de vídeo, Kwai, tiktok e outros, que inserem marcas d’água em toda a extensão do vídeo e ainda fazem uma alusão no final. Costumo eliminar todas elas antes de compartilhar os vídeos. Dá mais trabalho, mas poupo os destinatários daquelas irritantes propagandas inúteis.
Afinal, a importância é da mensagem, não do “envelope” ou do portador.
Lembrei agora de um livreto que li faz muito tempo, escrito lá pelos anos de 1900, chamado “Mensagem a Garcia”, no qual o então presidente dos Estados Unidos, que estavam em guerra contra a Espanha, precisava mandar uma mensagem ao seu aliado, o líder dos rebeldes cubanos, Calixto Garcia, acampado em algum lugar no interior de Cuba, uma possessão espanhola que os Estados Unidos estavam atacando.
Chamou um cara chamado Andrew Rowan, que sem qualquer pergunta, pegou a mensagem e foi entrega-la ao destinatário, para o que teve que embrenhar-se nas matas do interior de Cuba, passando pelas perigosas linhas inimigas.

O jornalista Elbert Hubbard ficou tão impressionado, que resolveu publicar um artigo com a história da entrega da mensagem, com alguns comentários adicionais.
Então, o praticamente desconhecido Andrew Rowan, acabou ficando famoso por ter entregue a importante mensagem e não por ter sido um mensageiro importante.
O pequeno livreto da “Mensagem a Garcia”, de algumas poucas páginas, pode ser lido neste link.
Confúcio, Buda, Sun Tzu, Aristóteles, Platão, Jesus Cristo, Ghandi e tantos outros, ficaram famosos por causa da importância de suas mensagens e não por terem sido em si pessoalmente importantes.
Então, sempre procuro seguir humildemente os exemplos desses importantes “gurus”, dando mais relevância às mensagens, agindo como mensageiro menos proeminente que as mensagens que compartilho.
Luigi Benesilvi
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NOTA
O livreto “Mensagem a Garcia” foi usado por muito consultores de eficácia gerencial, como um exemplo de diligência no cumprimento das funções dos gerentes eficazes.
Luigi Benesilvi
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