Como era a “Palestina” no século 17

(13/11/2023)

No século 17 apenas cerca de 5.000 pessoas viviam em Jerusalém, cerca de 700 pessoas em Nazaré e aproximadamente 550 pessoas em Gaza.

É claro que a maioria das cidades e vilas, que são conhecidas hoje, não existiam naquela época, embora a população fosse composta majoritariamente por judeus.,

Em 1714 foi publicado o livro “Palaestina Ex Monumentis Veteribus Illustrata“

O livro foi escrito em latim, por Adriani Rylandi, que descreveu a situação na terra de Israel em 1695 e em toda daquela região, então chamada de Palestina.

O escritor Adriani Rylandi foi um geógrafo, cartógrafo e agrimensor de origem holandesa. Ele conhecia vários idiomas, inclusive línguas europeias, bem como árabe, grego antigo e hebraico.

Ele pesquisou aproximadamente 2.500 assentamentos mencionados em várias fontes e na Bíblia. Sua pesquisa foi conduzida da seguinte forma:

* Primeiro, ele criou o mapa da Palestina pela primeira vez. Ele então registrou os assentamentos mencionados na Bíblia ou no Talmud, pelo seu nome original.

* Se a fonte era judaica, era descrita como “verso” (ie, originou-se nas Escrituras Sagradas que mencionaram o nome).

* Se a fonte era romana ou grega, por um título latino.

No final, ele conduziu um censo dos assentamentos.

Aqui estão as principais conclusões e alguns fatos:

* A terra era quase completamente vazia, deserta e inóspita. A maioria da população residia em Jerusalém, Acra, Safed, Jaffa, Tiberíades e Gaza.

* A maior parte da população era formada por judeus e quase todos os outros eram cristãos, muito poucos muçulmanos, principalmente beduínos, que se deslocavam pela região, com exceção da cidade de Nablus (Neopolis – Nablus), onde havia cerca de 120 pessoas da família muçulmana e cerca de 70 Samaritanos.

* Cerca de 700 pessoas viviam em Nazaré, capital da Galileia – todas cristãs.

* Aproximadamente de 5.000 pessoas viviam em Jerusalém, quase todas judias e algumas poucas cristãs.

* Em 1695, todos sabiam que a origem da localidade era judaica.

* Não havia um único assentamento na Palestina que tivesse raízes árabes em seu nome.

* A maioria dos assentamentos tinham o nome de origem judaica e em alguns casos grego ou latino romano.

* Além da cidade de Ramla, não havia qualquer assentamento árabe com um nome árabe original. Nomes judeus, gregos ou latinos mudaram para árabe, que não fazem sentido em árabe.

Em árabe, nomes como: Acra, Haifa, Jaffa, Nablus, Gaza ou Jenin e nomes como Ramallah, al-Khalil (Hebron), al-Quds (Jerusalém) – não têm árabe filológico ou raízes históricas.

Assim, por exemplo, Ramallah foi chamada de Beit El (Casa de Deus) e a Caverna dos Patriarcas foi chamada pelos árabes de Al-Khalil (um apelido para Abraão).

*Relandi menciona os muçulmanos apenas como beduínos nômades, que vinham para as cidades como trabalhadores sazonais, na agricultura ou na construção.

* Cerca de 550 pessoas viviam em Gaza, metade delas judias e metade cristãs. Os judeus eram bem-sucedidos na agricultura, principalmente em vinhas, azeitonas e trigo, os cristãos estavam envolvidos no comércio e transportes.

* Judeus viviam em Tiberíades e Safed, mas sua ocupação não é mencionada, além da pesca tradicional no Mar da Galileia.

* Na aldeia de Umm El Fahm, por exemplo, viviam 10 famílias, todas cristãs (cerca de 50 pessoas). Uma pequena igreja maronita existia lá.

O livro refuta teorias sobre “tradições palestinas”, “povo palestino” ou um estado palestino e não revela qualquer conexão entre a região e os árabes, que adotaram o nome latino, dado pelos romanos para toda aquela região (Palestina).

Crédito: Baseado em uma crítica de Ariel Spitzer.

[Na imagem: o livro de Adrian Relandi (1676-1718) sobre a Palestina, publicado em Utrecht em 1714]

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NOTA

O texto acima foi traduzido de um texto original publicado na página “The Jewish Project” do Facebook, que pode ser acessada por este link. Mais informações sobre a vida e o trabalho do Adrian Relandi, também conhecido como Adriaan Reland, podem ser lidas neste link.

Luigi Benesilvi

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