As Verdadeiras Origens da Causa Palestina – Pierre Rehov

(29/11/2023)

“Os conflitos e o ódio que separam os povos são promovidos por grupos com interesses muito específicos. São pequenos grupos internacionais, sem raízes, que empurram todos os povos uns contra os outros e que se opõem sistematicamente aos que amam a paz. É uma gente que se sente em sua própria casa em todos os lugares e em nenhum lugar. Eles não têm uma nação onde possam crescer. Hoje eles vivem em Berlim, amanhã em Bruxelas, em seguida em Paris, Praga, Viena ou Londres e em todos os lugares onde eles se sentem em casa”.

A esse inflamado discurso de Hitler contra os Judeus, em 1933, os presentes responderam entusiasticamente:

– São os Judeus! São os Judeus!

O mapa abaixo mostra áreas de disputas territoriais em todo o planeta. A China, por exemplo, ocupa o Tibet. A Turquia se apoderou de parte da ilha de Chipre. O Marrocos e a Mauritânia reivindicam o Saara.

No entanto, é raro ouvir falar desses conflitos, ao passo que a disputa entre Israel e os árabes da Palestina, aparece regularmente nas manchetes da mídia e uma leva de condenações sistemáticas nas Nações Unidas e manifestações apelando para boicotes ao Estado judeu.

Atentados terroristas em retaliação não parecem ter fim.

Parece que esse conflito está num impasse, enquanto parte do mundo ocidental apoia a causa palestina.

Uma causa que agora se tornou uma moda, com seu próprio vocabulário específico. Tem até sua própria vestimenta e seu próprio ritual.

Entretanto, a causa palestina é de muito menos interesse quando, por exemplo, a cidade palestina de Yamourk, na Síria, é atacada e bombardeada pelo regime de Assad.

Tampouco alguém realmente se importou com as vítimas palestinas, quando, em 1970, os exércitos jordaniano e sírio realizaram um massacre, no qual mataram 25 mil pessoas, segundo a OLP (Organização de Libertação da Palestina).

Quando os árabes atacam os árabes, as ruas das cidades ocidentais permanecem vazias.

A causa palestina só chama a atenção em casos em que os judeus estejam envolvidos.

Será possível, então, que a mídia, as Nações Unidas e os ativistas sejam mais anti-Judeus do que sejam pró-palestina?

Aqueles que não conhecem a história dessa região acabam aceitando a versão árabe, segundo a qual os judeus invadiram e usurparam um país chamado Palestina.

No entanto, não é por falta de certos líderes da OLP, como Zuheir Mohsen, que expressam seu conhecimento desse fato. Ele disse:

O povo palestino não existe. A criação de um Estado palestino é apenas um meio de continuar nossa luta contra Israel e pela unidade árabe. Na realidade, não há diferença entre jordanianos, palestinos, sírios e libaneses.

Meus irmãos, a metade dos palestinos são egípcios, a outra metade são sauditas. Quem são os palestinos?

Temos muitas famílias “Al-Masry”, cujas raízes são egípcias. Raízes egípcias! Egito! Elas são de Alexandria, do Cairo, do Mar Egípcio. Elas vêm do norte, de Assuã ou do Alto Egito. Nós somos do Egito. Somos árabes, somos muçulmanos. Nós somos parte de vocês!

Em meados do século 19, ao retornar de uma estadia na região da Palestina, um certo Karl Marx, publicou o seguinte artigo no New York Tribune.

A população sedentária de Jerusalém é de cerca de 15.500 pessoas, incluindo 4.000 muçulmanos e 8.000 judeus. Os muçulmanos de origem árabe turca ou mouros são, obviamente, inseridos em todos os aspectos da vida cotidiana. Nada legal, o sofrimento dos judeus em Jerusalém. Eles são o objeto constante da opressão e da intolerância muçulmanas.

Ao mesmo tempo, o escritor estadunidense Mark Twain escreveu:

Quase não há árvores e nem arbustos. Até mesmo as oliveiras e os cactos, seus amigos da terra árida, praticamente desertaram a região.

Então, de onde vem esse mito de uma terra roubada E por que os conflitos entre Israel seus vizinhos árabes atraem tanta paixão?

Em 1947, as Nações Unidas repartiram o território do Mandato da Palestina, do qual a Jordânia já ocupava 70% do território.

Os judeus aceitaram, mas os árabes recusaram e atacaram Israel, na esperança de empurrarem os judeus ao mar e exterminá-los.

Ninguém esperava que Israel venceria a guerra, mas Israel venceu.

Em 1967 e 1973, os países árabes tentaram novamente destruir o Estado Judeu. Houve discursos e manifestações inflamadas, por parte dos árabes, dizendo,

“O povo árabe está determinado purificar a Palestina da presença desses Judeus. Façam vossas malas e deixem a Palestina antes que nós lhes portemos a morte. Degolem-nos! Não tenham piedade para os judeus. Degolem-nos e vós sereis vitoriosos Degolem-nos! Degolem-nos! Degolem-nos! E sereis vitoriosos! Degolem-nos! Degolem-nos! Degolem-nos! E sereis vitoriosos! Mate-os! Amasse-os! Degole-os! E amanhã nós jogaremos os cadáveres dos judeus no mar longe de nossas águas territoriais para que as ondas os levem a [Lyndon] Johnson e [Harold Wilson] para os Estados Unidos e Londres.

A derrota militar fez com que os árabes adotassem uma nova estratégia, usando a diplomacia e a pressão do petróleo para atingirem seu objetivo, Porque uma terra conquistada pelo Islã deve pertencer para sempre ao Islã, acreditam eles.

O estudioso do Islã, Dr. Mordechai Kedar, explica que,

O Islã, de acordo com sua própria visão, veio ao mundo para substituir o judaísmo e o cristianismo e não para viver lado a lado com eles. Porque o Islã, de acordo com sua própria terminologia, é  “Daani’el Haqq”, que significa “Religião da Verdade”, enquanto o judaísmo e o cristianismo são “Daani’el Baqq”, religiões da falsidade.

Desde o início, o Islã teve dúvidas se é uma religião original ou é uma cópia e cola do judaísmo e do cristianismo.

De acordo com o Islã, um judeu tem o direito de viver como “Dhimmi” (Cidadão de segunda classe).

A mera existência de Israel e, especialmente, o domínio de Jerusalém e o que estamos fazendo no Monte do Templo. Para eles, isso significa que o judaísmo voltou à vida. E isso é uma ameaça contra a existência, ou à razão de ser do Islã.

O hadith (Tradições Islâmicas) de Sahih Bukhari 2926, narrado por Abu Huraira diz:

“O Profeta disse que: O Juízo Final não chegará enquanto os muçulmanos ainda estiverem lutando contra os judeus e quando um judeu se esconder atrás árvores e pedras e as árvores e pedras digam: Ó muçulmano, tem um judeu atrás de mim. Venha e mate-o”.

Em 1929, o Ímã fundamentalista, Assan Al-Banna fundou no Egito a Irmandade Muçulmana, hoje reconhecida como uma organização terrorista. Seu objetivo era combater a influência secular da Inglaterra e do Ocidente. Muito rapidamente Al-Banna se liga Al-Haji Amin al-Husseini, o Grande Mufti de Jerusalém, já responsável pelas violentas revoltas de 1920, que exacerbaram o ódio religioso contra os Judeus.

Os Judeus têm o hábito de rir de nós. Eles pensam que nós gostamos. Agora eles vão parar de rir. Hoje eles percebem a gravidade da situação deles.

Heil Hitler!

Os discursos de Hitler convenceram al-Husseini que os nazistas seriam aliados ideais contra a ocupação inglesa e o judaísmo mundial, que ele sonha aniquilar.

Em 1933, al-Husseini estabeleceu contato com o cônsul alemão em Jerusalém. Naquele mesmo ano, na Síria, Antun Saada, apelidado de “a fúria Síria”, criou seu partido nacionalista social “Islam Karimi al-Surri”, cuja bandeira tinha uma semelhança impressionante com a bandeira nazista.

No Egito, Ahmad Hussein fundou o partido jovem egípcio “Misr al-Fatah“, cujo slogan é “Um Povo; um Partido, um Chefe”, idêntico ao do Partido Nazista, o tristemente célebre “Hein Volk; ein Reich. ein Fuhrer“! (Um povo, uma Nação, um Chefe).

Por trás dessas alianças entre o mundo árabe muçulmano e a Alemanha nazista, sempre encontramos o Grande Mufti de Jerusalém.

Em 1938, Alfred Rosenberg, promotor do Partido Nazista escreveu,

Quanto mais tempo o braço for mantido na Palestina, mais forte será a oposição ao Estado judeu em todos os países muçulmanos.

De acordo com os arquivos alemães, apreendidos pelos aliados em Fiensburg, foi  com o dinheiro nazista que al-Husseini promoveu em 1936, uma revolta árabe que levará ao massacre de centenas de judeus, particularmente em Hebron.

Se Allah quiser, nós sepultaremos Israel. Se Allah quiser, nós destruiremos Israel e massacraremos os judeus! Se Allah quiser, nós os massacraremos, como fomos massacrados em Hebron.

Como pretexto para esse massacre alegaram que “Os judeus estão prestes a destruir a mesquita de Al-Aqsa, no Monte do Templo, em Jerusalém”.

Uma mentira repetida regularmente desde Yasser Arafat a Mahmoud Abbas, que declarou,

Se os israelenses se sentissem autorizados a irem mais longe, eles teriam ido mais longe e destruído a mesquita Al-Aqsa.

Em 1938, quando a ascensão do nazismo tornou a imigração judaica para a Palestina mais urgente do que nunca, Al-Husseini continuou a desestabilizar a região, porque a Inglaterra estava fraquejando.

A publicação do “livro branco inglês”, abrindo os portões da Palestina para imigrantes árabes, enquanto bloqueava a chegada de judeus, desesperados em escapar dos campos de concentração.

Enquanto a guerra recrudesce e se espalha por todo o planeta, A-Husseini é acusado de traição pelos ingleses e foge para o Iraque, onde participa de um golpe de Estado em favor de seu amigo, Rashid Ali al-Khalidi, um nazista de coração, assim como ele. Juntos, eles desencadeiam o “Fakhoud”, um massacre organizado de judeus.

Depois de inúmeras trocas de ideias com os principais líderes nazistas, inclusive Himmler, de quem se tornou amigo, em 1941 o grande Mufti foi finalmente recebido por Hitler.

A condição exata de nossa colaboração com a Alemanha era a liberdade de eliminar os judeus até o último da Palestina e do mundo árabe. Eu pedi a Hitler que concordasse explicitamente que nos autorizasse para lidarmos com o problema judaico. A resposta que recebi dele foi que “os judeus são de vocês”, Al-Husseini escreveu ele em suas memórias.

Os nazistas deram a ele uma luxuosa casa de campo na região de Klopstock, que havia sido uma escola judaica, até seu confisco em 1939.

Ele também recebeu uma confortável pensão, que usufruiu até o final da guerra.

Em troca, ele recebeu a responsabilidade pela propaganda de rádio em árabe, espionagem no Oriente Médio e organização dos muçulmanos em unidades militares.

Uma unidade militar de muçulmanos bósnios foi estabelecida com a ajuda da Grande Alemanha e foi um modelo para os muçulmanos em todos os países.

A Alemanha nazista luta contra os judeus do mundo e o Corão diz: Vocês verão que os judeus são vossos piores inimigo.

Em 1942, Adolf Eichmann mostrou ao Mufti os métodos que haviam sido adotados para a “solução final”. Em outras palavras, o extermínio dos Judeus.

Eis um “diálogo” entre dois oficiais alemães:

Essa é uma das coisas fáceis de dizer. O povo Judeu está em vias de ser exterminado. Cada membro do Partido vos dirá: Está perfeitamente claro. Isso faz parte de nossos planos. Nós eliminaremos todos os Judeus. Ah.. Isso é apenas um detalhe.

Muito impressionado, o Mufti solicitou a disposição de um conselheiro para ajudá-los a implementar os mesmos métodos na Palestina quando a guerra fosse vencida pelos nazistas.

Seu plano previa a construção de crematórios gigantescos, como os de Auschwitz, perto da cidade de Nablus, na Palestina, para massacrar os judeus de Palestina e de todos os países muçulmanos.

Quando, em 1943, Adolf Eichmann planejou trocar prisioneiros de guerra alemães, por 5.000 crianças judias e enviá-las para a Palestina, com a concordância do governo inglês. Husseini protestou e conseguiu finalmente, que as crianças fossem exterminadas nas câmaras de gás.

Em 1944, quando a Alemanha quase tinha perdido a guerra, o Mufti convenceu os nazistas a organizar um extermínio em massa de judeus da Palestina. Um grupo militar foi lançado de paraquedas ao sul de Jericó, mas foi denunciado às forças inglesas pelos beduínos e seu líder, Kirk Vialand, foi preso.

Após a derrota da Alemanha, o Mufti foi preso na França e rapidamente libertado, graças à intervenção, de seu amigo de longa data, Hassan Al-Banna. Sua influência antissemita não se dissipou com a vitória dos aliados O Mufti encontrou refúgio no Egito, onde foi recebido como herói nacional, enquanto a Liga Árabe pressionava o Ocidente para que ele não fosse julgado por crimes de guerra.

Em 1948 e até sua morte, ele continuou a fazer campanha contra Israel e a pedir o extermínio dos judeus.

Entre as pessoas próximas a ele estavam, Mohamed Abdel Rauf e Arafat Al-Kuwata Al-Husseni, um egípcio do Cairo, que logo começou a ser conhecido por seu nome de guerra, Yasser Arafat.

O vírus do antissemitismo já estava largamente disseminado no mundo muçulmano, mas o fenômeno foi intensificado pela conversão maciça de antigos nazistas ao islamismo e o refúgio de vários nazistas nos países árabes, principalmente na Síria e no Egito.

Oficiais nazistas treinaram os “Fedayin” em terrorismo e os métodos de propaganda do Goebbels foram amplamente utilizados.

Mas o mundo mudou após a guerra e um novo totalitarismo tão assassino quanto o nazismo começou a se espalhar.

Assim como o nazismo, o comunismo soviético precisava do apoio dos países árabes muçulmanos. Depois de apoiar a divisão da Palestina, Stalin se voltou contra os judeus. E seus sucessores empurraram os países árabes para o conflito contra Israel.

Em 1964, a ideia de um Estado Palestino e do povo do mesmo nome, rejeitada até agora, nasceu na mente de Yasser Arafat e do Presidente do Egito, Abdel Gamal Nasser, com a ajuda da KGB (Serviço Secreto Soviético).

Seu objetivo não era oferecer independência e prosperidade a um povo, mas sim virar a opinião mundial contra Israel.

“Do rio Jordão até o mar. Do rio Jordão até o mar, a Palestina será libertada, a Palestina será libertada”, entoavam os manifestantes pelas ruas dos inimigos de Israel.

Em 1976, o antigo oficial nazista, Kurt Waldheim, tornou-se secretário-geral das Nações Unidas. Sob sua direção, a pressão do mundo muçulmano e dos países comunistas, a Assembleia Geral votou uma resolução assemelhando o sionismo a uma forma de racismo.

Um grande maligno foi liberado sobre o mundo Agora eu gostaria que vocês entendam: Agora eu gostaria que vocês entendam: Que eu estou aqui para enfatizar um ponto e unicamente um ponto! Que é o seguinte: “O que quer que seja o Sionismo, ele não é e não pode ser uma forma de racismo”, discursou o Embaixador dos Estados Unidos, Daniel Patrick Moynihan, após a votação da resolução.

É uma vitória temporária para os palestinos, agora apoiados por dois campos: a nostalgia da Alemanha nazista e a extrema esquerda.

Definitivamente nós nos opusemos a qualquer julgamento em qualquer parte da Palestina.

A resolução foi cancelada em 1991.

Recentemente, Mahmoud Abbas, cujo antissemitismo e dupla linguagem não precisam mais  ser demonstrados, tentou restaurar essa antiga resolução, com o seguinte argumento:

Há apenas algumas semanas, certos rabinos se manifestaram em Israel. Eles demandaram explicitamente a seu governo que envenene nossos poços para matar os palestinos. Isso não é um tipo de incitação?

Em todo o mundo, a causa palestina se tornou o símbolo de um povo oprimido pelos judeus. Goebbels, o mestre da propaganda nazista, costumava dizer que

Se uma mentira suficientemente grande, for repetida com frequência suficiente, as pessoas acabarão acreditando nela.

E os detratores continuam disseminando a mentira de que os Judeus não foram perseguidos pelos nazistas e também os culpam por todos os males que os afligem, apregoando,

“Os Judeus têm o hábito de choramingar sobre o chamado “holocausto” dos tempos de Hitler. Eu gostaria de especificar que esse dito holocausto é uma mentira, que eles têm repetido por todo o planeta e que muitos israelenses e Judeus foram os cúmplices de Hitler. Esses Judeus satânicos! Eles controlam tudo e quase todos!”

E existe gente ingênua o bastante, para acreditar nesse tipo de propaganda nazista.

Pierre Rehov

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NOTA

Este texto foi extraído das legendas deste vídeo publicado no Rumble, legendado por mim. Procurei na história e não encontrei quaisquer referências de um país chamado Palestina, mas sim apenas de toda uma região, onde atualmente estão Israel, Jordânia, Gaza e Cisjordânia. A investigação pode ser lida no artigo deste link.

Luigi Benesilvi

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