Cientista explica porque pensa não existir vida inteligente extraterrestre
“Existem duas possibilidades: estamos sozinhos no universo ou não estamos. Ambas são aterrorizantes” – Arthur C. Clarke

Estima-se que existam cerca de 200 bilhões de galáxias e 70 quintilhões de estrelas no universo, mas o famoso físico inglês e professor de física de partículas, Brian Cox, afirmou em uma entrevista na BBC, que a Terra é o único planeta onde existe vida e que somos a única civilização do universo.
Será realmente possível que a Terra seja o único planeta onde existe vida inteligente?
Muitos cientistas famosos acreditam que civilizações inteligentes devem existir além da Terra e que elas existiram durante todo o curso da história do nosso universo.
Por exemplo, Carl Sagan acreditava que podia haver 1 milhão de civilizações no universo observável.
Mas por que Brian Cox acredita que não há vida inteligente além da Terra? Que evidências provam que somos as únicas civilizações inteligentes do universo?
Vamos nos aprofundar e descobrir.
Numa declaração feita no programa da BBC, “Sunday Morning One”, o professor Brian Cox expressou ceticismo sobre a probabilidade de haver vida inteligente fora da Terra.
Embora ele reconheça a possibilidade de vida microbiana generalizada, ele argumenta que o surgimento de civilizações avançadas como a nossa, pode ser extremamente rara.
Cox apontou a linha do tempo da vida na Terra, como base para sua opinião. Ele destaca que as evidências sugerem que a vida existe em nosso planeta há aproximadamente 3,8 bilhões de anos. Mas foram necessários cerca de 4 bilhões de anos para que a civilização surgisse.

Dada a vasta idade do universo, que é de aproximadamente 13,8 bilhões de anos, esse período de tempo indica que civilizações avançadas como a nossa podem ser ocorrências incomuns.
Se as civilizações são comuns ou até mesmo ligeiramente comuns, então deveria haver civilizações à nossa frente, pois já passou muito tempo.
Imagine as escalas de tempo em que estivemos presentes como civilização. Vamos imaginar isso em, digamos, 40 mil anos. Não sei há quanto tempo nossa civilização existe, digamos assim.
A galáxia é praticamente tão antiga quanto o universo. São 13 bilhões de anos de tempo. Portanto, a ideia de que não existem civilizações surgidas há 100 milhões de anos, 200 milhões de anos atrás, 1 bilhão de anos atrás.
E imagine como elas seriam se tivessem sobrevivido. Quero dizer, nós estamos por aí. Temos ciência há.., digamos, desde Newton ou Copérnico, 500 anos, no máximo. E vejam o que fizemos. Fomos além do sistema solar com a Voyager. Caminhamos na lua e estamos prestes a ir a Marte, penso eu. Estamos prestes a começar a colonizar nosso próprio sistema solar. Fizemos isso em 500 anos. Então, imagine em um milhão de anos.
Esse é um dos argumentos frequentemente usados para dizer que não há civilizações na galáxia. É chamado de Paradoxo de Fermi.
Porque se você imaginar uma civilização que esteja um milhão de anos à nossa frente, eles já deveriam ter mostrado sua presença no céu, por agora… Deveriam ter sido vistos. Se sobrevivermos um milhão de anos no futuro.
De fato, até mesmo alguns milhares de anos no futuro, estaremos explorando a galáxia. Teremos naves espaciais que irão para outras estrelas. Nós estaremos fazendo isso.
Portanto, nossa assinatura se tornará visível, tenho certeza, se perdurarmos… A hipótese da “Rara Terra”, postula que o surgimento de vida complexa., particularmente vida inteligente em planetas semelhantes à Terra, é uma ocorrência extremamente rara no universo.
TEORIA DA RARA TERRA
Essa teoria, proposta pelo paleontólogo Peter Ward e pelo astrônomo Donald E. Brownlee, em seu livro “Rara Terra: porque a vida complexa é incomum no universo“, postulam que um conjunto específico de condições são necessárias para que a vida se desenvolva e evolua para formas avançadas.

E essas condições podem ser raras ou exclusivas da Terra. De acordo com a hipótese da “Rara Terra”, vários fatores contribuem para a singularidade da Terra como um refúgio para a vida complexa.
O primeiro fator crítico é a presença de uma estrela estável e duradoura, que forneça uma fonte consistente de energia. A estabilidade do nosso sol permitiu a vida prosperar na Terra por bilhões de anos. Em contraste, estrelas propensas a intensas explosões estelares ou outras atividades violentas, podem esterilizar qualquer potenciais planetas próximos.
O segundo aspecto vital é a composição do nosso sistema solar. A Terra reside na zona habitável, uma região ao redor do sol, em que as condições são adequadas o suficiente para que água líquida exista na superfície do planeta. Esse pré-requisito para a vida, conhecido como “Zona Goldilocks“, pode ser incomum na galáxia, devido a requisitos específicos para a distância de um planeta de sua estrela e a luminosidade da estrela.
Além disso, a presença de uma lua grande, tem demonstrado ter um papel significativo na formação do ambiente da Terra. A atração gravitacional da lua estabiliza a inclinação axial da Terra, resultando em condições climáticas relativamente estáveis. Sem uma lua de tamanho considerável, um planeta poderia sofrer flutuações climáticas extremas, tornando o desenvolvimento de vida complexa menos provável. O campo magnético exclusivo da Terra é outro fator destacado pela hipótese da “Rara Terra”. Esse escudo protetor desvia prejudiciais radiações solares e cósmicas, protegendo a vida na superfície do planeta.
Planetas que não possuem um campo magnético forte, podem ser mais vulneráveis a essas radiações nocivas, tornando o surgimento da vida um desafio.
As placas tectônicas são um processo geológico que ocorre na Terra, que também contribuem para a adequação do planeta à vida complexa. O movimento das placas tectônicas ajuda a regular o ciclo do carbono e a manter um clima estável. Sem essa atividade, um planeta poderia sofrer mudanças climáticas voláteis, que dificulta a evolução da vida.
A hipótese da “Rara Terra”, também sugere que a presença de vida multicelular complexa requer uma série de eventos raros. Por exemplo, a transição de organismos unicelulares para multicelulares envolve processos intrincados, que talvez não ocorram em todos os planetas.
Além disso, o desenvolvimento de sistemas nervosos complexos e de inteligência é visto como uma ocorrência rara, como evidenciado pelo número relativamente pequeno de espécies inteligentes na Terra.

TEORIA DO GRANDE FILTRO
A teoria do grande filtro propõe um obstáculo significativo ou filtro, que atua como uma barreira que impede o desenvolvimento de civilizações avançadas no universo. Essa teoria sugere que, embora a vida simples possa ser comum, o surgimento de civilizações inteligentes e complexas capazes de comunicação interestelar e exploração, é raro, devido a uma etapa crítica e desafiadora.
O conceito do grande filtro é uma estrutura introduzida pelo economista Robin Hansen em 1998, para abordar o Paradoxo de Fermi, que é a aparente contradição entre a alta probabilidade de civilizações extraterrestres e a falta de evidências observáveis de sua existência.
O grande filtro representa um ponto crucial na evolução da vida, onde muitas civilizações em potencial podem vacilar ou falhar em progredir. O grande filtro pode estar localizado em vários estágios do desenvolvimento de uma civilização, cada um representando um possível obstáculo que a maioria das civilizações pode não superar.
Um possível filtro é o surgimento da própria vida. A transição da não vida para formas de vida simples pode ser um evento extremamente raro, exigindo condições específicas e processos químicos que só ocorrem em circunstâncias únicas.
Outro filtro potencial é o desenvolvimento de vida multicelular complexa. A evolução de organismos complexos com células e estruturas especializadas pode ser uma etapa desafiadora e improvável.
“ A receita exata ainda é um mistério, mas os ingredientes para a vida são simples energia, moléculas orgânicas e água líquida”.
Muitos planetas podem ser o lar de vida simples, mas o surgimento de formas de vida complexas poderia ser limitado por vários fatores, como mudanças ambientais ou competição entre espécies. O desenvolvimento da inteligência e da civilização tecnológica representa um momento crítico que pode atuar como o grande filtro.
Embora a inteligência tenha evoluído na Terra, não está claro o quão comum é essa ocorrência. A transição dos instintos básicos de sobrevivência para a capacidade de manipular ferramentas e desenvolver tecnologia avançada pode ser uma ocorrência rara no universo.

Além disso, a capacidade de uma civilização de evitar a autodestruição é um filtro em potencial. Sociedades tecnologicamente avançadas podem enfrentar riscos existenciais, como a guerra nuclear, colapso ecológico ou instabilidade social.
Os desafios associados ao gerenciamento de tecnologia avançada e gerenciamento de possíveis crises globais podem levar muitas civilizações à ruína antes de terem a chance de se comunicar ou explorar além de seu próprio planeta.
A capacidade de sustentar a comunicação interestelar em longo prazo e a exploração também pode representar outro filtro. Mesmo que as civilizações superem os obstáculos anteriores, as vastas distâncias entre as estrelas podem limitar a capacidade de estabelecerem contatos entre uns e outros.
Desafios de viagens espaciais, atrasos nas comunicações e a logística da exploração interestelar, podem dificultar a disseminação de vida inteligente pelo cosmos.
O PARADOXO DE FERMI.
O paradoxo de Fermi apresenta a questão intrigante por que, apesar da alta probabilidade da existência de civilizações extraterrestres, ainda não conseguimos observar ou nos comunicar com nenhuma delas?
Esse enigma foi batizado em homenagem ao físico Enrico Fermi, que fez a célebre pergunta, ao ouvir seus colegas afirmarem que haveria milhões de civilizações inteligentes semelhantes à nossa:
“Então, onde estão todos eles?”
O paradoxo estimulou inúmeras teorias e conjecturas na tentativa de reconciliar a aparente contradição entre o grande número de planetas potencialmente habitáveis no universo e a ausência de evidências definitivas de vida alienígena.

Uma explicação para o Paradoxo de Fermi é que civilizações extraterrestres avançadas podem de fato existir, mas estão muito distantes para que possamos detectá-las ou nos comunicar com elas.
A vastidão do espaço e as limitações da nossa tecnologia atual podem prejudicar nossa capacidade de estabelecer contato. As distâncias interestelares são tão imensas que, mesmo com métodos avançados de propulsão, o tempo e a energia necessários para viajar entre sistemas estelares são formidáveis.
Além disso, sinais eletromagnéticos, como as ondas de rádio que podem transmitir mensagens de civilizações distantes, podem se tornar fracos e indetectáveis em distâncias cósmicas.
Há também um argumento de que uma tecnologia tão avançada seria difícil de ser detectada por nós. Quero dizer, tendemos a pensar em uma nave estelar da qual podemos ver a assinatura. Mas, na verdade, pode ser que a civilização se torne apenas uma nanocivilização, porque isso é mais eficiente. É uma maneira melhor de fazer as coisas.
Portanto, é possível, eu suponho, que existam sondas espaciais por toda parte, tão pequenas, tão eficientes e que usem tão pouca energia, que simplesmente não as percebemos. Suponho que isso seja possível.
Outra possível solução para o Paradoxo de Fermi, é que as civilizações avançadas podem ter limitações autoimpostas na comunicação ou expansão. Civilizações podem intencionalmente evitar transmitir sua presença para não atrair a atenção indesejada de potenciais adversários
Alternativamente, considerações éticas podem levá-las a permanecer ocultas, para observar as civilizações em desenvolvimento sem interferência.
Essa hipótese do zoológico, sugere que as civilizações avançadas estão nos observando ativamente, mas nós permanecemos ignorantes de sua presença
O conceito de singularidades tecnológicas oferece outra perspectiva sobre o Paradoxo Fermi. Ele postula que as civilizações poderiam passar por avanços tecnológicos rápidos e transformadores, chegando a um ponto, além do qual, suas ações e intenções se tornam incompreensíveis para sociedades menos avançadas.
Essa fase pós-biológica hipotética poderia envolver o surgimento de inteligência artificial com entidades biológicas ou o desenvolvimento de simulações altamente avançadas da realidade. Essas civilizações podem não mais interagir com o universo físico de maneiras que possamos percebê-las.

Barreiras culturais e linguísticas também podem contribuir para o Paradoxo de Fermi. A comunicação com civilizações extraterrestres pressupõe uma linguagem compartilhada ou meio de comunicação, que pode ser significativamente diferente do nosso.
Adicionalmente, as inteligências alienígenas podem usar métodos de comunicações não convencionais ou canais para comunicação, que ainda não descobrimos ou deciframos.
Um aspecto fundamental a ser considerado é o conceito do princípio antrópico (relativo aos seres humanos). Esse princípio sugere que as condições observadas em nosso universo são exclusivamente adequadas para o surgimento de vida e seres inteligentes.
Se certas constantes físicas ou parâmetros forem até mesmo ligeiramente diferentes, a vida como a conhecemos pode não ter surgido. Esse conjunto raro de circunstâncias poderia explicar porque ainda não encontramos outras civilizações, pois as condições necessárias para sua existência podem ser extremamente específicas.
Fatores ambientais e cósmicos também poderiam desempenhar um papel no Paradoxo de Fermi.

Eventos catastróficos, como explosões de raios gama, supernovas, ou impactos de asteroides, podem representar ameaças existenciais às civilizações, levando-as à extinção antes que tenham a chance de se comunicar ou explorar além de seu planeta natal.
Além disso, as zonas habitáveis ao redor das estrelas podem ser mais estreitas do que se pensava inicialmente, reduzindo o número de planetas adequados para a vida.
“Existe uma substancial probabilidade de não haver outra vida inteligente em nosso observável universo”
HIPÓTESE DA ESTAGNAÇÃO TECNOLÓGICA
Essa hipótese sugere que, embora as civilizações possam avançar até um determinado nível de conquista tecnológica, elas podem encontrar barreiras que impedem mais progresso, levando a uma estagnação do desenvolvimento e acabando por limitar a exploração do espaço no universo.
Em sua essência, a hipótese da estagnação tecnológica propõe, que, apesar dos primeiros avanços na compreensão científica e na inovação tecnológica, as civilizações podem chegar a um ponto em que enfrentam desafios formidáveis que impedem seu avanço contínuo.
Esses desafios podem se originar de uma variedade de fontes, incluindo limitações nos recursos energéticos, o esgotamento de matérias-primas essenciais ou as restrições impostas pelas leis fundamentais da física.
Um aspecto dessa hipótese, envolve o conceito de disponibilidade de energia. À medida que as civilizações progridem, suas demandas de energia podem aumentar significativamente devido à expansão tecnológica, crescimento populacional e outros fatores.
No entanto, se o acesso a fontes de energia abundantes e sustentáveis se tornar escasso ou inatingível, as civilizações podem ter dificuldades para manter o ímpeto do desenvolvimento tecnológico. Sem energia adequada, a exploração do espaço e a colonização de outros planetas se tornariam extremamente difíceis.

Outro possível obstáculo é a disponibilidade finita de recursos essenciais. O avanço tecnológico geralmente depende da disponibilidade de materiais, como metais, minerais e elementos raros. Se esses recursos se esgotarem ou se tornarem de difícil acesso, a construção de tecnologias avançadas e a infraestrutura podem ser prejudicadas, o que levaria a um platô no progresso.
A hipótese da estagnação tecnológica também levanta a possibilidade de se encontrar limites físicos para a inovação. Certas leis fundamentais da física, como a velocidade da luz, podem impor barreiras intransponíveis às viagens e comunicações interestelares. Se esses limites não puderem ser contornados, as civilizações poderão se ver confinadas em seus planetas natais, incapazes de explorar e expandir para além de seu próprio sistema estelar.
Além disso, fatores sociais e culturais podem contribuir para a estagnação tecnológica. À medida que as civilizações amadurecem, podem se deparar com complexas considerações éticas, políticas e econômicas, que desviam os recursos e a atenção das atividades científicas e tecnológicas. Conflitos, disputa de interesses e divisões sociais podem prejudicar a alocação de recursos, necessários para o progresso sustentável.
BARREIRAS DE COMUNICAÇÃO
Uma perspectiva intrigante sobre a aparente ausência de civilizações extraterrestres é a hipótese das barreiras de comunicação. Essa noção propõe que, embora possam existir civilizações avançadas em outros lugares do universo, os desafios da comunicação e detecção podem prejudicar nossa capacidade de estabelecer contato e interagir com elas.
Portanto, não é absurdo sugerir que a vida pode ter começado em outro lugar além da Terra e que a estamos procurando no sistema solar. Mas o que é realmente preocupante para mim é a observação, na verdade, é que procuramos um pouco por sinais de rádio e procuramos sinais de qualquer coisa lá fora em nossa galáxia, inteligência, e não vemos absolutamente nada.
O GRANDE SILÊNCIO
E os astrônomos chamam isso de “o grande silêncio”. É um nome meio sinistro, porque parece que há muitos planetas, 20 bilhões de planetas potencialmente semelhantes à Terra na Via Láctea. Você acha que há muito espaço e depois muito tempo, portanto, deve haver coisas lá fora, mas não vemos nada.
E a explicação provavelmente, se de fato isso for verdade, é a biologia. Se observarmos a história da vida na Terra, foram necessários quase 4 bilhões de anos desde a primeira célula até uma civilização. Perto de 4 bilhões de anos. Isso corresponde a um terço da idade do universo. Acho que o palpite, o melhor palpite é que somos incrivelmente afortunados por estarmos aqui, porque é exatamente o pedido que você quer fazer:
“Quero um planeta para sustentar uma sequência ininterrupta de vida”. no meio de toda essa violência no universo”.

Uma sequência ininterrupta de vida por 4 bilhões de anos para chegar a algo como você e eu, certo? Conjuntos de átomos que podem pensar. Acho que isso é realmente improvável. É aterrorizante e, de certa forma, também um pouco edificante, não é?
Porque isso significa que somos incrivelmente valiosos como espécie e como planeta. Pode ser que sejamos a única ilha de significado em um oceano de 400 bilhões de estrelas.
A hipótese das barreiras de comunicação reconhece que os métodos e meios de comunicação podem diferir significativamente entre as possíveis civilizações extraterrestres. A comunicação humana se baseia em uma combinação de linguagem falada e escrita, bem como o uso de sinais eletromagnéticos, como ondas de rádio, para comunicação de longa distância. No entanto, é possível que outras civilizações tenham desenvolvido formas de comunicação totalmente distintas que não fomos equipados para reconhecer ou decifrar.
Além disso, a vastidão do espaço apresenta desafios significativos para a comunicação. Mesmo que duas civilizações estivessem transmitindo sinais, o tempo que esses sinais levam para viajar entre sistemas estelares pode ser imenso. Esse atraso pode tornar quase impossível uma comunicação inteligível em tempo real.
A distância entre as estrelas também afeta a força e a detectabilidade dos sinais, limitando potencialmente nossa capacidade de receber ou enviar mensagens através de distâncias interestelares.
Além disso, a hipótese das barreiras de comunicação, leva em conta a possibilidade de que civilizações avançadas podem evitar intencionalmente a detecção. Isso poderia ser motivado por preocupações com a interferência, invasão ou atenção indesejada.
Assim como os humanos observam e estudam a vida selvagem sem interferência direta, civilizações extraterrestres podem optar por observar as civilizações em desenvolvimento, à distância, para evitar interromper seu desenvolvimento natural.
Outra consideração é a possibilidade de diferenças no desenvolvimento tecnológico. Se duas civilizações estiverem em níveis muito diferentes de avanço tecnológico, seus métodos de comunicação podem não estar alinhados. Por exemplo, uma civilização altamente avançada pode usar métodos de comunicação, que estão além de nossa compreensão ou capacidade tecnológica atual.
Por outro lado, uma civilização menos avançada pode ter dificuldades para detectar ou interpretar sinais de uma contraparte mais avançada. A hipótese das barreiras de comunicação também levanta a possibilidade de limitações em nossa capacidade de detectar sinais extraterrestres.

Nossos métodos atuais de busca de comunicações extraterrestres são baseados em nossa própria estrutura tecnológica, que pode não se alinhar com os métodos usados por outras civilizações. Se nossas suposições sobre a faixa de frequência, tipo de sinal, ou meio de comunicação estiverem incorretas, podemos estar perdendo possíveis sinais de civilizações avançadas.
Fatores culturais e fisiológicos também podem desempenhar um papel. As maneiras pelas quais diferentes civilizações percebem e interpretam os sinais podem ser influenciadas, por suas perspectivas culturais e estruturas cognitivas exclusivas. Isso pode levar a interpretações errôneas ou mal-entendidos dos sinais, dificultando uma comunicação reconhecível.
Além disso, a incerteza inerente do universo pode afetar nossa capacidade de estabelecer contato. A vastidão cósmica e a aleatoriedade dos eventos celestiais podem resultar no surgimento de civilizações, florescendo, e desaparecendo em relativo isolamento umas das outras. As chances de duas civilizações existirem simultaneamente em estreita proximidade e possuírem a capacidade de comunicação, podem ser raras.
Um radiotelescópio chamado “grande orelha”, detectou um sinal de rádio de algum lugar nas proximidades da constelação de Sagitário. Isso é o que foi impresso naquela noite. Foi um pulso. O pico de brilho era mais de 30 vezes o brilho da emissão da radiação de fundo da galáxia. Esse é o comprimento de onda da luz das ondas de rádio emitidas pelos átomos de hidrogênio. Então, o céu inteiro brilha nesse comprimento de onda.
E na década de 1950, os radioastrônomos especularam que se uma civilização alienígena quisesse se comunicar conosco, poderia muito bem escolher esse comprimento de onda natural muito especial para enviar sua mensagem.
O fato foi tão surpreendente, que quando foi detectado alguns dias depois por um astrônomo chamado Jerry Amen, ele circulou esse pulso de 72 segundos de ondas de rádio e escreveu “uau!” ao lado dele. Então, esse ficou conhecido como o sinal “uau!”.

Agora, vamos discutir o que sugere a existência de vida além da Terra e quais são os argumentos propostos pelos cientistas. Um dos argumentos mais convincentes para a possibilidade de vida em outro lugar está na adaptabilidade da vida na própria Terra.
Desde as profundezas do oceano até os ambientes mais extremamente ácidos, a vida provou sua capacidade de sobreviver e até mesmo prosperar, em condições que antes eram consideradas inóspitas.
Essa adaptabilidade indica o potencial da existência de vida em uma ampla gama de ambientes em todo o universo. Curiosamente, os blocos de construção da vida, moléculas orgânicas, foram descobertos não apenas na Terra, mas também nas profundezas do espaço. Aminoácidos, as unidades fundamentais das proteínas, e da vida como a conhecemos, foram detectados em cometas e em nuvens interestelares. A presença dessas moléculas no espaço, implica que as matérias-primas para a vida podem estar espalhadas por toda parte, aumentando a probabilidade de surgimento de vida em outros planetas.
A importância da água na busca por vida extraterrestre não pode ser exagerada. A água é essencial para as reações bioquímicas e fornece um meio para que os processos da vida ocorram. A descoberta de gelo de água em corpos celestes como Marte, Europa e Incelitus, alimentou a esperança de que possam existir oceanos subterrâneos, provendo potenciais refúgios para a vida longe das condições adversas do espaço.
O conceito de zona habitável reforça ainda mais o argumento a favor da vida extraterrestre. Essa zona refere-se à região em torno de uma estrela, onde as condições são ideais para a existência de água líquida na superfície de um planeta.
Exoplanetas dentro dessa zona oferecem a possibilidade tentadora de ambientes adequados para o surgimento e a evolução da vida. O Paradoxo de Fermi, levanta questões instigantes sobre a aparente ausência de civilizações extraterrestres.
Dado o imenso número de planetas potencialmente habitáveis, é razoável supor que outras formas de vida inteligente deveriam ter surgido e desenvolvido tecnologias avançadas. No entanto, nossa busca por sinais extraterrestres continua infrutífera, levando a especulações sobre possíveis explicações.
Uma solução proposta para o Paradoxo de Fermi é a noção do grande filtro. Esse conceito hipotético sugere que pode haver desafios ou obstáculos significativos que impedem que as civilizações avancem até o ponto de comunicação interestelar e viagens. Esses desafios podem ser de natureza cósmica, como o desenvolvimento de fontes de energia sustentáveis, ou a prevenção de comportamentos autodestrutivos.

Em nossa busca por respostas, iniciativas como a busca por inteligência extraterrestre, SETI, continuam a perscrutar os céus em busca de possíveis sinais de outras civilizações. Embora nenhum sinal definitivo tenha sido detectado, os avanços tecnológicos e a expansão de nossos parâmetros de busca continuam a aprimorar nossa capacidade de explorar o universo em busca de sinais de vida inteligente.
Fenômenos inexplicáveis, embora frequentemente atribuídos a causas naturais, ocasionalmente alimentam especulações sobre possíveis atividades extraterrestres. O escurecimento irregular da estrela Tabby, por exemplo, provocou discussões sobre a possível presença de uma civilização avançada capaz de criar tais mudanças.
Uma consideração fascinante é o potencial de civilizações tecnológicas avançadas possuírem capacidades muito além de nossa compreensão atual.
“Dada a existência de milhões de planetas parecidos com a terra a vida em outros lugares do universo, sem dúvida, existe na vastidão do espaço não estamos sozinhos” – Albert Einstein

Ao observarmos o rápido progresso da tecnologia na Terra, devemos reconhecer que outras civilizações, se existem, podem ter desenvolvido modos de comunicação, geração de energia e viagens espaciais que permanecem além de nossa compreensão. Então, agora, quais são seus pensamentos? Você acredita na possibilidade de vida inteligente além da Terra?
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NOTA
O texto acima foi extraído das legendas deste vídeo publicado no Youtube, legendado por mim.
Luigi Benesilvi
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