Biógrafo afirma que Bento XVI se sentiu traído muitas vezes pelo papa Francisco, como se tivesse sido “apunhalado no coração” – Paul Serran
(01/01/2024)
O falecido papa Bento XVI encontrou motivos de sobra para se decepcionar com as ações de um pontífice que professava admirá-lo muito, mas cujas ações contam uma história diferente.

Um ano após a morte de Bento XVI, seu biógrafo, Peter Seewald, levantou sérias preocupações sobre a forma como o seu sucessor, o Papa Francisco, está gerindo seu legado.
Embora seja verdade que o papa Francisco escreveu “belas cartas” para seu antecessor e também o descreveu como um “grande papa”, na prática, ele “apagou muito do que era precioso e caro a Ratzinger“, de acordo com o biógrafo.
O National Catholic Register relatou:
“Bento confiou em Francisco. Mas ele ficou amargamente decepcionado várias vezes“, disse Seewald em entrevista.
[…] “Se você realmente fala de um ‘grande papa’ por convicção, você não deveria fazer tudo o que puder para cultivar seu legado? Assim como Bento XVI fez em relação a João Paulo II?
Como podemos ver hoje, o papa Francisco fez, de fato, muito pouco para permanecer em continuidade com seus antecessores”, disse Seewald.
Um exemplo são as restrições à missa tradicional latina do papa Francisco, que reverteu o Summorum Pontificum de Bento XVI, que reconhecia o direito de todos os padres de rezar a missa usando o missal romano de 1962, que é em latim.
“Ratzinger queria pacificar a Igreja sem questionar a validade da missa de acordo com o Missal Romano de 1969”, disse Seewald.
A forma como tratamos a liturgia determina o destino da fé e da Igreja.
[…] “O que eu acho particularmente vergonhoso é que o papa emérito nem sequer foi informado desse ato, mas teve que saber disso pela imprensa. Ele foi esfaqueado no coração”.
O “expurgo” de funcionários leais a Bento XVI completou o quadro, como foi o caso do arcebispo Georg Gänswein, que serviu como secretário de Bento por muito tempo.
“Foi um acontecimento sem precedentes na história da Igreja, que o arcebispo Gänswein, o colaborador mais próximo de um papa altamente merecedor, do maior teólogo de sempre a sentar-se na Cátedra de Pedro, tenha sido vergonhosamente expulso do Vaticano. Ele não recebeu nem uma palavra de agradecimento pro forma pelo seu trabalho“.
Gänswein não foi um caso isolado: “Quando um apoiante de Ratzinger como o cardeal [Raymond] Burke, de 75 anos, é despojado da sua casa e do seu salário de um dia para o outro sem qualquer explicação, é difícil reconhecer a fraternidade cristã em tudo isto”.
Seewald não foi o único a marcar o primeiro aniversário da morte de Bento XVI criticando Francisco.
Quando o Vaticano assinalou no domingo o primeiro aniversário da morte do papa Bento XVI, um de seus assessores mais próximos disse que o pontífice “nunca teria aprovado uma declaração recente permitindo que padres católicos abençoassem casais do mesmo sexo“.

A Reuters relatou:
“O cardeal Gerhard Mueller, que foi o chefe doutrinário da Igreja sob Bento XVI, e o arcebispo Georg Gaenswein, que foi secretário particular de Bento XVI, ambos alemães, foram dois cabeças de cartaz em um evento que marcou o aniversário e foi organizado pela rede de televisão católica conservadora EWTN, com sede nos EUA.”
“Isso nunca teria acontecido (sob Bento XVI) porque era tão ambíguo“, disse Mueller à margem do evento quando questionado pela Reuters sobre a declaração histórica emitida em 18 de dezembro.
Embora a declaração de dezembro diga que tais bênçãos não podem se assemelhar ao sacramento do matrimônio entre um homem e uma mulher e não podem fazer parte de rituais ou liturgias, alguns defensores de mais inclusão de pessoas LGBT viram isso como um possível precursor do casamento entre pessoas do mesmo sexo na Igreja.

“Não existe matrimônio homossexual. Não existe, não pode existir, apesar das ideologias que temos hoje”, disse Mueller, que Francisco removeu como chefe do departamento doutrinário do Vaticano depois que Bento XVI renunciou em 2013.
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NOTA
Este texto foi traduzido do artigo original, em inglês, que pode ser lido neste link.
O artigo não trata disso, mas Bento XVI tinha sérias restrições ao ecumenismo com os muçulmanos, tendo inclusive sofrido muitas críticas por causa de uma declaração feita na Universidade de Regensburg (Ratisbona) em 2006, na qual mencionou a perseguição que o Islã fazia para obrigar pessoas a aderirem àquela religião. O texto daquele discurso pode ser lido neste link.

Já o Papa Francisco tem se humilhado muitas vezes ao prostrar-se aos pés de representantes do Islã, como pode ser visto na imagem acima. Esse gesto é visto pelos muçulmanos como um gesto de submissão e o usam para mostrar que o Sumo Pontífice da Igreja Católica reconhece que o Islã é a única religião verdadeira e incentiva os católicos a também se submeterem à agressiva religião de Maomé. Uma vergonha!
Luigi Benesilvi
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