Viés anticristão em filmes sobre as Cruzadas – Luigi Benesilvi

(09/01/2024)

As Cruzadas foram lançadas no século 11 para libertar Jerusalém do jugo dos muçulmanos, que a haviam conquistado no sétimo século e desde então perseguiam os Cristãos e dificultavam a visitação dos peregrinos aos locais sagrados onde Jesus viveu, padeceu e morreu na cruz.

Aquela região era toda Cristã antes do surgimento do Islã e antes do cristianismo os habitantes eram politeístas.

Os prováveis excessos que aconteceram durante a ocupação de Jerusalém pelos Cristãos, que começou por sua reconquista em 1.098, não foram feitos em seguimento aos ensinamentos de Jesus Cristo e sim pela ganância de alguns comandantes.

Já a conquista de Jerusalém pelos muçulmanos foi feita seguindo os ensinamentos de Maomé e sua implacável política de expansão do Islã para todo o mundo, conforme consta em muitos capítulos dos livros sagrados dos muçulmanos. Cito apenas dois deles.

Maomé: O dia do Juízo Final não chegará, enquanto muçulmanos ainda estiveram lutando contra os Judeus e que alguns deles se escondam atrás de pedras. As pedras vão traí-los dizendo, “Servo de Allah, tem um Judeu escondendo-se atrás de mim; vem e mate-o”. (Hadith B4,52,176)

 “Combatei, pela causa de Allah, aqueles que vos combatem… Matai-os onde quer que os encontrem… combatei-os até terminar a perseguição e só a religião de Allah prevalecer no mundo…” (Corão 2:190-193)

Ficam então colocados os motivos da conquista e da reconquista de Jerusalém pelos muçulmanos e pelos cristãos.

Outro dia assisti um filme chamado “Kingdom of Heaven” (Reino do Céu), cujo título em português foi mal traduzido como “A Cruzada”, pois não trata de uma nova Cruzada e sim apenas da história iniciada na França em 1184, de um pequeno grupo de pessoas, que foram à Jerusalém ajudar na defesa da cidade contra ataques dos muçulmanos.

O filme, dirigido por Ridley Scott, apresenta alguns Cristãos bons e nobres, mas vários gananciosos e sádicos.

Por outro lado, os muçulmanos são apresentados como bons e nobres e nenhuma cena de violência deles é apresentada no filme.

Mas, praticamente do nada, foram apresentadas várias cenas de violência dos Cristãos contra civis muçulmanos.

Numa das cenas de violência, o personagem Reynald de Chatillon resolve provocar os muçulmanos atacando uma aldeia, onde mata todos os habitantes, homens, mulheres e crianças, inclusive a irmã de Saladino, o comandante máximo dos muçulmanos.

Noutra cena, a personagem Sybilla, irmã do Rei de Jerusalém, Baldwin V, casada com o nobre Guy de Lusignan, resolve seduzir o jovem Barão Balian de Ibelin, que resiste ao assédio, argumentando o fato dela ser casada.

Então, languidamente, ela replica: “Essas regras não são para nós, os nobres, são apenas para os plebeus” e ele acaba aceitando à sedução dela.

Quase no final do filme, quando Jerusalém está sendo entregue a Saladino, o personagem Tiberias, interpretado por Jeremy Irons, fala para o Barão Balian de Ibelin,

“Dediquei minha vida à Jerusalém. Primeiro pensei que lutávamos por Deus, mas depois percebi que lutávamos só por riqueza e pela terra e fiquei com muita vergonha”.

Ninguém sabe exatamente os detalhes de como foi a reconquista e a luta por Jerusalém, mas o filme mostra detalhes de violência cruel só praticada por cristãos.

O pior é que os personagens principais do filme representam pessoas reais, que participaram das lutas contra os muçulmanos em Jerusalém naquele período da história, dando a impressão tratar-se de eventos históricos verdadeiros, quando todo o filme é fictício.

Num filme de 2011, chamado “Caça às Bruxas”, o personagem Behmen, interpretado por Nicolas Cage, justifica sua deserção da Cruzada, por estar “cansado de matar mulheres e crianças”.

Acabei de ver a chamada de um filme no Youtube, intitulado “Quando homens se tornam bestas, história da terceira Cruzada” e nem sequer tive a curiosidade de começar assistir o filme.

Assisti muito filmes sobre as Cruzadas, desde “Ricardo Coração de Leão”, da década de 1950, no qual Saladino é apresentado com nobreza e até ajuda a curar uma enfermidade do rei Ricardo, até os mais recentes. Em todos eles notei algum tipo de viés contra os Cruzados e Templários e simpatia para os muçulmanos.

Está certo que o cristianismo assassinou muita gente durante a Inquisição, mas parou de fazer isso há muito tempo e não se compara aos assassinatos dos muçulmanos, que continuam até hoje.

Basta ver o que aconteceu em 7 de outubro de 2023, em Israel, onde os jihadistas muçulmanos do Hamas, atacaram e mataram mais de 1200 civis, homens, mulheres e crianças, levando mais de 200 pessoas para Gaza, como reféns, das quais poucos sobreviveram até agora.

O professor Bill Warner publicou uma estatística chamada “Lágrimas da Jihad”, na qual constam os assassinados em nome de Allah, na ordem de 270 milhões de pessoas, desde o surgimento do Islã.

 Vemos notícias dos frequentes atentados contra países ocidentais, como o das torres gêmeas em 2001 e do Bataclan, em Paris, em 2015, nos quais foram assassinadas mais de 3 mil pessoas inocentes.

Para terem uma ideia de quem assassinou mais gente inocente em todo o mundo, segue uma pequena tabela.

Os Cruzados Cristãos, durante os 200 anos que estiveram no Oriente Médio, assassinaram cerca de 600 mil muçulmanos, mas pararam de fazer isso há mais de 700 anos;

Os Cristãos Protestantes europeus, no século 16, assassinaram cerca de 200 mil Cristãos Católicos, mas pararam há mais de 400 anos;

 A Inquisição Católica, do século 15 ao 19, assassinou cerca de 300 mil Cristãos, Judeus, Muçulmanos e Ateus, mas parou há mais de 200 anos.

O Islã, desde o sétimo século, assassinou mais de 270 milhões de Judeus, Cristãos, Hindus, Budistas e Ateus e é o único grupo religioso que continua assassinando gente inocente em todo o mundo.

Na Nigéria, Sudão, Somália e em outros países africanos, os jihadistas muçulmanos estão atualmente massacrando Cristãos às centenas, mas a mídia tradicional quase não os noticiam.

Luigi Benesilvi

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NOTA

Quem tiver curiosidade ou vontade de aprofundar seu conhecimento no assunto e deixar de ser enganado por narrativas enviesadas, pode obter muita literatura para ler ou baixar, nos links deste artigo.

Luigi Benesilvi

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