Pesquisadores mostram a fragilidade da origem das principais entidades sagradas do Islã – Luigi Benesilvi

(01/02/2024)

Há poucos dias legendei dois vídeos impressionantes sobre as origens do Islã. O primeiro deles é de um pesquisador chamado Dan Gibson, que passou muito tempo no Oriente Médio, em localidades de Israel, Jordânia, Iraque, Síria e Arábia Saudita.

O que ele revela ter descoberto em suas pesquisas abala a crença de que Maomé nasceu e viveu em Mecca seus primeiros 40 anos de vida, antes de emigrar para Medina.

Dan Gibson propõe que, na verdade, Maomé era um mercador nabateu, que nasceu e viveu seus primeiros anos de vida em Petra, no sul da Jordânia, onde fundou o Islã, lá pelo ano de 610 depois de Cristo.

Gibson fundamenta sua proposição nos resultados de sua pesquisa sobre a direção da oração (Qibla) de algumas centenas de ruínas de mesquitas construídas nos primeiros 200 anos do Islã.

Constatou que nos primeiros 100 anos dos Islã, todas as mesquitas tinham suas Qiblas voltadas para Petra, mas depois, parte delas tinham as Qiblas apontando para um local bem no meio do caminho entre Petra e Mecca e as Qiblas das mesquitas da Espanha e norte da África apontavam para uma linha paralela ao trajeto entre Petra e Mecca.

Todas as mesquitas construídas depois de 200 anos da fundação do Islã tinham suas Qiblas voltadas para Mecca, no sul da atual Arábia Saudita.

A explicação que Gibson provê é que o governador de Petra, Ibn al-Zubayr, liderou uma revolta contra o também muçulmano Mu’āwiyah, por este ter escolhido Damasco como capital de seu reino, em vez de Petra, uma cidade mais importante para o Islã.

Ao ser atacado pelas forças de Damasco, comandadas pelo general Al-Ḥajjāj, Zubayr enviou parte de seus seguidores para longe de Petra, para algum lugar seguro ao sul da Arábia, levando com eles a Pedra Negra Sagrada, que estava na Kaaba de Petra.

Os defensores de Petra foram derrotados, a Kaaba de Petra foi destruída pelo exército de Damasco e Zubayr foi morto numa das batalhas.

Algum tempo depois, um grande terremoto devastou Petra e a cidade foi definitivamente abandonada, enquanto Mecca, no sul da Arábia, crescia, porque estava sendo objeto de peregrinações, por causa da pedra negra sagrada e a nova Kaaba construída lá.

A pedra negra está atualmente num dos cantos da Kaaba de Mecca e os muçulmanos a beijam para obter perdão de seus pecados. Dizem que a pedra originalmente era branca, mas ficou preta de tanto absorver os pecados das pessoas.

Cabe registrar que não muçulmanos são proibidos de entrar em Mecca ou Medina sob pena de severas punições.

Com o tempo, Petra foi esquecida e tudo o que houve no início do Islã, passou a ser atribuído apenas à Mecca, no sul da Arábia.

Um resumo da fundamentação da teoria de Dan Gibson pode ser assistido neste vídeo, legendado. A história completa das pesquisas dele, foi publicada em vários livros, disponíveis em pdf, que podem ser lidos ou baixados gratuitamente no site dele neste link.

O outro pesquisador que trata do mesmo assunto é Jay Smith, que, além de questionar a localização da Cidade Sagrada do Islã original, refuta partes da vida de Maomé e a eterna preservação do Corão, hipótese muito alardeada pelos apologistas do Islã.

Jay Smith alega não ter sido encontrado qualquer manuscrito do Corão, datado de menos de 200 anos depois da morte de Maomé e que, mesmo os manuscritos posteriores, são fragmentos juntados de diversas versões da Torá, Talmude e Bíblia, com diversos acréscimos nas primeiras versões em árabe..

Descobriu que os primeiros Corões foram escritos no idioma siríaco, usado pelos nabateus de Petra, cidade onde Maomé teria realmente nascido e crescido.

Discorre sobre o fato da palavra Maomé (Muhammad) ser um título honorífico, atribuído a muitas personalidades proeminentes da época e significa “O Louvado” ou “O Honorável”, sendo que o nome verdadeiro de Maomé seria Outham.

Também mostra que Mecca sequer estava no trajeto das caravanas de mercadores, que vinham do Iêmen e subiam pelo planalto arábico em direção ao mar Mediterrâneo.

Na verdade, ele alega que a maior parte do comércio era feito por via marítima, com paradas em portos da costa africana do Mar Vermelho, pois a costa arábica era muito árida e inóspita, não sendo provida de água potável e produtos agrícolas, necessários para alimentar e abastecer as tripulações dos navios.

Cita vários portos da costa africana, onde as tripulações dos navios pernoitavam, se alimentavam e se reabasteciam, em contraste com a ausência de portos na costa arábica.

Também menciona a ausência de Mecca dos mapas antigos e dos anais das nações vizinhas, enquanto cidades de menor expressão constam em mapas e citações dessas mesmas nações.

Um resumo das bases para as alegações de Jay Smith pode ser assistido neste vídeo legendado.

As alegações de Dan Gibson e Jay Smith me surpreenderam, pois nos mais de 10 anos que trato desse assunto, sempre aceitei a narrativa dos muçulmanos de que Maomé, havia nascido em Mecca, no sul da Arábia Saudita, onde teria fundado sua religião.

No entanto, os argumentos desses dois pesquisadores são muito bem fundamentados e não tem como ignorá-los.

Assisti vários outros vídeos desses pesquisadores, alguns deles em debates com muçulmanos e em nenhum deles foram mostradas evidências robustas de que Mecca é o verdadeiro local original da fundação do Islã..

Assim, parece que a segunda maior religião do mundo pode ter os pés de barro.

Luigi Benesilvi

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