A Kaaba sempre foi um centro de adoração pagão – Ridvan Aydemir
(19/02/2024)
Uma das principais coisas quando se pensa sobre o Islã é sobre o que é a Kaaba, uma das principais imagens que você obtém ao pesquisar o Islã no Google é aquela praça enorme, com uma estrutura em forma de cubo no centro dela.

É uma das principais imagens, porque é o local mais importante do Islã, o edifício mais importante. É o centro do Islã. É o local mais venerado e o edifício mais venerado do mundo.
Todo muçulmano tem de se voltar para a Kaaba quando reza. E os peregrinos muçulmanos visitam a Kaaba e precisam circundá-la várias vezes numa prática chamada “tawaf”.
Ela é tão importante, porque se acredita que foi o primeiro edifício estabelecido para Allah, o único deus. Embora Allah não precise desse edifício.
Atualmente, o cubo é cercado pela grande mesquita, a grande mesquita de Mecca ou a mesquita sagrada.
A crença islâmica sobre as origens da Kaaba é muito diferente do que uma pesquisa objetiva não islâmica encontra.
De acordo com a crença islâmica, a Kaaba foi construída por Abraão, o antepassado da religião abraâmica e ele foi instruído a construí-la por Allah.
Isso está bem claro no Corão, capítulo 22, versículo 26.
“…quando Nós designamos para Abraão o local da Casa…” (Corão 22:26)
Os muçulmanos acreditam que Ismael, o primeiro filho de Abraão, recebeu a bênção da Kaaba de tal forma, que seus descendentes fariam uma peregrinação anual e um banquete de sacrifício na Kaaba.
“Nosso Senhor, nos fez muçulmanos [em submissão] a Vós e para os descendentes de Ismael uma nação para Vós” – (Corão 2:128)
Muçulmanos acreditam que Ismael era o filho religiosamente importante e escolhido de Abraão. Embora a Bíblia, onde se originou a história de Abraão, diz que Deus escolheu Isaac e não Ismael.
Ismael é descrito como um guerreiro e não como aquele que herda o legado de seu pai. Ele é visto entre muitos judeus como malvado, mas arrependido, enquanto os cristãos simplesmente o veem como o outro filho mau de Abraão.
É bastante estranho que os muçulmanos árabes façam tal mudança na narrativa e na crença bíblica e depois afirmem que os judeus e os cristãos falsificaram a Bíblia.
Há mais diferenças do que isso.
Por exemplo, a mãe de Ismael, Hagar, que é a serva de Abraão na Bíblia, é de repente, diretamente a segunda esposa de Abraão, no Islã. Essas mudanças aparecem provavelmente, porque os árabes assumem que são descendentes de Ismael, enquanto os judeus são descendentes de Isaac.

Mas falaremos mais sobre isso em outro momento, Vamos voltar à Kaaba. De acordo com a crença islâmica, Abraão construiu a Kaaba. Ismael cuidou dela, e ao longo de gerações ela foi reverenciada pelos profetas e fiéis como a casa de Allah. É por isso que os muçulmanos a chamam de ”Baytullah”, que significa casa de Allah. No Corão, ela também é mencionada como casa sagrada, casa reverenciada e assim por diante.
A pedra negra num dos cantos da Kaaba, acreditam também ter sido colocada ali por Abraão. Mas na época de Maomé, a Kaaba era totalmente mantida por pagãos árabes e não por cristãos e judeus.
Muçulmanos e alguns eruditos próximos ao Islã, também afirmam que os cristãos e judeus regularmente iam venerar a Kaaba, mas não há qualquer evidência disso.
De como a Kaaba se tornou um local pagão, os muçulmanos explicam que as pessoas se tornaram, com o tempo, inclinadas ao politeísmo e idolatria, o que explicaria porque havia ídolos na Kaaba durante a época de Maomé.
Mas a Kaaba, de acordo com fontes islâmicas, era, no entanto, dedicada a um único deus e também era um local muito importante, porque Mecca seria então um centro comercial visitado por pessoas de todos os tipos de crenças.
Novamente, de acordo com a tradição e a crença islâmicas, Maomé começou a pregar na Kaaba, assim que declarou ser um profeta. E depois que foi expulso de Mecca e fugiu para Medina, voltou novamente para conquistar Mecca.

Então ele entrou na Kaaba, destruiu todos os ídolos pertencentes aos pagãos, deixando-a vazia e a dedicou novamente somente a Allah.
A destruição dos objetos sagrados de outras pessoas por Maomé, ironicamente não é vista como uma agressão pelos muçulmanos. Ela é vista como uma causa justa, porque Maomé reivindicou a Kaaba para Allah, seu próprio deus.
Imagine fundar uma nova religião, ir a Mecca, destruir a Kaaba, construir seu próprio templo lá e dizer,
“Bem, foi isso que meu deus mandou fazer“.
Imagine o clamor islâmico se isso acontecesse.
Enfim, esse é um resumo da visão islâmica sobre as origens da Kaaba.
Agora vamos à visão não islâmica mais realista. Em primeiro lugar, como mencionado no início, muçulmanos rezam em direção à Kaaba, porque o Corão manda fazer isso e porque Maomé fez isso. Mas isso nem sempre foi verdade.
Quando Maomé começou sua vida de profeta, ele não rezava em direção à Kaaba, mas em direção a Jerusalém. Por coincidência, os judeus também rezavam em direção a Jerusalém. Eles a chamam de Mizrah em vez de Qibla. Mizrah significa leste e representa a direção de Jerusalém, do ponto de vista da diáspora judaica. Judeus também costumavam rezar em direção a Jerusalém, quando Maomé estava vivo e havia muitos deles em Mecca e nos arredores.
De um ponto de vista objetivo, parece muito que Maomé iniciou a questão da direção da oração, porque os judeus faziam a mesma coisa e ele alegava que sua religião tinha as mesmas origens.
Agora, muito curiosamente, a direção da oração mudou repentinamente em alguma época e passou de Jerusalém para a Kaaba.
“Então virem seus rostos para o Local Proibido de Reunião.” (Corão 2:144)
De acordo com o antigo historiador islâmico Al-Tabari, que escreveu uma biografia de Maomé, os judeus zombavam de Maomé por usar a mesma direção para orar, porque Maomé era hostil a eles quando rejeitaram sua mensagem, o que parecia ridículo para a maioria deles.
Chegou aos ouvidos dele o que os judeus estavam dizendo: “Por Deus, Maomé e seus companheiros, não sabiam onde a Qibla estava até que nós dissemos a eles” – (Al-Tabari)

A teoria de que a direção mudou, porque os judeus zombaram dele se torna ainda mais clara. se você ler o Corão. No capítulo dois do Corão, o Corão literalmente responde às pessoas que zombavam de Maomé por sua prática, em seguida, anuncia a mudança e a justifica, porque diz que a primeira direção para Jerusalém, foi apenas um teste para os crentes.
Os tolos entre o povo vão dizer: “Por que eles mudaram a Qibla, para a qual costumavam virar seus rostos?” – (Corão 2:142)
Nós não mudamos nossa Qibla, senão para distinguir quem nos segue daqueles que podem ir embora – (Corão 2:14)
Muçulmanos oraram em direção a Jerusalém durante anos antes da mudança. Que teste foi esse? Qual foi o objetivo? Estou realmente curioso. Como isso testa sua crença?
Apenas a história da Qibla muçulmana, a direção da oração, faz o Islã parecer extremamente ridículo em suas próprias fontes.
Mas vamos à história da Kaaba.

Como uma observação lateral, é importante ressaltar que a Arábia pré-islâmica era extremamente subdesenvolvida e primitiva, a literatura não tinha grande importância e textos escritos basicamente não existiam. É por isso que é muito difícil descobrir qualquer coisa sobre a história pré-islâmica. E muitas pessoas são forçadas a ler a visão islâmica tendenciosa.
Fontes islâmicas afirmam que Abraão construiu a Kaaba para Allah e a designou como um local para as práticas islâmicas atuais, como circular em torno dela, jejum, sacrifício de animais e assim por diante. Ela é declarada como a coisa mais importante sobre Abraão, uma das coisas mais importantes para Allah. O problema é que a Bíblia nunca mencionou a Kaaba.
Agora, o Islã afirma que Allah é o mesmo Deus da Bíblia. Mas se tudo isso é realmente como o Islã nos diz, então por que a Kaaba nunca foi mencionada na Bíblia? Por que ela nunca foi mencionada nas tradições judaicas no Talmud? Por que ela não era considerada importante entre os cristãos?
O Corão até afirma que Allah deu a Abraão a missão de instituir práticas como circular a Kaaba ou fazer sacrifícios.
“Circule em volta da antiga Casa”- (Corão 22:29)
“Seu local de sacrifício” – (Corão 22:33)
Mas os cristãos e judeus não fazem isso.
Se esse lugar era tão importante para Allah, que os muçulmanos afirmam ser o mesmo Deus da Bíblia, ele teria sido visitado com frequência por cristãos e judeus de todo o mundo. Mas não há qualquer menção à Kaaba na história do cristianismo e do judaísmo, antes do Islã.
Só fontes islâmicas afirmam que cristãos e judeus também respeitavam a Kaaba religiosamente. Mas não há qualquer evidência disso. É por isso que muitos historiadores não acreditam nessa história.
Muçulmanos afirmam que judeus e cristãos falsificaram suas escrituras, a Bíblia. Mas tanto judeus quanto cristãos, especialmente suas autoridades religiosas, querem ser crentes e defender sua religião. Qual seria o propósito de remover referências à Kaaba da Bíblia? De outros textos? De suas tradições orais? Ou até mesmo de suas memórias? Por que eles fariam isso?
Se a Kaaba só não é mencionada entre cristãos e judeus, porque a Bíblia foi falsificada. Por que diabos, cristãos e judeus conseguem fazer isso, quando há tantas seitas heréticas em ambas as religiões?
Foi difícil unificar o cristianismo e o judaísmo em coisas muito básicas, como padrões de vestimentas litúrgicas e Jesus. Mas foi muito fácil se livrar completamente da veneração da Kaaba. Todos os cristãos? Todos os judeus? Nenhuma pessoa séria e normal, nenhuma pessoa saudável poderia acreditar nisso.
Além disso, os locais e a história de Abraão estão na Bíblia. Ilustrações atuais de suas viagens e localizações mostram aproximadamente onde ele esteve e o que fez. Ele estava muito longe no norte. Mecca não fica nem remotamente perto de suas viagens e ir para lá teria levado tanto tempo e seria tão sem sentido.

De acordo com a maioria das fontes confiáveis, cedo na história, os arredores de Mecca, eram, em sua maioria, vazios, deserto vazio, hostil e desinteressante.
Alguns muçulmanos tentam provar que a Kaaba foi de fato mencionada na Bíblia, apontando para uma parte da Bíblia em que se fala de Abraão construindo um altar.
“… e onde ele construiu o primeiro altar. Ali Abraão chamou pelo nome do Senhor” – (Gênesis 13:4)
De acordo com a Bíblia, Abraão construiu vários altares para Deus em vários lugares, e não apenas um.
Os 4 altares de Abraão
1 – Altar do louvor
2 – Altar da oração
3 – Altar da paz
4 – Altar da providência

Os mesmos apologistas que fazem essas afirmações ignoram totalmente esse fato.
Também, se Mecca e a Kaaba eram tão importantes para o Deus de Abraão, os romanos cristãos não teriam ido até Mecca e a conquistado?
Isso nos leva ao nosso próximo ponto. Os romanos nem sequer tocaram em nada próximo a Mecca, especialmente depois de se tornarem cristãos. O ponto mais próximo que foi conquistado pelo grande império romano foi um lugar chamado Hegra, hoje é chamado de Meda’in Saleh. É mais próximo de Jerusalém do que de Mecca e o Império Romano nada deixou intocado que fosse remotamente importante. E os habitantes do deserto certamente não tinham força para detê-los.
Além disso, Mecca nunca foi sequer mencionada por fontes não islâmicas e não arábicas até o século VIII, quando os bizantinos a mencionaram devido a suas relações com os muçulmanos em ascensão. Isso refuta um ponto islâmico, que Mecca era um centro comercial muito importante e de grande porte. Essa é apenas uma afirmação islâmica.
Ela foi visitada por persas e árabes vizinhos, certo, mas não era um grande centro comercial. Não há qualquer evidência disso, e todas as evidências apontam contra essa alegação. É por isso que muitos historiadores realmente chegam à conclusão de que a alegação de que Mecca era um centro comercial foi apenas inventada pelos muçulmanos ou foi exagerada, porque era importante apenas para os árabes.
Se era realmente um lugar tão grande e importante para o comércio, a cultura e tudo o mais, governantes do norte da África, romanos, o Império Romano do Oriente, impérios persas e outros, não a teriam ignorado, com certeza. Todos eles teriam tentado conquistá-la. Mas, evidentemente, ninguém, não importa qual seja sua crença, se preocupou com Mecca até que Maomé fosse bem-sucedido com sua prática de profeta.
Todas as evidências que temos apontam para a teoria de que a Kaaba foi construída apenas alguns séculos antes de Maomé, por pagãos árabes, não por Abraão, não por cristãos, não por judeus, mas pelos fracos pagãos árabes que não eram nem de longe tão grandes e fortes, quanto os primeiros cristãos, judeus e outros grupos religiosos.
Como mencionado, de acordo com fontes islâmicas, a Kaaba estava cheia de ídolos pagãos, centenas deles, e havia outros ídolos ao seu redor. Porque, você sabe, cristãos e judeus não se incomodavam com o fato de alguns pagãos estarem mexendo em seu local sagrado. Eles simplesmente pensavam,
“Ah, cara, Estou só para comprar algumas coisas para minhas crianças”.
O principal ídolo da Kaaba era Hubal, o deus supremo da tribo que mantinha a Kaaba, a tribo Quraysh, à qual Maomé pertencia. Mas, além disso, a Kaaba tinha centenas de outros ídolos que foram reverenciados por outras tribos pagãs ao redor de Mecca.
Os Quraysh eram uma tribo de comerciantes, e é por isso que outras tribos árabes costumavam visitá-los com frequência e faziam declarações na Kaaba colocando seus próprios ídolos lá e adorando-os juntos.
Então, era claramente um importante local pagão, que somente os pagãos usavam religiosamente. Quando Maomé declarou ser profeta e seu novo deus, ser Allah, o local sagrado mais próximo para ele era a Kaaba.

Afinal, parece que Maomé estava interessado no monoteísmo e nas tradições abraâmicas. Inicialmente, ele não se preocupou muito com a Kaaba em um sentido religioso, mas teve cada vez mais desentendimentos e hostilidades com cristãos e judeus, que rejeitavam claramente sua mensagem. E como sua própria tribo, os Quraysh e outros pagãos, rejeitaram sua mensagem de forma muito clara e rigorosa, parece que seu interesse pela Kaaba era algo que tinha mais a ver com suas origens pagãs e com sua rixa com os pagãos.
Parece que ele queria se livrar gradualmente da influência cristã e judaica em sua religião, mas também queria se livrar da pressão pagã, porque os pagãos de Mecca não gostavam dele e queriam impedi-lo de crescer. Então, ele designou a Kaaba como o centro de sua crença, como a direção de suas orações, da mesma forma que os pagãos faziam.
E ele usou essa causa, conquistou Mecca, capturou a Kaaba para sua própria religião, mas restabeleceu práticas pagãs como circular a Kaaba e venerar uma pedra negra, que era venerada antes somente pelos pagãos.
Parece muito que tudo isso é apenas uma coisa pagã, nada relacionado à Bíblia, nada relacionado ao Deus da Bíblia, os profetas da Bíblia, e nada relacionado ao monoteísmo e à religião abraâmica.
Como foi dito, simplesmente não há evidências suficientes sobre a Arábia pré-islâmica. Mas todas as evidências que temos claramente apontam para isso, que a Kaaba só foi idealizada por Maomé devido ao paganismo. Simplesmente não há qualquer evidência para as teorias de Maomé e do Islã.

É por isso que, do ponto de vista objetivo, honesto e pesquisador, só podemos chegar à conclusão de que a Kaaba é uma questão islâmica, uma questão pagã.
É por isso que mal podemos dizer que o Islã é uma religião abraâmica. Mas podemos dizer com firmeza que o Islã era uma religião muito árabe e muito pagã.
É provavelmente por isso que os locais sagrados abraâmicos estão ao norte, enquanto o local sagrado islâmico está no sul, onde os árabes e pagãos viviam. Ou Maomé simplesmente perdeu sua bússola.
Ridvan Aydemir
O Profeta Apóstata
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NOTA
O texto acima foi extraído das legendas deste vídeo publicado no Bitchute.
Luigi
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