O dia que uma cabra comeu um versículo do Corão – Peter Townsend
(04/12/2024)
Muçulmanos afirmam que o Corão original está perfeitamente preservado até os dias de hoje
Há alguns anos, grupos muçulmanos no Reino Unido patrocinaram alguns outdoors com uma afirmação bastante ousada sobre o Corão. Esse livro, assim foi proclamado, em letras enormes tem:
“Nunca foi modificado, nunca foi alterado’”

O que falta a essa afirmação em precisão histórica talvez seja parcialmente redimido pelo fato de ser um resumo bastante elegante das crenças muçulmanas contemporâneas sobre o Corão. A maioria dos muçulmanos modernos acredita firmemente que existe uma linha ininterrupta do Corão como supostamente revelada a Maomé e o que eles ouvem, leem e recitam hoje.
Se ao menos essas coisas fossem assim tão simples.
Tal como acontece com textos antigos comparáveis, podemos mostrar que o Corão é o resultado de um processo complicado de fusão de uma variedade de fontes. Podemos até apontar como as divergências sobre o produto final chegaram ao registro histórico. Um dos exemplos mais surpreendentes desse acontecimento lida com um desacordo sobre a punição apropriada para o adultério. Alguns muçulmanos claramente queriam a pena mais severa possível (ou seja, apedrejamento até a morte), enquanto outros defendiam punições mais brandas (por exemplo, açoitamento ou confinamento).
No Corão que os muçulmanos leem hoje, a posição branda venceu, no sentido de que o Corão não menciona o apedrejamento como punição por qualquer crime. No entanto, todas as escolas da Lei Islâmica Sharia sustentam que as adúlteras devem ser apedrejadas até a morte.
O que está acontecendo aqui?
É claramente o caso de que muitos na comunidade muçulmana primitiva nunca fizeram as pazes com a posição mais branda. Assim, eles inseriram suas convicções na boca de dois dos membros mais respeitados da comunidade muçulmana primitiva, o Califa Umar e Aísha, a esposa favorita de Maomé, na forma de tradições históricas supostamente “sólidas”.
Umar é levado a dizer que as pessoas podem vir a corromper o texto mais tarde, mas que os fiéis devem lembrar que o “Versículo do Apedrejamento” já fez parte do Corão:
“Temo que, depois de muito tempo, as pessoas possam dizer: Não encontramos os versículos do Rajam (apedrejamento até a morte) no Livro Sagrado e, consequentemente, eles podem se desviar deixando uma obrigação que Allah revelou. Eis que confirmo que a penalidade de Rajam deve ser infligida àquela que comete relações sexuais ilegais”. (Sahih Bukhari 8:816)

Então, como esse versículo foi perdido?
A resposta, supostamente fornecida por Aisha, é bastante engraçada:
“Os versículos sobre o apedrejamento de adúlteras foi revelado, e eles foram escritos num papel e mantidos debaixo da minha cama. Quando o Mensageiro de Allah expirou e estávamos preocupados com sua morte, uma cabra entrou e comeu o papel.” (Sunan Ibn Majah, Livro de Nikah, Hadith Número 1934)

Então, aí está, que a palavra eterna de Allah foi “editada” por uma cabra. Essa tradição levanta todos os tipos de questões. Esses incluem:
Como Allah poderia ter sido tão espetacularmente descuidado em deixar parte de sua “orientação perfeita para a humanidade” se perder dessa maneira. Especialmente depois de declarar:
“Fomos Nós que revelamos o Corão e, certamente, seremos seu guardião” (Corão 15:9)
Como esses versículos foram removidos do Corão e da memória daqueles que o memorizaram?
Se esse versículo foi “revogado” (substituído) por algo melhor, como alegado por alguns muçulmanos, ainda mais questões são levantadas:
a) Onde está o “algo melhor” pelo qual foi substituído? (Corão 2:106)
b) Por que os hadiths (tradições) e as regras da sharia baseadas nele ainda exigem o apedrejamento de adúlteros, apesar do Corão ser silencioso sobre o assunto?
c) Por que não foi deixado no Corão como outros versículos ab-rogados?
Uma cabra mastigando o Corão é uma imagem bastante engraçada, mas isso não deve tirar o ponto sério. Longe de ser o produto de uma única mente (humana ou divina), as páginas do Corão são claramente um território contestado, como é mostrado na evidência histórica incontestável de sério conflito sobre o que deveria “fazer a edição”.
Peter Townsend
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NOTA
O texto acima é a tradyção de uma “News Letter” de Peter Townsend, recebida por e-mail.
A seguir está o versículo do Corão que trata da “substituição” (ab-rogação) de versículos mais antigos por outros mais novos, com “algo igual ou melhor”
Corão 2:1016 – Seja qual for o versículo antes revelado que revogamos ou fazemos para ser esquecido, trazemos um melhor ou semelhante a ele. Você não sabe que Alá tem poderes para fazer todas as coisas?
Acrescento que essa prática e outras tão violentas como essa, são praticadas publicamente em diversos países muçulmanos, como o Afeganistão, Paquistão, Iêmen, Bangladesh e outros.
Luigi Benesilvi
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