Detran DF odeia carros e motoristas – Luigi Benesilvi

(09/01/2025)

Em setembro de 2024 recebi duas multas de trânsito no intervalo de alguns dias, pela mesma infração, no mesmo local. As multas são por transitar em velocidade superior a 20% daquela estabelecida para a via.

Numa delas eu estava a 59 km/h e na outra a 61 km/h, numa via com velocidade máxima de 50 m/h, esclarecia a notificação das multas.

Para quem conhece Brasília, as infrações aconteceram na via do Terraço Shopping, no Setor Sudoeste, no sentido do Parque da Cidade, via na qual costumo transitar muitas vezes, pois é próxima da minha residência e na qual nunca havia sido multado.

Tenho no carro um aplicativo que avisa quando estou acima do limite de velocidade e não lembro de ter andado acima do limite.

Ao passar outra vez pela via, notei que os limites tinham sido reduzidos de 60 km/h para 50 km/h. Só que a placa avisando do limite está bem atrás de uma placa de retorno, sendo apenas visível quando o carro está bem próximo do radar.

Algum tempo depois, foram colocadas mais placas sobre a mudança dos limites de velocidade e fizeram campanhas sobre a redução dos limites.

No início de dezembro recebi o boleto da primeira multa. Para me livrar fui logo preceder o pagamento mediante a leitura do código de barras, mas deu erro de leitura. Tentei com o aplicativo de outro banco, mas também deu erro. Tentei ler com um aplicativo específico de leitura de código de barras, com o mesmo resultado negativo.

Então, a alternativa seria pagar digitando os números do código de barras, mas eles não estão no boleto. Aliás, o código de barras é de tamanho bem reduzido.

Entrei no site do Detran para baixar uma segunda via, mas não consegui acessar a página para baixar a segunda via.

Então, tentei usar o aplicativo do Detran, que tenho no iPhone, mas tive a mensagem que primeiro teria que me cadastrar num tal sistema SNE. Sem problema, tentei cadastrar-me, mas recebia sempre a informação que meu número da CNH é inválido, embora seja o que está na minha CNH. Tentei aderir por outros meios, mas sempre com algum tipo de erro.

O mais estranho é que o sistema dá mensagem de inconsistência entre números que estão no mesmo documento emitido pelo próprio Detran, como Renavam com CRV; Número do Renavam com placa do carro; número da CNH com CPF. Um verdadeiro tormento.

A próxima opção é ir pagar numa agência do Banco do Brasil, listado como um dos bancos que podem receber o pagamento da multa. Hoje é 4 de janeiro e tenho até o dia 23 para fazer o pagamento.

Dia 6 de janeiro fui até o Banco do Brasil, credenciado a receber multas do Detran, mas não consegui pagar, mesmo com a boa vontade do caixa, que tentou ler o código de barras com o aplicativo dele, na tentativa de obter os números, mas deu erro.

Então, fui ao maior posto do Detran no DF, que é aquele que fica na Feira Popular, ao lado da antiga rodoferroviária. Chegando lá, fui informado que o posto está fechado, sem previsão de abertura, porque roubaram os fios elétricos do posto. Um despachante deu a dica de usar o posto do Detran no Aeroporto.

Chegando no Detran do Aeroporto, entrei na fila e uma senhora me informou que lá só atendem com hora marcada pelo serviço “Na Hora”, do GDF.

Consegui agendar o atendimento para dia 8 de janeiro, às 15h10, no posto do Detran do aeroporto. Nas opções não encontrei “multas” e tentei agendar em “cobrança”, mas tive a resposta que nessa opção não há agendamento disponível, então marquei na opção ‘Veículo/Habilitação”, na esperança que o atendente aceite resolver o problema com minhas multas.

Dia 7 de janeiro liguei para um amigo para falar sobre as dificuldades que estou tendo para pagar as duas multas e aproveitei para relatar algo estranho que aconteceu ontem.

“Ao chegar em casa ontem notei a existência de uma mensagem na secretária eletrônica do meu telefone fixo (da Claro). Ao ouvir a mensagem fiquei espantado, pois é a gravação de minha conversa com a senhora da fila do posto do Detran do aeroporto, que eu não tinha feito (pelo menos voluntariamente)”.

Como a gravação chegou no meu telefone fixo, se não havia registro de eu ter feito qualquer ligação do meu celular (da Vivo) para o meu telefone fixo (da Claro)?

Resetei e atualizei o software do meu iPhone 16 e executei alguns outros comandos para eliminar qualquer coisa espúria dele.

Peguei meu iPhone 14, com chip da Claro e entrei no aplicativo do Detran, onde consegui acessar as multas, copiar os códigos de barras e baixar os boletos em pdf. Fiz os pagamentos e tudo foi resolvido.

Interessante é que a segunda via da multa tem os números do código de barras, embora o código em si sejam bem pequeno.

Problemas no meu telefone podem ter contribuído para complicar a solução do caso, mas os principais complicadores foram causados pelo próprio Detran, primeiro por reduzir a velocidade da via sem colocar uma sinalização bem visível e em segundo lugar por colocar um código de barras reduzido, sem os números correspondentes ao código.

Depois de tudo isso e outras coisas que já vi acontecerem, parece que o que o Detran DF mais faz é complicar a vida dos motoristas e reduzir a velocidade do trânsito e outras incongruências.

Por exemplo, o que pode explicar o limite de velocidade de 60 km/h no trecho do Eixo Monumental, que vai do Monumento ao Juscelino até a rodoferroviária, que tem 2 pistas, cada uma com 6 faixas e nenhum cruzamento?

Ao mesmo tempo que na ponte Costa e Silva, que tem 3 faixas estreitas e a faixa do meio  muda de sentido dependendo do horário, também tem limite de 60 km/h?

Luigi Benesilvi

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