Descobertas recentes colocam em dúvida a própria existência de Maomé – por Artefactum
(16/01/2025)
Imagine uma figura central para a fé de mais de um bilhão de pessoas, mas cuja própria existência histórica está agora sendo questionada.

Descobertas recentes desafiam crenças seculares sobre Maomé, o Profeta do Islã e as origens de uma das maiores religiões do mundo.
E se a história dele não for como parece?
A história de Maomé, como é apresentada na tradição islâmica, é mais do que uma simples biografia. Ela forma a base da teologia islâmica, lei e cultura. Muçulmanos são ensinados que Maomé viveu nas cidades de Mecca e Medina, na Arábia, durante o século 7, onde recebeu revelações divinas que se transformaram no Corão, um dos livros sagrados do Islã.
A vida dele é documentada por fontes como o Hadith (tradições) e a Sira (biografia de Maomé), que detalham suas ações, dizeres e o surgimento do Islã.
Mas e se essas fontes não forem tão confiáveis quanto parecem?
Estudos modernos estão começando a descobrir lacunas significativas na narrativa histórica. Se essas descobertas se confirmarem, elas podem remodelar, não apenas como entendemos o Islã, mas também como vemos a mais ampla história do Oriente Médio.
Vamos começar com as fontes.
O Corão, o Hadith e as biografias de Maomé (Sira), são considerados textos fundamentais para a história islâmica. Entretanto, esses textos apresentam um problema sério. Eles só aparecem muito mais tarde na história. O próprio Corão, o texto mais sagrado, não possui um manuscrito claro, com evidências do século 7. Embora existam fragmentos, os primeiros manuscritos completos do Corão são dos séculos 8 e 9. Isso levanta questionamentos. Se o Corão foi realmente revelado durante a vida de Maomé, por que não temos evidências mais contemporâneas da vida dele?

O Hadith, que detalha as palavras e os atos de Maomé, é ainda mais problemático. As seis coleções canônicas, como as de Sahih Bukhari e Sahih Muslim, só foram compiladas de 200 a 300 anos depois da morte de Maomé.
No entanto, não temos manuscritos dessas coleções mesmo daquele período de tempo. As primeiras cópias físicas aparecem vários séculos depois, durante o período otomano. As biografias ou “Sira”, enfrentam desafios semelhantes. A biografia mais famosa de Ibn Ishaq, foi escrita mais de um século depois da morte de Maomé. E nem sequer temos sua obra original. O que sabemos vem de redações feitas por autores posteriores, como Ibn Isham, que viveu ainda mais tarde.
Se a existência de Maomé é questionável, como será sobre aquelas cidades mais associadas a ele, Mecca e Medina?
Modernos estudos arqueológicos e históricos revelam uma impressionante falta de evidências da importância de Mecca no século 7. Os primeiros mapas e registros comerciais não fazem menção a Mecca como um centro importante, apesar da tradição islâmica afirmar que era uma cidade central de comércio e religião.
Medina se sai um pouco melhor em termos de evidências. Mas mesmo lá, as descrições dos debates teológicos entre Maomé, cristãos e judeus levantam dúvidas. Registros históricos sugerem que a região era esparsamente povoada naquela época, tornando improváveis tais encontros. Se essas cidades não eram como descritas, então de onde foi que o Corão e as primeiras tradições islâmicas, se originaram?

É aqui que as coisas ficam ainda mais interessantes. Muito do que o mundo moderno sabe sobre Maomé, não vem de fontes muçulmanas, mas de estudiosos europeus do século 19.
Heinrich Ferdinand Wustenfeld, um orientalista alemão, compilou a primeira versão amplamente disponível da “Sira”. Seu trabalho reuniu manuscritos escritos entre os séculos 11 e 16. Esses manuscritos já estavam séculos distantes da vida de Maomé. Isso significa que a história da vida de Maomé, como é comumente contada hoje, foi construída em grande parte por acadêmicos ocidentais.
Se esse é o caso, quão confiável é a narrativa padrão islâmica?
Voltemos aos “hadiths”.
Esses textos são vitais para a jurisprudência islâmica, pois detalham como os muçulmanos devem rezar, jejuar e conduzir suas vidas diárias. No entanto, os primeiros manuscritos das principais coleções de hadiths, como as atribuídas a Bukhari e Muslim, não aparecem antes do século 11. Isso é 400 anos depois da época de Maomé.
Ainda mais preocupante é o fato de que esses manuscritos foram fortemente editados e reeditados ao longo dos séculos. As versões que temos hoje são o resultado de influências políticas e teológicas posteriores, especialmente durante o período otomano.
Se os relatos tradicionais de Maomé e do início do Islã não podem ser apoiados por evidências contemporâneas, então onde isso nos deixa?
Estudiosos agora estão se voltando para explicações alternativas. Alguns sugerem que o Islã não se originou em Mecca e Medina, mas sim nas regiões mais ao norte, mais próximas das comunidades cristãs e judaicas, onde os debates teológicos seriam mais vibrantes. Outros propõem que Maomé pode ter sido uma figura composta, uma mistura de vários líderes e tradições, reunidos numa narrativa unificada, séculos mais tarde. Isso explicaria as inconsistências nas fontes islâmicas e o tardio surgimento de manuscritos.
As questões levantadas por essa pesquisa são complexas e para muitos, profundamente pessoais, mas também são necessárias. Compreender o passado nos ajuda a dar sentido ao presente e esse caso nos desafia a olhar além das suposições e nos aprofundar na história.

Agora vamos comparar isso com o cristianismo. O Novo Testamento e especialmente os Evangelhos, foram construído por relatos de testemunhas oculares da época da vida de Jesus Cristo. Estudiosos concordam que as cartas de Paulo, escritas entre os anos 50 e 60, apenas 20 a 30 anos após a morte de Jesus, estão entre os primeiros escritos cristãos. Essas cartas confirmam aspectos importantes da vida de Jesus, sua morte e ressurreição.
Descobertas arqueológicas confirmam os relatos dos Evangelhos.

Por exemplo, a piscina de Bethesda, descrita em João, capítulo 5, verso 2, foi escavada e corresponde à descrição encontrada no texto. Da mesma forma, inscrições como a da “Pedra de Pilatos”, confirmam a existência de Pôncio Pilatos, uma figura-chave na crucificação de Jesus.
Ao contrário das fontes islâmicas, que surgem séculos após a suposta época de Maomé, os textos cristãos têm um rastro de documentação e evidências físicas, que se alinham estreitamente com os eventos que descrevem. Essa comparação destaca porque examinar alegações históricas criticamente é tão importante.
Vamos continuar fazendo perguntas e buscando a verdade juntos.
Por Artefactum
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NOTA
O texto acima foi extraído das legendas deste vídeo publicado no Bitchute.
O autor do vídeo é um cara que se denomina “Artefactum” e publica os vídeos dele neste canal do Youtube.
Luigi Benesilvi
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