Eles não querem realmente a paz em Gaza – Konstantin Kisin

(05/10/2025)

Como os espectadores regulares devem saber, Israel não é um dos meus assuntos. Não é um país em que eu tenha estado e, até recentemente, não havia feito comentários sobre ele.

Quando o ataque terrorista do Hamas a Israel aconteceu em 7 de outubro de 2023, minha reação foi uma combinação de horror e, por mais estranho que possa parecer, curiosidade.

Sempre que acontece algo no mundo que eu não entendo, meu instinto é tentar aprender o máximo que puder antes de formar uma opinião. É por isso que falei pouco durante um ano após o dia 7 de outubro, em vez disso, me envolvi com pessoas de todos os lados da discussão.

Entrevistamos vozes pró-israelenses como Ben Shapiro, Natasha Hausdorf e, por fim, o próprio Benjamin Netanyahu, bem como aqueles do outro lado, como Norman Finkelstein, Bassem Youssef e Ahmed Fouyd Al Khatib.

Por fim, depois de ouvir os diferentes argumentos, publiquei o que se tornou meu artigo e vídeo mais viral no primeiro aniversário do dia 7 de outubro, intitulado “Porque desci do muro sobre a guerra de Israel“. Nele, tentei analisar logicamente os argumentos e chegar a uma conclusão.

Em resumo, minha opinião era e continua sendo que muitos dos argumentos anti-Israel são, na melhor das hipóteses, motivados por emoções que são compreensíveis, mas irreconciliáveis com os fatos e, na pior das hipóteses, manipulações deliberadas criadas para transformar em arma nosso horror natural ao ver as realidades da guerra.

Agora, com a aproximação do segundo aniversário do dia 7 de outubro, estamos testemunhando uma cascata espetacular de eventos que revelam a verdade nua e crua de todo esse debate.

E não, não estou falando do plano de paz para Gaza com os 21 pontos do presidente Donald Trump. Estou falando da reação ao plano dele, que revela o que realmente está em jogo. O plano de Trump é um roteiro para a paz que cumpre todos os objetivos contra a guerra e a favor da paz.

– O fim imediato da guerra;

– Retirada de Israel em etapas;

– Libertação de 2.000 prisioneiros palestinos em troca de apenas 20 reféns israelenses ainda vivos.

– Entrega de ajuda humanitária;

– Reabertura do cruzamento de Rafah com o Egito;

– Administração de Gaza por não israelenses e nem pelo Hamas;

– Um pacote de desenvolvimento econômico;

– Compromisso contra o deslocamento de palestinos;

– Sem anexação;

– Sem ocupação;

e conversações mediadas pelos EUA entre Israel e os palestinos para alcançar “uma coexistência pacífica e próspera.”

Para minha total falta de surpresa, entretanto, muitos dos mais proeminentes ativistas contra o “genocídio”, que enfeitaram nossas ondas de rádio nos últimos dois anos, permaneceram em silêncio ou pediram abertamente que o Hamas rejeitasse o acordo.

Crystal Ball do programa “Breaking points”, que uma vez publicou uma crítica extraordinária à nossa entrevista com Netanyahu, a qual ela começou admitindo que não tinha realmente assistido, passou 20 minutos em seu programa, insinuando que o Hamas não deveria aceitar o acordo. Sua mídia social é um fluxo contínuo de “sinalização de virtude”, sem mencionar o fato de que, se você quer parar o “genocídio”, a oferta para fazê-lo está na mesa.

Candace Owens, outra entusiasta da paz, não se deu ao trabalho de comentar a proposta de paz do presidente Trump. Ela está ocupada demais ganhando dinheiro com o assassinato de Charlie Kirk, conduzindo sua própria investigação sobre seu assassinato no conforto de seu próprio estúdio, insinuando que “judeus estejam envolvidos”.

Aqui na Grã-Bretanha, Owen Jones não só deixou de exortar o Hamas a aceitar o acordo, mas, ao contrário, compartilhou tweets e vídeos retratando-o como inaceitável, sugerindo efetivamente que ele deveria ser rejeitado. Enquanto isso, Jeremy Corbyn descartou o acordo como mais uma empreitada colonialista.

É importante dizer que não acredito que seja do interesse do Hamas aceitar o plano de paz de Trump.

Afinal de contas, ele exige que o Hamas se desarme e renuncie a qualquer papel no futuro governo de Gaza. O Hamas tem todo o direito de rejeitar um acordo que lhe desagrade, exatamente da mesma forma que a Ucrânia não aceitará termos de paz com a Rússia, que considera que prejudicariam seus interesses a longo prazo.

Mas a capacidade e a disposição do Hamas de rejeitar o acordo é um indicador claro de qual é, de fato, o conflito de Gaza. Longe de ser um genocídio, é uma guerra, uma guerra que o Hamas começou e está perdendo muito feio.

Não é possível simultaneamente apresentar uma série de objetivos de guerra para manter o poder e continuar o terrorismo e, ao mesmo tempo, alegar ser uma pobre e infeliz vítima de “genocídio”.

Os “Tutsis” em Ruanda, os Armênios no Império Otomano e os judeus do Gueto de Varsóvia, não foram massacrados, porque lhes foram oferecidos termos de paz, que então rejeitaram. Eles foram mortos por serem Tutsis, Armênios e Judeus. É isso que GENOCÍDIO realmente significa.

Um dos truques mais antigos usados pelos mentirosos ao longo dos tempos é o que chamo de “truque da boca para fora”, em que as definições são estendidas além de seu escopo, para fazer com que as pessoas acreditem em mentiras. Essa é uma técnica poderosa, pois se eu conseguir fazer com que você aplique erroneamente o termo genocídio ao conflito em Gaza, posso fazer com que você pare de vê-lo como uma batalha entre dois beligerantes e, em vez disso, trate Israel como o criminoso e o Hamas como a vítima.

O que os últimos dias mostraram é que a esmagadora maioria dos que exigem o fim do chamado “genocídio” em Gaza. não acredita que seja um genocídio, como demonstrado por sua relutância a pressionar o Hamas a aceitar um acordo que ponha fim a ele.

Essa é uma guerra que seu lado está perdendo e eles estão usando o sofrimento dos civis palestinos como escudos humanos colocados em perigo pelo Hamas para gerar cliques, curtidas e visualizações.

Konstantin Kisin

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NOTA

O texto acima foi extraído das legendes deste vídeo publicado no Bitchute.

Se observar no símbolo gráfico do Hamas, vai notar a existência de um mapa de Israel, todo da mesma cor, significando que o Hamas entende que a Palestina deve ficar exatamente onde está atualmente Israel, porque entende que aquele terra pertence aos muçulmanos.

O Corão é muito claro quanto a isso, pois diz:

“Expulse-os de onde eles expulsaram você”. – (Corão 2:191)

A explicação do motivo dos muçulmanos não reconhecerem o direito da existência de Israel, é porque toda a região do oriente médio já foi ocupada pelos muçulmanos, desde a batalha do rio Yarmouk, na atual Síria, no ano de 636 depois de Cristo, até a criação de Israel, em 1948, quando eles tiveram que sair daquela terra.

Neste link tem um artigo que explica isso com mais detalhes.

Luigi Benesilvi

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