Motivos pelos quais é muito difícil dialogar com muçulmanos – Padre Benedict Kiely
(17/11/2025)
Temos que falar a verdade. Isso é bíblico. Falamos a verdade com amor. Caridade e verdade. Isso vem diretamente de São Paulo. Falar a verdade com amor.

O Papa Bento 16 disse que uma das coisas importantes sobre o diálogo é falar a verdade.
Por exemplo, ainda podemos falar a verdade uns aos outros e dizer:
“Discordo totalmente do seu ponto de vista ou, na minha opinião, você está completamente errado.”
Isso não significa que vamos matar uns aos outros ou nos odiar.
Duas histórias que ilustram isso. Certa vez, quando estive no Iraque, bem no início, quando o Estado Islâmico (ISIS) era muito dominante, perguntei a um arcebispo no Iraque:
“Vocês podem dialogar com o Islã moderado?”
Ele riu e disse:
“Bem, quando o Islã moderado existir, teremos um diálogo com ele”.
Também fiz a mesma pergunta a alguém. Não vou dizer quem, mas era extremamente importante na igreja. Estávamos conversando. Ele estava muito sério durante toda a conversa. Nunca sorriu. E eu lhe fiz a mesma pergunta. Eu disse:
“Podemos dialogar com o Islã moderado?”
E ele riu pela primeira vez. E disse exatamente a mesma coisa. Ele disse que, “quando ele existir, poderemos dialogar.“
Isso é, algo sobre o qual Belloc escreveu. Hilaire Belloc, sempre foi fascinado com isso, porque ele disse que essa é a única heresia que perdurou. Ele achava fascinante o fato, que ele chamava de a grande, a mais extrema negação possível da encarnação, o que é verdade.
Isso é o que o Islã não pode aceitar, que Jesus é Deus e faz parte da Santíssima Trindade. Portanto, é a negação mais extrema. Mas ele sempre ficou fascinado. Como isso pode sobreviver?

O diálogo com o Islã teologicamente é bastante difícil, se não impossível, mas podemos trabalhar juntos em alguns assuntos.
O Vaticano trabalhou muito na ONU com países muçulmanos que lutam contra algumas questões de ideologia de gênero. Podemos fazer muito juntos pela paz, felizes, e realmente deveríamos.
O Estado Islâmico editou duas revistas durante o período em que esteve no Iraque e na Síria. Uma chamada “Dabik” e outra chamada “Rumia”, que é Roma. Uma das edições de uma delas acho que era a Rumia. O assunto dela era “Porque odiamos vocês”. Esse era o assunto.
E os primeiros capítulos ou partes do artigo não eram, como vocês podiam esperar,
“Nós odiamos vocês no ocidente porque vocês são tão corruptos e suas mulheres não usam roupas suficientes”.
Todos os primeiros pontos desse artigo eram teológicos.
“Odiamos vocês porque acreditam em 3 deuses.”
“Odiamos vocês porque acreditam que Jesus é Deus.”
E outros desse tipo.
Tudo teológico.
Então o diálogo teológico por parte da igreja tem que ser realista. Trabalhar em conjunto, com as coisas com as quais você pode trabalhar em conjunto.
Mas, sim, acho que infelizmente muitos de nossos líderes não fazem isso. É tudo sobre fingir e manter as aparências de paz. É por isso que é preciso ir a alguns desses países onde as pessoas experimentaram realmente o que é perseguição e você não ouve o mesmo tipo de discussão. É simplesmente, elas sabem como é ser expulso de suas casas.

Eu estava no Iraque, certa vez, conversando com um padre que havia sido expulso de Mosul. Ele disse:
“Minha igreja de 800 anos é um centro de tortura do Estado Islâmico. Eles estão matando pessoas e torturando, atirando em pessoas nessa igreja.”
E ele disse:
“E minha casa foi tomada por meus vizinhos.”
Agora, nem todos os muçulmanos são assim, é claro. Mas também é a realidade. Não vamos jogar muitos jogos. Vamos falar com transparência, com honestidade e com caridade, com verdade e amor, mas também sem fingimento.
Padre Benedict Kiely
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NOTA
O texto acima foi extraído de partes das legendas deste vídeo publicado no Bitchute.
Sobre o comportamento de vizinhos muçulmanos, li uma história contada por um cristão que fugiu da região onde o Estado Islâmico havia dominado. Esse é o resumo da história que ele contou:
“Nossa comunidade era composta por família cristãs e muçulmanas. Vivíamos em paz há várias gerações. Éramos padrinhos recíprocos de casamentos e outras solenidades familiares. Frequentávamos as casas uns dos outros.
Quando os terroristas do Estado Islâmico chegaram à nossa comunidade, os vizinhos muçulmanos deram a eles os endereços dos cristãos e fomos perseguidos. Muitos cristãos foram assassinados e mulheres foram levadas e vendidas como escravas. É verdade que alguns poucos muçulmanos nos ajudaram a fugir.
Também é verdade que alguns daqueles que nos entregaram, fizeram isso para salvar as próprias vidas, pois se não o fizessem seriam assassinados também.”
A religião muçulmana não permite que seus seguidores sejam amigos de não muçulmanos. Está escrito no Corão.
“Crentes não devem tomar descrentes como amigos ou protetores em lugar de outros crentes. Se alguém fizer isso, não terá mais qualquer ajuda de Allah, a não ser por precaução, para resguardar-se deles”. (Corão 3:28).
Sobre os muçulmanos não aceitarem a divindade de Jesus Cristo, existe uma corrente de estudiosos que aventam a hipótese do Islã ter sido criado como resultados de uma dissensão unitarista do cristianismo, como é revelado no artigo deste link.
Luigi Benesilvi
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