A intrigante história do relacionamento de Maomé com o anjo Gabriel na forma humana
(10/12/2025)
Assisti este vídeo de um longo debate entre os eruditos David Wood e Robert Spencer, no qual eles falam de diversas passagens estranhas e embaraçosas sobre a vida de Maomé.

Entre elas está o caso do encontro do profeta com os homens de Al-Zutt, no qual “ele teria sido cavalgado a noite toda pelos másculos homens de Zutt”, cujos detalhes podem ser lidos neste link.
Outro caso debatido foi o hadith, pelo qual Aisha, a menina esposa de Maomé, relata que tinha que remover manchas de sêmen das vestes do profeta.
“Narrado por Aisha: Eu costumava lavar as marcas de janabah (sêmen) das roupas do Profeta e ele saía para as preces enquanto ainda havia manchas de água visíveis nelas.” (Sahih al-Bukhari 229)
Tem também o caso dos versos satânicos, nos quais Maomé teria recebido uma revelação de que seria permitido aos integrantes da tribo Quraysh usarem a intercessão das suas 3 deusas pagãs, Al-Lat, Al-‘Uzza e Manat para comunicar-se com Allah (Corão 53:19-20). Algum tempo depois, Maomé teria recebido outra revelação refutando a anterior, pois, na verdade, ela teria sido “revelada” por Satã, que teria enganado Maomé. Detalhes podem ser lidos neste link.
Mas, a história mais intrigante discutida no debate, foi a estranha relação de Maomé com o anjo Gabriel, quando este estava na forma humana.
David Wood relata o fato.

DAVID WOOD: Temos o “hadith” sobre a questão de Dihya al-Kalbi, um dos jovens mais belos da Arábia. Quandoele aparecia na cidade, dizia-se que todas as mulheres corriam para admirá-lo.
Tanto nas fontes sunitas como nas xiitas, existem várias histórias sobre pessoas que quando viam Maomé com Dihya, ele logo esclarecia dizendo:
“Vocês sabem que esse é o anjo Gabriel. Ele é exatamente igual a Dihya al-Kalbi. Então, quando vocês me veem com Dihya, na verdade estão me vendo com o anjo Gabriel”.
Vários companheiros de Maomé também relataram detalhes desse caso.
Abu Uthman narrou: “Recebi a notícia de que Gabriel veio ao Profeta enquanto Umm Salama estava presente. Gabriel começou a falar com o Profeta. O Profeta disse a Umm Salama: Você sabe quem era aquele? Ele disse: Era Dihya, uma pessoa bonita entre os companheiros do Profeta. Mais tarde, Umm Salama disse: Por Allah, pensei que fosse ninguém menos que Dihya, mas ouvi o Profeta falando sobre Gabriel. “
“Certa vez, Abu Dharr foi até o mensageiro de Allah enquanto Gabriel estava na forma de Dihya al-Kalbi, um dos companheiros do Sagrado Profeta, numa reunião privada com o mensageiro de Allah. Quando Gabriel saiu, Abu Dharr foi até o Sagrado Profeta e o Mensageiro de Allah disse a ele: “Ó Abu Dharr, quem o impediu de nos cumprimentar quando passou por nós?” Ele disse: “Ó mensageiro de Allah, pensei que a pessoa que estava com você fosse Dihya al-Kalbi. numa reunião privada para tratar de seus assuntos”. O mensageiro de Allah disse: Aquele era o anjo Gabriel”.

“As pessoas costumavam entrar na presença do Profeta sempre que queriam. O Profeta então proibiu que entrassem em sua presença quando ele estava em uma reunião com Dihya al-Kalbi”.
Hudayfah disse: “Um dia, fui até o Profeta para tratar de um assunto, esperando encontrá-lo sozinho. Quando cheguei à porta, olhei e vi uma cortina cobrindo a porta. Eu a levantei e estava prestes a entrar. Era isso que estávamos acostumados fazer.
“Então eu vi Dihya sentado ao lado do Profeta, que estava dormindo, e sua cabeça estava no colo de Dihya. Então o Profeta disse que era o anjo Gabriel.”
David Wood perguntou a Robert Spencer por que alguém inventaria esse tipo de histórias e Robert Spencer respondeu:
É muito simples. Porque eles queriam fazer essas coisas. O Islã é um veículo para a supremacia árabe, porque foi desenvolvido por supremacistas árabes. Ele permite todos os tipos de promiscuidade, incluindo o tipo de ambíguas, mas inconfundíveis, permissões para atividades homossexuais, porque havia pessoas que queriam se envolver nisso. E então eles inventavam essas histórias em que o profeta fazia o que eles queriam fazer, e então tinham carta branca.
Também temos que lembrar que isso ocorreu durante um longo período de tempo. Abd al-Malik e Hajjaj ibn Yusuf viveram na virada do século 7, e no início do século 8, no início dos anos 700. E as coleções de Hadiths surgiram 130 anos mais tarde. Então, houve um período de tempo muito longo para uma considerável elaboração lendária.

Como é que a história dos Versos Satânicos é embaraçosa, é inventada e imediatamente considerada embaraçosa e, portanto, mitigada?
Não foi assim que aconteceu.
Foi inventada por pessoas que diziam que era assim. Elas estavam explicando as contradições no material e a capacidade de retratar ou cancelar certos ensinamentos. Mas também mostraram que Allah sempre protegeu o profeta.
E então, com o passar do tempo, quando eles viram que os não muçulmanos estavam usando contra eles essa história, realmente embaraçosa, eles elaboraram diferentes versões dela que mitigavam o embaraço. É digno de nota que esse é basicamente o único exemplo que David poderia aduzir para isso.
Todas essas outras histórias, como a história de sêmen, elas não desaparecem. Ninguém fica constrangido com elas. E então, é tão difícil sustentar a ideia de que essas histórias eram constrangedoras, mas foram mantidas porque eram autênticas, quanto pode ser que essas histórias foram inventadas por pessoas que não achavam que elas eram constrangedoras. Na verdade, faz mais sentido o contrário.
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Como David Wood não mencionou as referências dos hadiths, pesquisei-as e encontrei várias delas nos sites de conteúdos islâmicos. Listo três delas, que cobrem quase tudo o que David Wood relatou.
Irshad al-Qulub (Guidance for the Hearts) Volume 1; Sahih al-Bukhari 3634; Sahih al-Bukhari 4980.
Luigi Benesilvi
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NOTA
O vídeo dessa parte do debate, que legendei e publiquei no Bitchute, pode ser assistido neste link. O vídeo completo do debate, pode ser assistido neste link.
Luigi Benesilvi
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