A Luta Perene Nas Entranhas da “Religião da Paz”
(31/12/2017)
A revolta da população iraniana, em dezembro de 2017, contra o regime teocrático que domina o Irã desde sua tomada de poder no início da década de 1980, tem uma componente oculta, praticamente desapercebida por quem não conhece as entranhas do poder no Islã.
Em praticamente todos os conflitos em regiões onde os muçulmanos estão envolvidos, essa mesma componente está bastante presente.
Os muçulmanos evitam torná-la objeto de debates abertos, pois isso contraria a propaganda de que o Islã é uma “Religião de Paz”.
A componente é o perene conflito entre as duas principais facções do Islã: os muçulmanos xiitas e sunitas.
Maomé morreu dia 8 de junho de 632, aos 62 anos de idade, na cidade de Medina, localizada na atual Arábia Saudita. Alguns autores afirmam que ele teria sido envenenado por uma de suas várias esposas escravizadas.
Após a morte de Maomé, houve uma disputa de poder entre seus seguidores e quase todos os seus descendentes diretos foram assassinados.
Apenas seu neto Ali, de 12 anos de idade, sobreviveu e conseguiu fugir para a Pérsia. Seus perseguidores o seguiram, capturaram e o mataram.
Os muçulmanos persas, fiéis ao Profeta, romperam relações com os muçulmanos árabes. Por serem fieis a Ali, tornaram-se conhecidos como Xiitas, do termo árabe “Shīʻatu ʻAlī” (partido de Ali).
Os xiitas acreditam que apenas os descendentes diretos de Maomé podem ser herdeiros do sistema político-religioso fundado por ele. Para distinguirem-se dos demais, os descendentes diretos de Maomé usam turbante preto e só eles podem fazer isso. Os xiitas são maioria apenas no Irã e Iraque e correspondem a menos de 20% do total de muçulmanos no mundo todo.
O outro grupo passou a ser conhecido como “Sunnitas”, o “Povo do Sunna”. Sunna significa “Caminho Percorrido” por Maomé. Acreditam que os herdeiros do Profeta podem ser designados, passando a se chamarem “Califa” (herdeiro). Os sunitas são maioria em 55 dos 57 países de maioria muçulmana existentes e representam mais de 80% de todos os muçulmanos do mundo.
Os dois grupos são adversários irreconciliáveis e tem lutado entre si desde a morte de Maomé.
Voltando à revolta da população iraniana, é bem possível que a Arábia Saudita esteja apoiando ocultamente os revoltosos para enfraquecer o regime dos Ayatollás e assim reduzir a ameaça que representam por estarem prestes a produzir bombas nucleares.
É notável ouvir os manifestantes gritarem “não se metam com os sírios e libaneses, cuidem apenas do nosso país”. Parece um refrão encomendado para reduzir a influência do Irã no oriente médio.
O grupo terrorista xiita mais conhecido é o Hezbollah, estabelecido no Líbano e Síria, cujo governo de Assad apoiam, ajudados diretamente pelo Irã.
Os grupos sunitas mais conhecidos são: Al-Qaeda (de Osama Bin Laden), Taliban, Estado Islâmico, Boko Haram, Abu Sayyaf, Al-Shabbab, Irmandade Muçulmana.
Por serem mais numerosos e poderosos, os sunitas estão mais presentes nos ricos países ocidentais do hemisfério norte, já tendo eleito os prefeitos de Londres, Sadiq Khan e de Rotterdam, Ahmed Aboutaleb. Existem fortes indícios de que o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Hussein Obama também seja muçulmano sunita. Apesar da mídia alardear que os xiitas são radicais e violentos, a quase totalidade dos atentados violentos ocorridos no ocidente são patrocinados pelos sunitas.
A maioria dos atentados contra mesquitas têm como alvos preferenciais aquelas pertencentes à facção xiitas e outras que praticam o Islã menos radical.
Os xiitas foram alijados para os países mais pobres do hemisfério sul. É por isso que vemos apenas líderes xiitas visitando o Brasil e demais países da América do Sul. O vice-presidente da Venezuela, Tariq Al Aissami é um muçulmano xiita.
Quando observar desavenças entre representantes muçulmanos a respeito do Islã, pode contar que é sempre entre representantes de facções diferentes. Os xiitas, por serem mais fracos, tendem a comportar-se de forma mais aberta, admitindo a violência do Islã e defendendo um comportamento mais transparente dos religiosos muçulmanos.
Desta forma pretendem atrair a simpatia dos não muçulmanos e assim contrabalançar o poder dos muçulmanos sunitas e retardar sua inexorável aniquilação, juntamente com os Judeus e Cristãos.
Mas não se deixe enganar, na hora de decidir o destino dos infiéis, os dois grupos estão unidos à doutrina de Maomé e não hesitam em assassinar sem piedade os não muçulmanos.
Luigi B. Silvi
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Significado de algumas palavras árabes:
Jihad (Luta pela causa de Allah)
https://pensa960.wordpress.com/2017/09/03/jihad-luta-pela-causa-de-allah-peter-townsend/
Ahl-al-Kitab (Povo da Bíblia)
http://blogdoluigib.blogspot.com/2016/03/ahl-al-kitab-povo-dabiblia-judeus-e.html
Kufar ou Kafir (não muçulmanos)
http://blogdoluigib.blogspot.com/2016/03/kufar-descrente.html
ou
https://youtu.be/ulSHAlgKd_M
Dhimmi (vassalo)
http://blogdoluigib.blogspot.com/2016/03/dhimmi-pessoa-protegida.html
Dar-al-Harb (Terra da Espada)
http://blogdoluigib.blogspot.com/2016/03/dar-al-harb-terra-da-espada.html
Sharia (Lei Islâmica)
http://blogdoluigib.blogspot.com/2016/03/sharia-lei-islamica.html
Riddah (Apostasia)
http://blogdoluigib.blogspot.com/2016/03/riddah-apostasia.html
Taqiyya (Mentira)
http://blogdoluigib.blogspot.com/2016/03/taqiyya-dissimulacao-ou-mentira.html
Tawriya (Dissimulação)
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É Verdade que no Islã é permitido Mentir?
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Sharia para Não-Muçulmanos:
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Uma Breve História do Islã
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Arábico para Não-Crentes
https://drive.google.com/file/d/0B_uDSKYpTRmWOFpZTFZPaFE2Y0U/view?usp=sharing
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