Existe ou Não Alguma Coisa Depois da Morte?
(16/04/2018)
“Vou ficar muito surpreso se depois de morrer, eu acordar em algum lugar e lembrar de quem eu fui, das pessoas que conheci e das coisas que fiz”.
Há muito tempo desejava escrever essa frase, mas só hoje apareceu a oportunidade, depois de legendar este vídeo do conferencista Dinesh D’Souza.
No vídeo, o Cristão Dinesh reproduz um debate que teve com um cético sobre a existência ou não de alguma coisa depois da morte.
Depois de um debate “socrático”, Dinesh reconhece que a crença dele sobre a existência de vida após a morte é baseada apenas na sua própria fé e que os que não acreditam também o fazem baseados em fé e não na “razão”, como pensam os céticos.
Como ninguém entrevistou uma pessoa que já morreu, os que acreditam não conseguem provar racionalmente a existência de alguma coisa depois da morte e os que não acreditam só conseguem usar o argumento de que ninguém provou a existência de alguma coisa depois da morte.
Embora eu ache que o ônus da prova cabe aos que afirmam a existência, o debate é interminável e inconclusivo.
Sam Harris, neste outro vídeo do Youtube, tem argumentos racionalmente contrários à existência de vida depois da morte. Basicamente o que ele diz é que se o cérebro for parcialmente danificado antes da morte, a alma não teria como sair íntegra do corpo e ir para o “outro lado”.
Eu pessoalmente, acredito na possibilidade de que alguma forma de energia das pessoas e coisas que já viveram, passe a ser incorporada ao cosmos, numa forma impessoal e inconsciente, passando a fazer parte das energias do universo.
Desde tempos imemoriais, os místicos e chefes tribais usaram o argumento da disciplina e obediência nesta vida para merecer e receber a recompensa numa outra vida, com a finalidade de exercer poder sobre seus seguidores e súditos.
Os argumentos contendo as virtudes necessárias para merecer e receber as recompensas foram sendo compilados, repassados oralmente e finalmente escritos.
As escrituras também contêm a relação dos diversos castigos que sofrerão aqueles que não se comportarem da forma certa, conforme a doutrina de cada religião.
É basicamente por causa dessas escrituras que as pessoas de fé fazem preces e sacrifícios diários para não sofrerem as dores do inferno e poderem ir para o paraíso prometido.
Diferente daquilo que Dinesh descreveu, os céticos não precisam provar a inexistência de alguma coisa e nem precisam entrevistar pessoas que já morreram, pois para eles o “outro lado” não existe.
Na tomada de uma posição, os céticos correm riscos mais graves, pois se nada existir, eles nem ficarão sabendo e se existir um paraíso e só entrarem nele os que estiverem preparados, os céticos irão para o inferno e sofrerão eternamente, sem possibilidade de redenção.
Já a atitude dos que acreditam é defensivamente mais inteligente, porque se existir vida depois da morte e eles se comportaram direito, estarão preparados e gozarão das merecidas recompensas. Se nada existir lá, nada perderão e nem sequer saberão de que os sacrifícios que fizeram de nada serviram.
Eu penso que depois que morrermos perderemos completamente nossa memória e haverá o que se chama de “oblívio”, o esquecimento total de nossa existência na terra.
Ficaremos apenas na lembrança das pessoas que nos amam.
Luigi Benesilvi
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