Em Nome da Liberdade, Igualdade e Fraternidade – Roberto Motta

(06/04/2021)

Deixa eu te contar uma história que você acha que conhece, de um jeito totalmente novo. A Revolução Francesa começou em 1789 e durou dez anos. Foi a revolução da “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. 

Os franceses derrubaram uma monarquia, fundaram uma república e – em nome da liberdade – mataram milhares de pessoas. Foi preciso até inventar um instrumento para facilitar as execuções: a guilhotina.

E depois de toda a matança, acabaram em uma ditadura, comandada por um imperador: NapoleãoNapoleão Bonaparte envolveria toda a Europa em guerras sangrentas e ficaria no poder até 1815, quando a monarquia foi restaurada na França. Tanta matança, e no final volta o Rei. Passa o tempo.

Em 1830 – 40 anos após o fim da Revolução Francesa – explode a Revolução de Julho, que derruba o rei Carlos X, da dinastia Bourbon, e o substitui por seu primo Louis Philippe, da Casa de Orléans. Foi uma “revolução” para trocar de rei.

Em fevereiro de 1848 outra revolução: cai Louis Philippe e começa a Segunda República na França. Logo depois o povo de Paris se rebela contra o governo que acabara de ser eleito. Foi mais uma rebelião sangrenta, desta vez sem sucesso.

Em dezembro do mesmo ano Louis Napoleão Bonaparte – sobrinho de Napoleão – é eleito presidente. Apenas três anos depois de sua eleição Louis Napoleão suspende a assembleia e se proclama o Imperador Napoleão III.

Tanta revolução, tanto sangue, tantos mortos, e a França acaba sob outro imperador. Em 1870 a França perde uma guerra contra a Prússia e Napoleão III é capturado. Paris é sitiada pelo exército prussiano e bombardeada até se render.

Cai o Segundo Império e começa a Terceira República. Mesmo depois de tanto sangue e de tanta guerra, um governo socialista radical toma o controle de Paris e governa de março a maio de 1871. Foi a chamada “comuna” de Paris.

Foi mais uma “revolução” para empilhar cadáveres nas ruas e jogar cidadãos contra cidadãos. A Guarda Nacional enfrentou o exército francês nas ruas da cidade.

A comuna de Paris, com todo o seu sangue e violência inútil, serviu de inspiração para radicais de todo o mundo – incluindo um certo Vladimir Lenin.

Todas as mortes nas revoluções francesas, somados, não significariam nada diante dos milhões de homens, mulheres e crianças que ainda iriam morrer massacrados pela Revolução Russa, poucos anos depois.

Matar é prática antiga. Mas matar em nome da liberdade, igualdade e fraternidade é uma invenção ideológica moderna, criada na França, aperfeiçoada na Rússia e praticada com afinco na China, na Coréia do Norte, em Cuba, no Camboja e em outras ditaduras socialistas e comunistas.

À exceção da Revolução Gloriosa na Inglaterra e da Revolução Americana nos EUA, todas as outras revoluções significaram apenas exercícios sangrentos de mudança de poder.

Foi sempre a mesma retórica idealista e violenta que jogou grupos da sociedade em conflitos fratricidas, dos quais nenhum deles saiu vencedor. O vencedor é, sempre, um rei, um imperador ou um ditador.

Roberto Motta

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NOTA

O texto acima foi publicado no Twitter por Roberto Motta (@rmotta2), no dia 04/04/2021, neste tweet. O grupo dele no Telegram é este.

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