Pesquisadores revelam falhas na narrativa islâmica padrão – Luigi Benesilvi
(23/09/2024)
A narrativa islâmica padrão descreve que Maomé nasceu no ano de 570, em Mecca, na atual Arábia Saudita; em 610 fundou o Islã, depois de receber revelações divinas trazidas pelo anjo Gabriel; em 622 emigrou para Medina, onde se tornou um Senhor da Guerra, conquistou toda a península arábica e teria morrido em 632.
Logo depois de sua morte, essas revelações foram compiladas num livro chamado Corão, que permanece perfeitamente preservado e inalterado até os dias de hoje.
Também diz que seus sucessores muçulmanos expandiram o Islã por grande parte do oriente médio, norte da África, oeste da Ásia e península ibérica.

Essa era a narrativa aceita praticamente por todos os estudiosos do Islã até a década de 1990, quando um arqueólogo chamado Dan Gibson publicou um artigo e mais tarde fez um vídeo documentário sobre as descobertas feitas na região de Petra, no sul da Jordânia e em centenas de antigas mesquitas de várias partes do mundo. Um resumo de suas descobertas pode ser lido neste link, onde existem outros links direcionados a vídeos dele.
Ele mostra que as ruínas das mesquitas mais antigas têm sua direção de oração (qibla) voltada para Petra e não para Mecca, para onde só foram direcionadas as qiblas das mesquitas construídas a partir do final do sétimo século.
Além de Dan Gibson, o pesquisador Jay Smith, também contesta a veracidade da narrativa islâmica padrão, mostrando que Mecca era apenas um lugarejo, com um pequeno poço, numa região desértica, sem condições de suportar quantidades de vida humana por longo período de tempo. Argumenta não haver referências a uma localidade chamada Mecca antes do início do século oitavo depois de Cristo. Um resumo dos seus argumentos pode ser lido neste link, no qual existem outros links direcionados a seus vídeos.
O erudito muçulmano, Dr. Yasir Qadhi, numa entrevista realizada em 2020 por um aluno dele, admite que “a narrativa islâmica padrão contém furos”, como pode ser visto neste vídeo publicado no Bitchute.

Como grande parte da narrativa islâmica padrão está contida no Corão e se ela “tem buracos”, então é possível que a descrição da história do Islã não seja exatamente aquela contida na narrativa islâmica.
Essa admissão pública de que o Corão não foi perfeitamente preservado e inalterado lançou ondas de choque em todo o mundo muçulmano, pois contradiz um dos dogmas mais valorizados pelos apologistas do Islã, de que “o Corão é divino, eterno e perfeitamente preservado por Allah, não tendo sofrido qualquer modificação ao longo do tempo”.
“Verdadeiramente, fomos Nós que enviamos o Dhikr (Corão) e, certamente, o protegeremos (da corrupção)” – Corão 15:09
O estudioso David Wood mostra neste link a significativa quantidade de inconsistências existentes no Corão, assim como as diversas gafes e contradições científicas escritas nele.
No século sexto, a população do oriente médio era composta por judeus, cristãos e politeístas. Os cristãos estavam divididos entre os trinitaristas, que acreditavam na divindade de Jesus e na Santíssima Trindade e os unitaristas, que acreditavam no Deus de Abrahão, mas não que Jesus era divino e não haveria então a Santíssima Trindade.
Os trinitaristas eram representados principalmente pelo Império Bizantino, contra o qual os unitaristas se rebelaram e acabaram os expulsando e passaram a dominar toda aquela região a partir de meados do sétimo século.
Cabe registrar que Muhammad (Maomé) é apenas um título honorífico e significa “o venerado”, “o honorável”, “o apreciado”, “o ungido”, atribuído a muitas figuras expressivas naquela época, como se pode ver neste vídeo, no qual o pesquisador mostra ter havido vários dignitários chamados Muhammad. Como a escrita na época não continha vogais, o termo Muhammad era escrito apenas como “MHMD”.
Jay Smith alega não terem sido apresentadas ou descobertas quaisquer evidências da existência no século sétimo de um profeta árabe chamado Maomé na região do Hejaz, onde estão localizadas as atuais cidades de Mecca e Medina.
Ele alega existirem diversos dignitários anteriores ao século sétimo, mencionados como MHMD, mas todos estão localizados ao norte, em Damasco, Jerusalém, Petra, Bagdá, Basra e outras importantes cidades no norte do oriente médio, mas nenhum na região da península arábica.
Justificando a hipótese dos dirigentes mencionados como muçulmanos, Jay Smith mostra que as moedas cunhadas por esses dirigentes contém cruzes cristãs nelas, o que pode mostrar terem sido eles cristãos unitaristas.

Jay Smith levanta a hipótese de que os unitaristas tenham sentido a necessidade de terem uma representação histórica de sua crença e terem aproveitado a existência de um religioso unitarista de Petra, chamado Outhan, com significativo número de seguidores para criarem uma contra posição a Jesus Cristo e ao Novo Testamento.
Então, compilaram um livro contendo partes dos livros sagrados dos Judeus, Cristãos e Zoroastristas. Isso teria acontecido a partir do fim do século sétimo, o que explicaria a inexistência de vestígios do Islã no sétimo século na região do Hejaz.
Interessante é que esse livro chamado Corão não está escrito em ordem alfabética e sim em ordem de tamanho dos capítulos, com os maiores no início dele, sendo que os versos mais recentes substituem os mais antigos, em caso de contradição entre eles, o que é a chamada ab-rogação. Por causa disso, acabaram tendo que criar uma história da vida de Maomé, a Sira, esta sim em ordem cronológica. Como ainda não ficou muito fácil de seguir, tiveram que criar o Hadith, uma coleção de frases que tentam elucidar aspectos não detalhados no Corão e na Sira. Tudo muito complicado.

Segundo Jay Smith, os mais antigos fragmentos do Corão disponíveis são posteriores ao século sétimo e estão escritos em “arábico nabateu” e não na escrita arábica usada na região do Hejaz, o “sabiano”, o que reforça a hipótese desse novo profeta ser nabateu, da região da Petra, no sul da Jordânia.
O surgimento de Mecca teria ocorrido depois de uma rebelião de um líder unitarista de Petra, Ibn al-Zubayr, contra o líder de Damasco, Mu’āwiyah, por este ter escolhido Damasco como capital de seu reino, em vez de Petra, uma cidade mais importante para os unitaristas. A rebelião foi derrotada e Ibn al-Zubayr foi morto, não antes de ter enviado seus familiares para uma região ao sul, bem longe do alcance do líder de Damasco. O fugitivos teriam levado consigo uma pedra negra sagrada e acabaram chegando ao lugarejo de Mecca, fora da rota principal das caravanas.

Assim, até hoje os muçulmanos reverenciam a pedra negra, uma prática pagã, circundam 7 vezes a Kaaba (cubo), uma pratica judaica, em referência às 7 voltas que os judeus deram no cerco de Jericó.
Um resumo da fundamentação da teoria de Dan Gibson pode ser assistido neste vídeo, legendado. A história completa das pesquisas dele, foi publicada em vários livros, disponíveis em pdf, que podem ser lidos ou baixados gratuitamente no site dele neste link.
A história do Domo da Rocha, neste link, revela mais alguma coisa da história inicial do Islã, mostrando como a nova religião adotou várias partes importantes da judaísmo e cristianismo.
Assim, ironicamente, em vez de ser a religião sucessora aperfeiçoada do judaísmo e cristianismo, o Islã é apenas uma dissensão herética do cristianismo, que permanece até hoje praticando a ideologia hegemônica opressora estabelecida no sétimo século.
Luigi Benesilvi
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