A verdadeira história do domo da rocha do Monte do Templo – David Wood

(05/03/2024)

Se você visitar Jerusalém, ou mesmo se você vir uma foto de Jerusalém, provavelmente a mais proeminente e reconhecível estrutura que vai ver é a Cúpula da Rocha, no Monte do Templo.

Esse santuário islâmico é absolutamente espantoso e isso não é surpreendente, pois a arquitetura foi copiada dos bizantinos. A forma octogonal foi copiada da Igreja da Trono de Maria, que estava localizada nos arredores de Jerusalém. A cúpula foi copiada da Igreja do Santo Sepulcro. Os arquitetos merecem muito respeito por copiarem a coleção perfeita de características para tornar esse santuário uma obra de arte.

A rocha em questão é a pedra da fundação, às vezes chamada de Pedra Nobre. As rochas são muito importantes no Islã.

Muitos judeus, muçulmanos e cristãos acreditam que a pedra fundamental era o local do Santo dos Santos, no segundo templo judaico, durante a época de Jesus, e que foi onde a Arca da Aliança foi colocada no templo de Salomão.

A maioria das pessoas não sabe que há uma câmara embaixo da pedra fundamental chamada poço das almas, que pode ter sido um antigo esconderijo para a arca da aliança.

Agora, um pouco de história.

Como mencionei, a cúpula da Rocha provavelmente fica no que costumava ser o local do segundo templo judaico, reconstruído por Herodes, o Grande, que era o coração da adoração para os judeus. O templo de Herodes foi destruído pelos romanos em 70 depois de Cristo,

Após a revolta de Bar Kokhba, no século 2, os romanos construíram um santuário para o deus deles, Júpiter, no Monte do Templo. Mas os romanos acabaram se convertendo ao cristianismo. Assim, do século 4 até o início do século 7, Jerusalém foi controlada pelos bizantinos. Jerusalém rapidamente se tornou um popular local de peregrinação religiosa para os cristãos.

Mas em 638, a cidade foi conquistada pelo companheiro de Maomé, califa Umar. Várias décadas depois, a construção da Cúpula da Rocha começou durante o Califado Umayyad, por ordem do califa Abdul Malik.

Agora, por que Abdul Malik construiu a cúpula da Rocha?

A maioria dos muçulmanos está convencida de que foi para homenagear a jornada noturna de Maomé, quando o profeta do Islã foi levado ao monte do Templo num monstrengo mítico burro voador chamado Barak. Mas não há evidências de que Abdul Malik tenha construído o domo da Rocha para homenagear a jornada noturna. A jornada noturna foi aparentemente uma lenda posterior.

Muitos muçulmanos estão convencidos de que Surah 17, verso 1 do Corão, se refere à viagem noturna. O verso diz,

“Exaltado é aquele que tomou seu servo (i.e. Profeta Maomé [acrescentado pelos tradutores]), de noite, de al Masjid al Haram para al Masjid al Aqsa cujos arredores temos abençoado para mostrar-lhe nossos sinais. De fato, ele é o ouvinte, o que vê.”

Observe  também que nada há sobre um burro voador levando Maomé a Jerusalém. Jerusalém nem sequer é mencionada.

Mais tarde, muçulmanos identificaram al Masjid al Aqsa como o Monte do Templo, mas esse versículo não diz nada disso. De fato, o versículo nem mesmo menciona Maomé. Isso foi acrescentado pelos tradutores.

Veja o que acontece quando retiramos a parte que os tradutores acrescentaram e incluímos o versículo seguinte para contextualizar.

“Exaltado é aquele que levou seu servo de noite de al Masjid al Haram para al Masjid al Aqsa, cujos arredores abençoamos para mostrar-lhe os nossos sinais. De fato, ele é o ouvinte, o que vê. E concedemos a Moisés a escritura e fizemos dela uma orientação para os filhos de Israel, a fim de que não tomásseis outro que não eu como um juiz de suas causas.”

No contexto, a viagem noturna no Corão parece estar se referindo a Moisés. Deus levou Moisés de um lugar para outro e lhe deu a escritura para guiar os filhos de Israel.

Fontes muçulmanas posteriores afirmam que isso se refere à jornada noturna de Maomé. Mas essa lenda posterior nada tem a ver com o fato de Abdul Malik ter construído o domo da rocha.

A cúpula da rocha foi construída antes da história da jornada noturna de Maomé ser inventada.

Como sabemos disso?

Bem, os muçulmanos que construíram a cúpula da rocha no século 7, incluíram inscrições, versos do Corão que mostram quais eram suas intenções. E as inscrições são sobre Jesus.

Os versos são uma repreensão aos cristãos e aos judeus. As inscrições proclamam que Deus não tem filho nem parceiro. Essa é uma resposta aos cristãos, mas também proclamam que Jesus é um profeta de Deus. Essa é uma resposta aos judeus.

Numa nota lateral, as inscrições do Corão contém variantes textuais do Corão, que os muçulmanos leem hoje. Isso significa que também podemos pensar na cúpula da Rocha como um lembrete que o Corão não foi perfeitamente preservado.

Assim, Abdul Malik parece ter construído a cúpula da Rocha, como um insulto aos judeus e cristãos, e não como um memorial da jornada noturna de Maomé. A jornada noturna e a Surah 17 não são sequer mencionadas, Mas a história da viagem noturna tornou-se popular mais tarde no Sirah e no Hadith e então a Cúpula da Rocha foi reconfigurada como o terceiro local mais sagrado do Islã devido à sua conexão com o imaginário voo de Maomé de Mecca e sua ascensão ao céu.

O domo da Rocha foi danificado por terremotos em 808 e 846 depois de Cristo. A cúpula original desmoronou em 1015 e foi reconstruída vários anos depois. Em 1099, após anos de perseguição contra peregrinos cristãos e até mesmo a destruição da igreja do Santo Sepulcro, considerado por muitos como o local mais sagrado do cristianismo, os Cruzados atacaram e conquistaram Jerusalém.

Eles transformaram a Cúpula da Rocha numa igreja e a mesquita vizinha, a Mesquita de Al Aqsa, logo se tornou a sede dos Cavaleiros Templários.

Jerusalém foi reconquistada pelos muçulmanos em 1187 e o Domo da Rocha foi reconsagrado como um santuário muçulmano.

Ao longo dos séculos, o Domo da Rocha passou por várias reformas e restaurações, incluindo os belos azulejos do lado de fora, alguns dos quais parecem imagens de demônios.

E, é claro, o revestimento de ouro na cúpula, que foi adicionado no século 20. E agora, depois de ser construído e reconstruído, depois de mudar de mãos várias vezes, a cúpula da rocha permanece como um santuário perfeito para o Islã.

A arquitetura foi copiada, como Maomé copiou quase tudo em sua religião. O local foi escolhido especificamente porque era um local sagrado para outros povos, assim como a Kaaba já foi um centro de adoração pagã e como a Hagia Sophia era um centro de adoração cristã e como o Babri Masjid foi construído no local que os hindus acreditam ser o local de nascimento de Ram.

O Islã é obcecado por controlar os locais sagrados de outros povos, assim como Maomé era obcecado pelo controle das figuras religiosas de outros povos, transformando Abraão, Moisés, Davi e Jesus em muçulmanos devotos.

Acrescente um monte de mitos, lendas e enfeites posteriores e convença centenas de milhões de pessoas de que é absolutamente necessário preservar esse tapa na cara de judeus e cristãos em todos os lugares e você terá o monumento definitivo a tudo o que o mais óbvio falso profeta da história veio fazer.

David Wood

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NOTA

Este texto foi extraído das legendas deste vídeo publicado no Bitchute.

Não tenho como discordar de David Wood, pois este é apenas um exemplo da enorme quantidade de falsificações, adulterações e invenções que os muçulmanos fizeram e ainda fazem para expandir essa seita.

Como exemplo, tem o uso de apenas uma parte de um verso do Corão, que diz:

“Quem mata uma pessoa é como se tiver matado toda a humanidade e que salva uma pessoa é como se tiver salvo toda a humanidade”. (Corão 5:32).

Só que o verso completo é bem diferente, como pode ser lido na exposição feita no artigo deste link.

Outro exemplo trata da cidade original de fundação do Islã, que os muçulmanos afirmam ser em Mecca, na Arábia Saudita. O pesquisador Dan Gibson mostra neste artigo que a cidade original pode ter sido Petra, no sul da Jordânia, que antigamente se chamava Mecca.

Luigi Benesilvi

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