Devem Ser Usadas Leis Antitruste Contra Gigantes das Redes Sociais? – Robert Spencer
Setembro 1, 2017

Google, Facebook e as outras detém mais poder do que a maioria dos governos de todo o mundo.

Facebook-Google

A esquerda secular e os proponentes de leis islâmicas sobre blasfêmia têm um novo assunto em que fazem causa comum: a luta pela destruição de liberdade de expressão, a pedra fundamental da democracia.

Depois dos eventos de Charlottesvile, a esquerda vislumbra uma chance de esmagar toda a dissidência e consolidar sua aliança com os supremacistas islâmicos. Isto significa a implementação no Ocidente de proibições contra críticas ao Islã, inclusive análises sobre as motivações ideológicas dos terroristas islâmicos.

Essa inciativa contra a liberdade de expressão, se for bem-sucedida, destruirá a sociedade livre, que não pode existir se a gente for impedida de falar contra as tiranias.

A esquerda tenta usar os eventos de Charlottesvile como o “Fogo do Reichstag” [Fogo no Parlamento Alemão foi usado por Hitler] para esmagar todas as dissidências. A CNN deu ampla divulgação à infame lista de “grupos de ódio” elaborada pelo “Southern Poverty Group Center” e iniciou um esforço para negar todas as plataformas para quem foi listado como “grupo de ódio”, ignorando o fato de que a lista da SPLC inclui organizações legítimas, que apenas discordam da agenda esquerdista (inclusive o Centro pela Liberdade, de David Horowitz e a Jihad Watch). Elas foram colocadas ao lado da Ku-Klux-Klan e dos neonazistas, numa tentativa de difamar e destruir esses grupos legítimos.

A linha de frente contra a liberdade de expressão no lado muçulmano é a pouco conhecida organização que engloba a maioria dos governos muçulmanos do mundo: A Organização Islâmica de Cooperação (OIC), formada pelos cinquenta e seis países muçulmanos, mais a Administração Palestina e constitui a maior bloco votante das Nações Unidas. A OIC vem trabalhando durante anos na tentativa de compelir o ocidente a restringir a liberdade de expressão, especialmente no tocante a críticas ao Islã.

Essencialmente, eles querem impor um princípio chave da Sharia [Lei Islâmica] – que proíbe blasfêmias contra Allah, Maomé e o islã – também em todo o mundo não muçulmano. Eles avançam com a iniciativa de compelir o ocidente a criminalizar o “incitamento ao ódio religioso”, que essencialmente significa o criticismo aos Islã; nenhuma entidade internacional em qualquer momento colocou objeções a críticas contra o Judaísmo, Cristianismo ou qualquer outra religião.

No favorecimento às iniciativas da OIC está a popularização do termo “Islamofobia”. Abdur-Rahman Muhammad, ex-clérigo muçulmano, escreve que “este indesejável termo nada mais é do que um clichê inibidor do pensamento, concebido nas entranhas da organização estratégica muçulmana com o propósito de eliminar críticas ao Islã”.

Grupos islâmicos ligados ao Hamas e à Irmandade Muçulmana e mais notavelmente o Conselho de Relações Islâmicas das Américas (CAIR), têm estado durante anos trabalhando este termo como uma arma para estigmatizar qualquer um que fale honestamente sobre a ameaça jihadista; por esse meio, eles têm intimidado muitos críticos, levando-os ao silêncio.

A SPLC tomou avidamente este termo como um elemento chave de sua estratégia de censura, publicando listas de importantes “islamofóbicos” (inclusive David Horowitz e eu), que cresceram de forma absurda, com a inclusão até mesmo de reformistas muçulmanos, como Maajid Nawas. Nawaz e os associados dele não deixam eles próprios de usar táticas similares, mas a presença deles na lista da SPLC traz mais luz sobre esse absurdo.Censura nas Redes Sociais

As iniciativas contra a liberdade de expressão estão sendo desenvolvidas também fora da lista de “grupos de ódio” do SLPC. O psicólogo canadense e crítico social, Jordan Peterson, recentemente teve sua conta da Google cancelada sem explicações, sendo posteriormente restaurada também sem qualquer explicação.

 “Pode ter sido somente um erro”, Peterson disse numa entrevista a Tucker Carlson, “mas o fato das coisas terem acontecido de maneira tão estranha, politicamente traz à mente o espectro da censura”.

A Google tem estado engajada na prática da censura. A mídia tradicional do ocidente ignora completamente essa história, mas a agência de notícia turca Anadolu Agency noticiou semanas atrás que “as primeiras páginas das buscas pela Google por termos como ‘Jihad’, ‘Shariah’, ‘Taqiyya’ agora retornam explanações de maior reputação sobre os conceitos muçulmanos. ‘Taqiyya”, que descreve as circunstâncias nas quais um muçulmano pode negar sua crença para evitar perseguições é o único termo que traz ainda uma website questionável na primeira página dos resultados”.

“Reputação” de acordo com quem? “Questionável” de acordo com quem? A Google está se curvando às pressões dos muçulmanos, como as do Imam do Texas, Omar Suleiman, mencionado pela agência Anadolu, como a força motora por trás da iniciativa, sem considerar que quem está demandando o desvio das buscas para uma direção particular pode ter uma motivação ulterior. Poderia ser que aqueles que estão pressionando a Google estejam querendo escamotear certas verdades sobre o Islã que eles preferem não sejam conhecidas pelos não muçulmanos?

Essa é uma possibilidade real, mas é claro que os executivos da Google teriam que estudar o Islã eles próprios para determinar se esses muçulmanos que os estão pressionando estariam ou não desviando as buscas para longe da verdade e isso não vai acontecer.

Ainda assim, eles podiam ser um pouco mais diligentes e fazer algum esforço para determinar se aqueles grupos rotulados como “grupos de ódio” realmente merecem tal rótulo e se o “Southern Poverty Law Center” é realmente um árbitro confiável e objetivo sobre quais grupos são de fato “grupos de ódio” e se as informações que o “Goggle Search” está suprimindo são mesmo não confiáveis.

Em vez disso, a Google parece ter “engolido” sem críticas todas as coisas que Omar Suleiman e seus associados disseram e as aplicam como política empresarial.Censura no Facebook 5

Enquanto isso, o vice-presidente do Facebook, Joel Kaplanviajou ao Paquistão em julho para assegurar ao governo paquistanês que vai remover todas as matérias “anti-Islã”. Isso já estava sendo feito mesmo antes da viagem de Kaplan. Em meados de fevereiro, o acesso ao site da Jihad Watch no Facebook caiu subitamente em mais de 90% e nunca mais recuperou-se.

Nós não publicamos qualquer material odioso ou provocativo e também não incitamos nem aprovamos uso de violência, mas o Facebook está agindo com juiz, júri e executor a respeito disso. Não existe instância de apelação ou recurso. Uma fonte de alto escalão da indústria de tecnologia disse:

“Países como o Paquistão basicamente determinam ao Facebook e à Google que eles devem concordar com isso ou o governo prenderá todos os empregados deles no país e tornará ilegal o uso dos serviços que eles fornecem. Então, o Facebook e a Google devem encarar o dilema de deixar o país ou concordar com o que o governo está determinando a eles. A Google ruidosamente recusou-se a concordar com a política de censura do governo chinês e retirou-se da China, com uma grande perda de receita. Obviamente o Facebook tem princípios mais flexíveis.

Aliás, esse é um fenômeno crescente, com mais e mais países impondo censura em empresas norte-americanas de alta tecnologia (além do mais, está havendo uma campanha vigorosa da esquerda para a imposição de censura até mesmo dentro dos Estados Unidos). Não conseguirão fazer isso internamente, porque isso não faz sentido do ponto de vista comercial. Elas cederão às pressões de governos estrangeiros em país estrangeiros, porque isso faz sentido para os negócios”.robert spenceer 2

Em sua entrevista com Jordan Peterson, Tucker Carlson perguntou o que o governo deveria fazer com empresas como a Google, que são mais poderosas que o próprio governo. Peterson respondeu: “Não tenho certeza que o governo saiba o que fazer”.

Susan Benesch, diretor do “Dangerous Speech Project”, disse em julho: “O Facebook está regulando o discurso das pessoas mais do que qualquer governo esteja fazendo agora ou tenha feito no passado”.

Então, o que deve ser feito? Em outras indústrias o governo tem usado as leis antitrustes quando os mercados livres estão sendo ameaçados. Aqui é o mercado livre das ideias que está sendo ameaçado. Não deveriam ser invocadas as leis antitruste para quebrar o oligopólio do Facebook e da Google?

                                       Robert Spencer

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O artigo original, em inglês, pode ser lido no link:
https://www.jihadwatch.org/2017/09/robert-spencer-should-anti-trust-laws-be-used-to-break-up-the-social-media-giants

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