Depois de Jerusalém, Donald Trump Deve Reconhecer o Genocídio Armênio – Harry Khachatria
(23/12/2017)
Em dezembro de 2017, Donald Trump oficialmente fez algo que seus predecessores (desde 1995) não tiveram coragem moral para fazer (a despeito de terem postulado que o fariam em seus dois mandatos consecutivos). Donald Trump reconheceu Jerusalém como a Capital de Israel e ele fez isso menos de um ano na Presidência.
Levando o combate às dependências da Assembleia Geral das Nações Unidas, a embaixadora nomeada por Trump, Nikki Haley, repreendeu asperamente a ressurgente oposição: “Hoje, disfarçadamente, usando o jargão diplomático, alguém presume poder dizer aos Estados Unidos onde devem estabelecer nossas embaixadas. A política externa dos Estados unidos tem o soberano direito de determinar onde e quando nós estabelecemos uma embaixada”.
A persistência de Trump no reconhecimento de Jerusalém como a Capital de Israel é uma clara mudança de rumo da política externa dos Estados Unidos; é uma mensagem que as políticas dos Estados Unidos não serão escritas por alguns arrogantes fascistas.
Indo adiante, similarmente de alta prioridade na fila das matérias antigas da Presidência dos Estados Unidos, é o reconhecimento oficial do Genocídio dos Armênios.
Entre 1920 e 2017, houve a grande soma de 30 declarações oficiais, emitidas por presidentes dos Estados Unidos, a respeito do Genocídio Armênio (uma de Woodrow Wilson, uma de Jimmy Carter, uma de Ronald Reagan, uma de George S. Bush, sete de Bill Clinton, oito de George W. Bush, dez de Barack Hussein Obama e uma de Donald Trump).
Todas as administrações precedentes aludiram ao sistemático extermínio, pelo Império Otomano, de mais de 1,5 milhão de cristãos armênios, gregos e assírios, nas sombras da primeira grande guerra mundial. As alusões foram feitas em declarações tépidas, evitando o uso da palavra “genocídio”. Antes de assumir o governo, Barack Hussein Obama, mesmo disse: “Como presidente, eu vou reconhecer o Genocídio Armênio”. Ele nunca o fez.
A despeito dos abjetos descumprimentos dos presidentes norte-americanos no reconhecimento das atrocidades cometidas pelo Império Otomano, a veracidade dos acontecimentos horrendos, também conhecidos como o “Genocídio Armênio”, são bem conhecidos e documentados por historiadores, jornalistas, assim como por sobreviventes.
Ele já foi reconhecido por uma pluralidade de nações civilizadas e em 48 estados dos próprios Estados Unidos e assim mesmo, o mundo permite que as atrocidades cometidas pelo regime Otomano, permaneçam sem responsabilização e tudo para apaziguar o atual governo fundamentalista da Turquia.
A única razão do reconhecimento dessa verdade histórica permanecer em controvérsia, é que o resto do mundo decidiu, de alguma forma, que para preservar a aliança nominal com a Turquia, os crimes dessa nação podem permanecer livremente sem responsabilização.
Os defensores do prolongamento da negação dos Estados Unidos dos atos do genocídio cometido pelos turcos, argumentam que os desvios de administrações passadas terão indubitavelmente implicações de longo prazo para nossas relações exteriores com aquele autocrático país. Mas, e daí?
O reconhecimento por Trump de uma verdade histórica – Jerusalém ser a Capital de Israel – já deixou furioso o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan. Falando em Ankara, Erdogan disse, “Com o reconhecimento de Jerusalém como a Capital de Israel, os Estados Unidos tornaram-se cúmplices desse derramamento de sangue“.
Mais tarde, falando com o Primeiro-Ministro palestino, Rami Hamdallah, Erdogan enfatizou a necessidade de “impedir a judeização de Jerusalém”.
Falando na convenção de seu partido, Erdogan, aparentemente, aludiu à profecia de aniquilamento dos Judeus: “Para aqueles que pensam possuir Jerusalém, é melhor saberem que amanhã eles não terão oportunidade de esconder-se atrás de árvores”.
Deve então cada decisão política tomada pelos presidentes dos Estados Unidos, serem previamente submetidas à aprovação desse déspota pretoriano?
Apaziguar as exigências de Erdogan sugeriria que Ronald Reagan não teria ousado clamar a Michail Gorbachev, “derrube esse muro”; Trump nunca deveria reconhecer a realidade histórica rudimentar a respeito de Jerusalém ser a Capital de Israel. Trump (ou qualquer outro presidente) nunca deveria reconhecer o primeiro grande genocídio do século 20.
A campanha eleitoral de Trump foi centrada na mensagem: “Estados Unidos em Primeiro Lugar”. Foi para dar conhecimento que nenhuma força, influência ou opinião externa, escreveria as políticas dos Estados Unidos da América.
“Estados Unidos em Primeiro Lugar” não significa “Estados Unidos em Primeiro Lugar”, desde que os autocratas turcos ou a Assembleia Geral das Nações Unidas estiverem de acordo”; significa que, assegurado pelo direito moral, Trump tem a oportunidade de sacramentar seu legado como o mais comprometido presidente dos tempos recentes com a adoção de políticas externas rápidas e perspicazes. Para fazer isso, ele tem que ser fiel à sua mensagem: “Estados Unidos em Primeiro Lugar”.
Por HARRY KHACHATRIAN – @harry1t6
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O artigo original em inglês pode ser lido no link:
https://www.dailywire.com/news/25032/after-jerusalem-donald-trump-should-recognize-harry-khachatrian
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