O Pontífice Defensor das Trevas
(27/12/2017)

Decidi ouvir os pronunciamentos completos de Natal do Papa Francisco, depois de ler este artigo, do Dr. Robert Spencer, no qual ele afirma que o Papa igualou o drama dos imigrantes muçulmanos ao drama de Maria e José na busca de abrigo, por ocasião do nascimento do menino Jesus em Belém.

Maria e José a Caminho de Belém

O Papa citou o caso do sofrimento na Venezuela e pediu que “as partes entrem num acordo para o bem do amado povo venezuelano”. Neste caso o Pontífice considera que as partes são simétricas e que não existe opressor e oprimido, mas apenas duas forças equivalentes que disputam o poder, igualando as forças opressores do ditador Nicolás Maduro ao povo desarmado e indefeso.

Depois citou uma dezena de países do oriente médio, Ásia e África, nos quais há opressão a minorias. Pediu aos países do ocidente que acolham os refugiados e não se comportem como fizeram os habitantes de Belém com Maria e José, que tiveram que abrigar-se num alojamento de animais.

No oriente médio citou a Síria, Iraque, Iêmen, Israel e Palestina. Não pediu, por exemplo, aos riquíssimos países árabes, que também recebam refugiados. Os muçulmanos do Irã, Arábia Saudita, Kuwait e Emirados Árabes não acolhem refugiados muçulmanos. Os imigrantes que não conseguem ir para a Europa ou Estados Unidos, estão amontoados em acampamentos nas fronteiras da Síria, Iraque, com Jordânia e Turquia.

Campo Refugiados Jordânia

No caso de israelenses e palestinos, o Papa defendeu a solução de dois países, sem lembrar que os palestinos e os árabes em geral, não reconhecem o direito de existência de Israel, o que torna essa solução inviável. Aos árabes só interessa o reconhecimento do Estado Palestino. Não pediu aos árabes que reconheçam Israel para viabilizarem essa solução, já aceita por Israel em várias ocasiões.

Na Ásia citou o caso do povo muçulmano “Rohinga”, que vive na fronteira entre Myanmar e Bangladesh. Depois dos rohingas terem infernizado durante décadas a vida dos budistas e hindus de Myanmar, massacrando vilas inteiras, finalmente foram expulsos de lá. Acontece que o governo muçulmano de Bangladesh não quer acolher esses refugiados muçulmanos. O Papa não pediu para Bangladesh acolher os “perseguidos” rohingas, diferente do pedido que fez aos ocidentais na acolhida dos imigrantes muçulmanos do oriente médio e África.

Pediu a paz na península coreana, sem explicitar quem é que está ameaçando os vizinhos com mísseis e bombas nucleares. Não pediu à Coreia do Norte que se contenha ou à China que ajude na contenção do belicoso ditador norte-coreano. Deixou o assunto como de responsabilidade indefinida, praticamente exonerando a responsabilidade do ditador comunista Kim Jong-un.

Não lembrou de pedir aos muçulmanos do sul das Filipinas que deixem os Cristãos em paz e parem de atacar as cidades cristãs da região fronteiriça. Não lembrou do recente massacre cometido pelos muçulmanos na cidade de Malawi, onde destruíram as igrejas, massacraram os homens e fizeram as mulheres de escravas.

Na África, citou rapidamente o Sudão, Somália, Burundi, República Centro-Africana, Congo e Nigéria. Em todos eles são os Cristãos e os não muçulmanos em geral, que estão sendo perseguidos, mas o Papa não pediu aos opressores que sejam tolerantes com essas minorias.

“Esqueceu” de mencionar o Egito, onde os Cristãos estão sendo massacrados e expulsos pelos muçulmanos, sem que o governo daquele país consiga protegê-los. Não pediu aos muçulmanos egípcios que sejam tolerantes com a minoria Cristã de lá.

Igreja Queimando

Em toda a prédica, o Papa manteve o mesmo padrão, ficando claro ao lado de quem ele se posiciona. Nos casos em que o oprimido é a minoria Cristã ou não muçulmana, ele não pediu aos comunistas ou aos muçulmanos que se contivessem e respeitassem as minorias.

Nos casos onde os muçulmanos são os oprimidos, geralmente pelos próprios “irmãos” muçulmanos de outra facção, ele fez questão de pedir a intervenção humanitária dos Cristãos ocidentais. Não lembrou dos Yezidis e Cristãos da Síria e Iraque, massacrados pelos muçulmanos e não pediu misericórdia para eles.

Em nenhum lugar do mundo Cristãos estão perseguindo muçulmanos, nem explodindo mesquitas. Pelo contrário, a maioria dos ingênuos e benevolentes Cristãos, fazem de tudo para tornar mais fácil aos muçulmanos conquistarem os países Cristãos.

Os refugiados muçulmanos estão fugindo de guerras entre facções muçulmanas rivais, principalmente entre xiitas, liderados pelo Irã e sunitas, liderados pela Arábia Saudita. Essa guerra vem acontecendo desde o século sétimo, muito tempo antes dos Estados Unidos existirem.

O que mais me impressionou no discurso, foi que o Papa começava cada frase de citação dos países com “Eu vejo o menino Jesus nas crianças…. de tal país…”, sendo que as crianças de todos os países citados são muçulmanas. Parece que o Papa aderiu à campanha que os muçulmanos iniciaram de islamização de todas as festas Cristãs.

Como é que pode, o representante máximo do Cristianismo, comparar o menino Jesus a crianças muçulmanas, doutrinadas a odiar e a matar os seguidores de Jesus? Os “irmãos de fé” dessas crianças, estão vindo para o ocidente para saquear, estuprar e assassinar cristãos, cujas vidas o Papa deveria estar defendendo, como fizeram todos os seus antecessores. Tenho ou não motivos de chamar esse papa de “defensor das trevas”?

                                           Luigi B. Silvi

Os vídeos originais, em italiano, nos quais baseei este texto podem ser vistos nos vídeos da benção “urbi et Orbi” 2017 e na Missa de Natal de 2017.

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