Jornalista Libanês diz que, 100 anos depois da Declaração de Balfour, os árabes falham onde Israel é referência
(20 de fevereiro de 2018 – Despacho Especial No.7344)

Dia 25 de novembro de 2017, num artigo marcando o centésimo aniversário da Declaração de Balfour, publicado no jornal Al-Hayat, de Londres, o jornalista libanês Karam Al-Hilu comparou os parcos feitos do mundo árabe nos últimos 100 anos, com aqueles de outros países do mundo, particularmente com Israel. Ele exalta que a excelência de Israel em áreas da ciência, economia, sociologia e política é a fonte de sua força, assim como a fonte das falhas dos árabes  está no fato de confrontá-las.

Lebanese Journalist Karan al-Hilu

Os seguintes são excertos do artigo dele [1]

Um século após a Declaração de Balfour… os árabes não conseguiram criar um único país em condições de comparar-se a Israel nas áreas de ciências, legislação, economia, sociologia e capacitação humana.

Cem anos foram desperdiçados, em todos os aspectos; durante um século, os árabes estiveram combatendo Israel, enquanto sua infraestrutura cultural continuou em crise nas áreas de conhecimento, política, economia, sociologia e pensamento.

De acordo com o relatório de 2014 das Nações Unidas, sobre o conhecimento do mundo árabe (The Arab Knowledge Report), mesmo com suas mais de 500 universidades, com mais de 9 milhões de estudantes e mais de 220 mil docentes, a educação superior no mundo árabe é muita escassa em pesquisa científica, por causa das dificuldades de sua adaptação à cultura digital e sua incompatibilidade com a universal cultura científica e humana. A publicação de pesquisas científicas é extremamente negligenciável.

Mesmo no Egito, o país árabe onde o despertar da cultura é mais profundamente enraizada, somente 0,43% de produto interno bruto é dedicado à pesquisa científica, contra 4,04% na Coreia do Sul e 3,39% no Japão.

Por isso, as publicações de cientistas e pesquisadores são raridades no mundo árabe e constituem somente 0,8% da média global. A quantidade de patentes registradas por árabes nos 50 anos passados, não ultrapassa a quantidade registrada pela Malásia sozinha, no mesmo período.

Nenhuma universidade árabe figura entre as 500 melhores do mundo. Israel supera os árabes numa taxa astronômica, em invenções e exportações de alta tecnologia. Israel erradicou completamente o analfabetismo entre seus cidadãos, enquanto entre os árabes a taxa de analfabetismo é de 23%.

Os árabes não conseguiram criar, durante o século passado de conflito com Israel, um único país sob lei e justiça. O relatório de 2017 da organização Transparência Internacional, mostrou que são árabes seis dos dez países mais corruptos do mundo.

Países como o Egito e Tunísia estão em 108º lugar em corrupção e o Líbano em 136º, enquanto Israel classifica-se em 33º lugar, que o coloca entre os países mais desenvolvidos. [2]

Os árabes também não conseguiram criar uma “nação”, uma “pátria” ou uma “sociedade”, segundo palavras de Constantin Zureiq [3], por causa das divisões tribais e ainda estão distantes de alcançarem a unidade pan-árabe.

Eles também não conseguiram estabelecer uma nação na qual exista justiça econômica; a diferença de classes entre os árabes é muito grande e o desemprego, especialmente entre pessoas jovens, está acima de 35,7% no Egito, 32,1% no Iraque e 45,3% na Mauritânia.

A resistência dos árabes contra Israel tem que começar pela leitura desses números e desses fatos. É claro que não têm sido economizado sangue, martírio ou auto sacrifício, mas têm sido negligentes nas áreas de ciência, economia, sociologia e política, que são as fontes da força de Israel, assim como são as fontes dos nossos fracassos em confrontá-las.

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[1] Al-Hayat (London), November 25, 2017.

[2] A reference to Transparency.org’s Corruption Perceptions Index 2016, published January 2017. The ranking of Egypt, Tunisia, and Lebanon given in the article are accurate, but Israel’s is not – it is actually in 28th place. Transparency.org/news/feature/corruption_perceptions_index_2016#table.

[3] Syrian intellectual Constantin Zureiq was a pioneer in researching Arab nationalism.

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O artigo original, em inglês, publicado pelo Instituto de Pesquisas de Mídia do Oriente Médio (MIMRI), pode ser lido no link:
https://www.memri.org/reports/lebanese-journalist-100-years-after-balfour-declaration-arabs-have-failed-where-israel-has

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