Histórias Misteriosas Sobre a “Guerreira de Coração Valente”
(25/02/2018)

Depois de ter ouvido, por acaso, em primeira mão, duas histórias conflitantes sobre a “guerreira do coração valente”, resolvi fazer algumas pesquisas sobre a biografia de Dilma Rousseff.

URGS

Li vários artigos em jornais da grande mídia e blogs de jornalistas, tendo encontrado muitas informações conflitantes. Datas que não batem e presenças simultâneas em localidades diferentes. Então resolvi registrar mais essas duas histórias, também conflitantes, sucintamente descritas adiante.

A primeira me foi contada por um colega de formatura da Dilma no curso de economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, logo depois dela ser eleita. Sílvio como vou chamá-lo aqui, ligou meio preocupado, dizendo ter recebido um convite quase convocatório de um jornalista, encarregado de fazer uma grande matéria com os colegas de turma da primeira mulher presidente do Brasil.

O jornalista disse a ele que queria marcar uma reunião para conversarem com os colegas de turma para saber como Dilma era quando estudante universitária. Sílvio queria trocar umas ideias comigo de como deveria proceder, uma vez que não lembrava de ter visto Dilma em nenhuma aula durante os anos do curso de economia e que só tinha tomado conhecimento que eram colegas de curso depois da formatura.

Disse também que havia falado com alguns colegas e que nenhum deles lembrava de terem assistido qualquer aula com a Dilma. Estranho que num grupo de apenas 18 alunos, uma das 4 moças da turma fosse desconhecida pela maioria dos demais integrantes.

Formatura da Dilma_conviteSugeri a ele não ligar de volta e caso o jornalista voltasse a ligar, sugeri dizer que trabalhava durante parte do dia e frequentava aulas em turnos diferentes, razão pela qual não lembrava muito da Dilma.

Outros colegas deles fizeram a mesma coisa e a reportagem foi publicada apenas na edição local do jornal Zero Hora, de 7/11/2010, sob o título de “Governadora Yeda Crusius foi paraninfa da formatura de Dilma Rousseff na UFRGS”.

A reportagem inclui a foto dos formandos, mas Dilma não aparece nela. A graduação dela foi feita algumas semanas depois, na sala da Reitoria.

Formatura da Dilma

A outra história que ouvi foi de um colega de trabalho, numa empresa pública sediada em Brasília.

Em novembro de 2015, estávamos na casa de um ex-colega festejando o aniversário dele, quando o outro ex-colega, o “capitão Flores”, entrou na conversa sobre a presidente da república.

O capitão Flores foi cassado pelo regime militar e viveu na clandestinidade no Rio de Janeiro, onde se encontrava casualmente com Dilma em “aparelhos”, como chamavam os esconderijos dos guerrilheiros urbanos na década de 1970. Foi anistiado durante a “abertura” de Figueiredo e contratado pela empresa pública onde eu trabalhava, juntamente com outros anistiados.

O capitão falou que Dilma havia se adaptado muito bem durante o período em que foi presa política e que não mostrava sinais de haver sido muito torturada. Sobre isso, disse que a orientação para todos os companheiros que fossem levados para interrogatórios era que saíssem dizendo que haviam sido barbaramente maltratados e torturados.

O capitão prosseguiu, dizendo que depois que Dilma saiu da prisão em 1972, foi encarregada de levar para Cuba a parte ainda existente dos 2,5 milhões de dólares, roubados em 1969 do cofre do ex-governador Adhemar de Barros.

Deu detalhes da viagem de Dilma, dizendo que ela foi levada de automóvel até Assunção, no Paraguai e que de lá pegou um avião para Cuba, onde ficou algum tempo, hospedada em uma das casas de Fidel Castro. Segundo ele, uns 5 anos depois, ela reapareceu no Brasil com uma menina, que apresentou como sendo filha dela.

As duas histórias mostram várias contradições, como é usual na biografia de Dilma Rousseff. Como ela abandonou em 1969 o curso de Economia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde havia ingressado em 1967, estaria ainda no segundo ou no máximo no terceiro ano.

Dilma Presa

Mesmo tendo levado todos os créditos para a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), teria que ter frequentado os dois últimos anos do curso ou pelo menos o último ano completo.

Meu amigo, formado em 1977, não lembra de ter frequentado aulas com ela e o capitão Flores menciona que ela teria voltado ao Brasil apenas em 1976 ou 1977, o que lança dúvidas sobre ela ter realmente assistido um número suficiente de aulas para completar o curso na UFRGS.

Tudo é muito confuso na biografia de Dilma. Eis que em 2009, veio a público que no currículo dela constavam cursos de pós-graduação na Unicamp, o que foi imediatamente negado pela universidade, que depois voltou atrás, declarando que ela teria frequentado os cursos mas não os tinha concluído.

Isso pode explicar porque a presidente Dilma mostrava ter tão pouca afinidade com os princípios básicos de economia.

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