O Que os Desarmamentistas Americanos Podem Aprender com o Brasil – Tom Knighton
18 de junho de 2018
Quando os desarmamentistas americanos olham para outros países, eles tendem a focar somente a Europa Ocidental. Argumentam que culturalmente, nós somos um país similar a eles, com valores similares e sistemas de governos similares. Porque aqueles países têm estrito controle de armas e baixa taxa de crimes, o mesmo será verdadeiro aqui nos Estados Unidos.
Entretanto, os Estados Unidos não têm uma única cultura. Nós temos dezenas de culturas diferentes dentro de nossas fronteiras. Oh, eles podem consumir essa mesma mídia, assistindo os mesmos programas de televisão e filmes, mas para a maioria, eles não têm a mesma cultura que nós, mesmo esticando os limites de nossa imaginação.
Isso significa que devemos dar uma olhada em todo o mundo para ver o quanto é fracassado o controle de arma. Por exemplo, pegue o Brasil.
André Bevilaqua não é desabituado a usar armas. Quando era criança ele costumava caçar e portar armas era parte do protocolo quando ele leiloava propriedades confiscadas pelo tribunal regional, onde devedores frequentemente reagiam de forma violenta.
Mas quando esse advogado do Rio de Janeiro quis comprar uma pistola calibre .380 no ano passado, ele se deparou com uma intrincada “floresta tropical” de avisos vermelhos de proibições que somente os burocratas brasileiros podem adorar.
Um ano mais tarde – depois de preencher um montão de formulários, pagar grandes taxas, prover atestados de bons antecedentes criminais, uma avaliação psicológica, um exame escrito, um teste de tiro e telefonemas em casa por três diferentes inspetores de armamentos – as forças armadas finalmente lhe concederam luz verde para a compra.
Ouvi essa tortuosa história do próprio Bevilacqua, quando fui com ele até a loja de armas na semana passada, onde ele foi pegar a arma dele.
Esses são os trâmites no Brasil, onde os cidadãos honestos devem submeter-se a essa “via-crúcis” promovida pelo governo em nome da segurança pública. Enquanto isso, existe “de facto” uma aberta permissão para portar armas para criminosos, que transformaram o Brasil numa zona de guerra de proporções continentais.
Que dizer, é quase como se o controle de armas não existisse. Claro, isso não é dito por uma fonte que não apoia a narrativa desarmamentista. Diabos, é dito na [rede de televisão] Bloomberg. Nós todos sabemos associar esse nome com “anti-armas” e a história não desaponta.
O terrorismo global pode ter matado mais de 3.300 pessoas em todo o mundo no primeiro semestre de 2015, mas no Brasil essa é a mesma contagem de corpos em apenas três semanas. Nenhum país registrou mais mortes que o Brasil num único ano: 60.000.
Para alguns, esses números sozinhos poderiam indicar a necessidade de mais leis de restrição da posse de armas de fogo.
Defensores do desarmamento no Brasil declaram que graças às leis de controle de armas estabelecidas em 2003 no “estatuto do desarmamento” foram evitados 135.000 homicídios até 2007.
Assim fica difícil aceitar as propostas dos defensores da posse de armas e alguns poucos políticos adeptos das armas, que querem tornar o Brasil mais seguro pelo afrouxamento do controle de armas.
“Mais armas em circulação significa a existência de mais crimes com armas”, afirma Daniel Cerqueira, um especialista em violência criminal do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas.
Num estudo em bairros da periferia de São Paulo, Cerqueira encontrou que a cada ponto percentual de aumento de armas em circulação resulta em aumento de dois por cento a taxa de homicídios.
Isso seria remotamente verdade se você não permite que cidadãos de bem possuam armas. Um criminoso armado só pode ser detido pela ameaça de violência potencial contra ele.
Enquanto os criminosos não têm medo de cometer violência contra pessoas indefesas, quando eles se deparam com alguém que pode enfrentá-los em igualdade de condições, eles tendem a decidir ir para outro lugar.
Além do mais, todas as “estatísticas” de homicídios evitados são falsas. Desculpem, mas quem deseja matar vai matar. Quem deseja cometer crimes vai cometer crimes. Controle de armas nunca salvou vidas, mas quem apoia tais leis, tem que fazer contorcionismos mentais na tentativa de justificar a negação de um direito humano natural básico, o direito de possuir armas para defender-se contra a violência.
O fato do Brasil ser tão violento não é a despeito de suas leis de controle de armas, é por causa dessas leis.
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O artigo original em inglês pode ser lido no link:
https://bearingarms.com/tom-k/2018/06/18/american-gun-grabbers-learn-brazil/
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