Fantasias Improváveis em Filmes Espaciais Futuristas
(02/07/2018)
Quando vemos filmes de ficção científica ambientados em séculos futuros, quando, presumivelmente, haverá abundância de tecnologia, somos apresentados a situações muito pouco prováveis.
A primeira fantasia improvável é a existência de salões enormes, como a sala de comando do filme “Jornada nas Estrelas”, cuja enorme nave conta com amplos salões e corredores intermináveis, com altura do teto de mais de quatro ou cinco metros.
Por mera medida de economia de energia, por mais evoluída que esteja a tecnologia, é mais provável que as poltronas estejam muito próximas umas das outras, lado a lado e que a altura do teto não seja superior a dois metros.
Outra fantasia improvável é a ocorrência de batalhas espaciais com as naves combatendo dentro do campo visual, como frequentemente aparece nos filmes “Guerra nas Estrelas” e “Jornada nas Estrelas”.
O mais provável que as naves em confronto estejam há vários milhares de quilômetros de distância umas das outras.
Os combates aéreos atuais já são feitos com os aviões fora do alcance visual, por meio de mísseis semi-automatizados.
É ainda mais provável que os combates espaciais futuros, se existirem, sejam feitos por meio de pequenas naves de guerra, completamente automatizadas.
Uma nave de guerra esconde-se atrás de um asteroide no “cinturão de asteroides”, localizado entre Marte e Júpiter, aguardando a passagem da nave inimiga para atacá-la pela retaguarda com seus mortíferos rádios laser.
Isso é praticamente impossível, primeiro porque a maioria dos asteroides é de pequena dimensão e depois porque estão bem longe uns dos outros, de forma que se você estiver sobre um deles não poderá enxergar, a olho nu, qualquer um dos outros asteroides, exceto se estiver perto dos poucos asteroides de maiores dimensões, como Ceres, Vesta, Palas e Hígia.
Outra grande fantasia improvável é que basta ligar os motores de antimatéria e alcançar a velocidade de “dobra” para estar ao alcance de algumas civilizações humanoides.
Conforme estabelecido no “Paradoxo de Fermi”, é pouco provável que duas ou mais civilizações de planetas diferentes existam simultaneamente em regiões cósmicas próximas o suficiente para entrarem em contato.
O paradoxo de Fermi é definido como sendo
“o conflito entre a expectativa de alta probabilidade de existência de vida inteligente em alguma parte do universo e a aparente inexistência de vida que de fato verificamos na parte do universo por nós observável”.
Os filmes espaciais antigos, primeiro colocavam na lua os inimigos dos terráqueos, depois os colocaram em Marte, Júpiter e foram afastando os locais de residência de nossos inimigos à medida em que o conhecimento científico foi eliminando as possibilidades de existência de vida nesses planetas.
Luigi Benesilvi
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