Diferenças Entre o Islã Político e o Islã Religioso – Bill Warner
(17/08/2018)

Quero falar a vocês sobre a praticabilidade do termo “Islã Político“. Em 11 de setembro de 2001, quando as torres do World Trade Center foram atacadas, ninguém nos Estados Unidos entendia realmente muito do que era o Islã e eu pude ver que as soluções têm que ser baseadas no conhecimento.

Bill WarnerMuitas pessoas pensam que o Islã é só uma religião e religião é um assunto difícil de discutir, principalmente em discussões públicas, mas nós podemos falar sobre política.

Vamos falar um pouco mais sobre o Islã. O Islã não é meramente uma religião baseada no Corão, o Islã é um completo modo de vida e uma completa civilização.

Para entender o Islã, temos que entender Maomé e para entender Maomé é preciso resumir a carreira dele assim: Ele pregou a religião do Islã durante 13 anos em Mecca, mas só converteu 150 pessoas. Então ele foi para Medina e em Medina tornou-se político e “jihadista”. Assim, a carreira dele está dividida em religião e política

O que é o Islã político? Eu defino como sendo a parte da doutrina islâmica que impacta os “Kafir” (os não crentes, os infiéis, nós). O Islã político é o Islã que nos impacta, O Islã religioso é aquele que leva ao paraíso e evita o inferno.

Uma coisa interessante na doutrina islâmica encontrada no Corão, na Sira e Hadith é que mais da metade (51%), trata dos Kafir. Essa é a parte do Islã que digo tratar de política.

Abrimos o texto da Lei Islâmica (Sharia), como o “Guia do Viajante” e vemos que os eruditos islâmicos dividem o livro em religião, com os 5 pilares e o resto que trata de coisas como a lei de comércio, as leis de família e da justiça. Então os eruditos islâmicos sempre dividem o conhecimento do Islã em religioso e outros.

Temos que entender isso sobre a Sharia. Quando a Sharia contradiz nossa política e nosso sistema legal, então a Sharia apregoa ser mais poderosa do que as nossas leis e isso é difícil para nós entendermos, mas essa é a visão que o Islã tem.

O Islã religioso é o Islã não político, que são os 5 pilares: A Shahada (Credo), Zakat (Caridade), Jejum, peregrinação à Mecca e rezar 5 vezes por dia. Tem um sexto pilar, a Jihad e esta é também política.

Vamos ver alguns exemplos do Islã político e religioso. Vamos pegar as preces, elas certamente são puramente religiosas. Bem, elas podem ser, mas nos Estados Unidos e Europa os muçulmanos, às vezes, vão às ruas e rezam lá fora, em público.  Essas preces nas ruas são políticas, não religiosas.

Muçulmanos Rezando RuaO ataque de 11 de setembro de 2001, foi um ataque jihadista, uma ação política com motivação religiosa. Toda a Jihad é política, com fundamento religioso. Na Sharia, a Lei Islâmica, o espancamento de esposas é permitido. Isso é parte da lei de família deles. Mas temos que entender que isso viola nossas leis.

Nossos líderes têm que entender que algo que pode ser legal no Islã é ilegal em nossas leis. A poligamia é política ou religiosa? Bem, ela pode ser religiosa, mas se tentar praticá-la nos Estados Unidos ela é política, porque ela viola nossas leis e ela tem impacto político.

Regras de dieta, tal como comida “halal” podem violar nossas leis. Não me importo se o que os muçulmanos comem é porco ou não porco ou se é “haram” ou “halal”, mas isso está começando a impactar-nos.

Vemos em algumas escolas que comidas, como os “marshmellows” são proibidas. Por quê? Porque contém gelatina de porco, o que viola a regras de comida do Islã. Isso impacta nossos sistemas e nossas leis. A vingança, por exemplo, é legal na Sharia, mas a vingança viola as leis dos Estados Unidos.

Agora então, nós não precisamos tratar do Islã religioso. Por que vou me importar se as preces muçulmanas são feitas 1 vez ou 5 vezes por dia? Não me importo com isso. Não me importo se rezam voltados em direção de Mecca ou a Paris. Só me importo com o que me impacta.

Se nossos líderes tiverem conhecimento do Islã político, isso vai ajudá-los a adotar soluções. Antes de dar uma solução ao problema, temos que entender o problema em profundidade e então temos que entender a totalidade do Islã, das partes religiosas e políticas.

Temos que ver as pequenas partes do Islã, mas também temos que entender a visão maior, que inclui as partes religiosas e políticas. Existem prós e contras em todos os assuntos e nossos líderes precisam entender as diferenças entre o Islã político e o Islã religioso, para que não fiquem confusos. Tudo o que nos importa no Islã é o que nos impacta.

jihadi-e-quranNo final, só existe o Islã encontrado no Corão, na Sira e nos Hadith. Mas eu acho que, uma vez que você separa o Islã em religioso e político, você começa a pensar mais claramente.

Estamos envolvidos numa guerra de 1400 anos, que é uma guerra ideológica. Nunca vamos conseguir derrotar um inimigo, que não sabemos quem é ele e nem o que pensa. Por isso temos que educar-nos o mais rápido possível e o Islã político permite que façamos isso.

                                           Bill Warner

NOTA:
Este texto foi extraído das legendas do vídeo do Youtube “Tratar do Islã Político e não do Islã religioso”, legendado por mim.

                                          Luigi Benesilvi

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Sharia (Lei Islâmica)
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