A Origem do Fascismo – Dinesh D’Souza
(15/10/2018)
Por décadas, o termo depreciativo favorito da esquerda têm sido chamar qualquer pessoa de direita de “Fascista”!
Todos os presidentes republicanos dos Estados Unidos, desde a década de 1970, foram chamados de “fascistas”, assim como todas as pessoas simpatizantes do Partido Republicano, agora mais do que nunca.
Esse rótulo é baseado na ideia de que o fascismo é um fenômeno político que caracteriza as pessoas de direita. A esquerda afirma que ele é de direita e alguns grupos de supremacistas brancos e neonazistas adotaram o rótulo. Será que eles estão certos?
Para responder essa pergunta, temos que ver o que o fascismo realmente significa. Qual sua ideologia básica? De onde ele surgiu? Essas não são perguntas fáceis de responder.
Sabemos o nome do filósofo do capitalismo: Adam Smith. Nós conhecemos também o nome do filósofo do marxismo: Karl Marx. Mas, quem é o filósofo do fascismo? Exatamente! Você não sabe! Não se sinta mal, pois quase ninguém sabe.
Isso não quer dizer que ele não exista. Mas é porque os historiadores, a maioria esquerdistas, tiveram que eliminá-lo da história, para evitar terem que encarar as verdadeiras crenças do fascismo.
Então, permita-me introduzi-lo a você: o nome dele é Giovanni Gentile. Nascido em 1875, ele foi um dos filósofos mais influentes do mundo na primeira metade do século vinte.
Gentile acreditava existirem dois tipos, diametralmente opostos de democracia:
Um deles é a “democracia liberal”, como aquela dos Estados Unidos, que Gentile rejeitava por ser excessivamente individualista e muito centrada em direitos individuais e, portanto, egoísta.
O outro tipo, que Gentile recomendava, é a “verdadeira democracia”, na qual os individuas voluntariamente subordinam-se ao Estado.
Como seu mentor filosófico, Karl Marx, Gentile desejava criar uma comunidade que se assemelhava a uma família. Uma família na qual nós todos estaríamos unidos. É fácil perceber a atração dessa ideia. De fato, ela continua sendo uma retórica comum da esquerda.
Por exemplo, na convenção nacional do Partido Democrata de 1984, o então governador de Nova York, Mário Cuomo, comparou os Estados Unidas a uma família ampliada, na qual, através do governo, todas as pessoas tomavam conta umas das outras.
Nada mudou, e trinta anos depois o “slogan” da convenção de 2012, do Partido Democrata foi “O governo é a única coisa à qual nós todos pertencemos”. Eles podiam mesmo estar citando Giovanni Gentile.
Lembre-se que Gentile era um homem de esquerda. Ele era um socialista engajado. Para Gentile, o fascismo é uma forma de socialismo. De fato, é sua forma mais funcional.
Enquanto o socialismo de Karl Marx mobilizava as pessoas na base de classes sociais, o fascismo mobiliza o povo apelando por sua identidade nacional, além das suas classes sociais. Fascistas são socialistas com uma forte identidade nacional.
Os fascistas alemães dos anos 1930 eram chamados de nazistas, basicamente uma contração de “nacional socialista”.
Para Gentile, todas as ações privadas deviam ser orientadas para servir a sociedade. Não há distinção entre o interesse privado e o público. Entendido corretamente, os dois são idênticos.
E quem seria o braço administrativo da sociedade? É ninguém mais e ninguém menos que o Estado! Consequentemente, submeter-se à sociedade é submeter-se ao Estado. Não só em assuntos econômicos, mas em todos os assuntos.
Uma vez que tudo é político, o Estado pode dizer a todos o que devem pensar e o que devem fazer.
Foi outro italiano, Benito Mussolini, o ditador fascista da Itália, de 1922 a 1943, que colocou em ação as palavras de Gentile. Em sua “Doutrina do Fascismo”, uma das declarações doutrinárias iniciais do fascismo, Mussolini escreveu:
“Tudo está no Estado e nada humano existe ou tem valor fora do Estado”.
Ele estava meramente parafraseando Giovanni Gentile.
O filósofo italiano está agora perdido na obscuridade, mas sua filosofia não poderia ser mais relevante, porque é muito paralela à filosofia da esquerda moderna.
Os trabalhos de Gentile falam diretamente aos progressistas que defendem um estado centralizador.
Aqui nos Estados Unidos, a esquerda expandiu amplamente o controle estatal sobre o setor privado, desde os serviços de saúde até os serviços bancários; da educação até a energia.
Esse capitalismo direcionado pelo Estado, é precisamente o que os fascistas alemães e italianos, implementaram nos anos de 1930.
Os esquerdistas não podem reconhecer seu Gentile, porque isto atrapalharia seus esforços em relacionar os conservadores ao fascismo.
Os conservadores querem um governo pequeno, para que a liberdade individual possa florescer. A esquerda, assim como Gentile, quer o oposto, colocar os recursos dos indivíduos e da indústria a serviço de um Estado grande e centralizador.
Reconhecer Gentile, seria reconhecer que o fascismo tem um profundo parentesco com a ideologia da esquerda dos nossos dias. Então eles vão manter Gentile no lugar onde o encontraram: morto, sepultado e esquecido.
Mas nós devemos lembrar isso ou o fantasma do fascismo vai continuar a assombrar-nos por muitos anos.
Dinesh D’Souza
NOTAS:
O texto acima foi extraído das legendas do vídeo “O Fascismo é de Esquerda ou de Direita?“, disponível neste link do Youtube.
Durante o governo de Barack Hussein Obama, o escritor direitista, Dinesh D’Souza, produziu um filme com denúncias contra o Partido Democrata norte-americano. Logo depois foi acusado de ter praticado doação ilegal de dinheiro para um candidato republicano ao Congresso dos Estados Unidos. Passou algum tempo na prisão, tendo sido solto sob severas condições restritivas. Em 2018 foi totalmente perdoado pelo Presidente Donald Trump.
Luigi Benesilvi
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