Geração Mais Sofrida dos Tempos Modernos

(08/12/2021)

Imagine como foi a vida de um homem que nasceu em 1900. Quando ele estava com 14 anos começou a Primeira Guerra Mundial e terminou quando ele completou 18 anos. Naquela guerra morreram mais de 22 milhões pessoas.

Logo depois disso, uma pandemia mundial, uma gripe chamada ′′Espanhola”, vitimou mais de 50 milhões de pessoas. Se ele sobreviveu, estava com 20 anos e continuou com sua vida.

Então, aos 29 anos, sobreviveu à maior crise econômica global dos tempos modernos, que começou com o colapso da Bolsa de Valores de Nova Iorque causando inflação, desemprego e fome em quase todo o mundo.

Em 1929 aqui no Brasil houve quebradeira geral, com a queda brutal da cotação internacional das nossas principais commodities, café, açúcar e cacau.

Os nazistas chegaram ao poder quando ele completou 33 anos. Aos 39, a Segunda Guerra Mundial começou e terminou quando ele já estava com 45 anos. A guerra causou mais de 60 milhões de mortes, tendo sido assassinados mais de 6 milhões de judeus na Alemanha.

Aos 50 anos começou a Guerra da Coreia, que durou até 1953.

Quando completou 64 anos, começou a guerra do Vietnã, que terminou quando ele atingiu os 75 anos.

Todos os eventos mencionados acima tiveram impactos globais e causaram severas crises econômicas e sociais na maioria dos países.

Na primeira metade do século 20 não havia essa quantidade toda de organizações internacionais de ajuda humanitária, planos de saúde, planos de aposentadoria, direitos trabalhistas, auxílio desemprego, empréstimos para estudantes, bolsa família, programas da casa própria, empréstimos bancários com juros subsidiados.

Alguém que nasceu na década de 1980 não consegue imaginar como era dura a vida dessas pessoas, que sobreviveram a várias guerras e muitas crises econômicas e sociais.

Alguém que nasceu no início do século 21, acredita ser o “fim do mundo” quando sua compra pela internet demora mais de três dias para chegar ou se ele não obteve muitas visualizações ou curtidas por sua imagem postada nas redes sociais.

Em 2021, a maioria de nós vive em relativo conforto, temos acesso a várias fontes de entretenimento em casa e muitas vezes temos mais do que o que necessitamos e, apesar dos problemas, podemos dizer que temos uma vida muitas vezes melhor que nossos antepassados.

Ah! Mas temos a Covid!

Até dezembro de 2021, em quase dois anos, a peste chinesa matou pouco mais de 5 milhões de pessoas em todo o mundo, apesar de todo os esforços das autoridades políticas e médicas de amplificar os números e negar o tratamento precoce da doença.

Isso dá apenas 0,06% da população mundial. Se acha muito, compare com peste negra, que matou mais de 50% da população.

Mas mesmo assim, as pessoas reclamam de tudo. Grande parte delas têm eletricidade, telefone, internet, alimento, água quente e um teto sobre suas cabeças, mas mesmo assim estão infelizes e se sentem incompletas.  E “as palavras machucam”, reclamam elas.

Mas a humanidade sobreviveu a circunstâncias muito mais sérias e nunca perdeu a vontade de sobreviver.

Talvez esteja na hora de sermos menos egocêntricos, reclamar um pouco menos da vida e começar a administrar os problemas com mais racionalidade.

É verdade que aqui no Brasil vemos muitas injustiças, com autoridades ilegítimas soltando criminosos aos milhares por causa da nossa justiça leniente e corrupta.

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NOTA

O texto acima foi adaptado e atualizado a partir de um texto que circula há algum tempo nas redes sociais, presumivelmente de origem nos Estados Unidos, pelas guerras mencionadas no texto. Só o coloquei no blog para facilitar o compartilhamento.

Luigi Benesilvi

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