Reportagem usa tragédia do massacre das crianças para promover a narrativa do desarmamento

(29/05/2022)

Em todos os lugares, os bancos são protegidos por guardas armados; os carros-fortes são protegidos por guardas armados; os estabelecimentos que trabalham com ouro ou pedras preciosas são protegidos por guardas armados; as pessoas ricas e os políticos são protegidos por guardas armados; as altas autoridades são protegidas por guardas armados; o Papa é protegido por guardas armados, mas as escolas sequer costumam ter proteção de vigias desarmados.

Dia 24 de maio de 2022, o adolescente Salvador Ramos promoveu a matança de 19 crianças e 2 professoras, na escola “Robb Elementary School”, na cidade de Uvalde, Texas, Estados Unidos. A escola é frequentada majoritariamente por estudantes de origem latina, a cuja comunidade também pertencia o assassino.

Por tratar-se de membro da comunidade latina local, o assassino não se enquadra na narrativa de “racismo”, “supremacismo branco” ou “xenofobia”, então a narrativa de mídia concentrou-se em culpar as armas de fogo.

Por acaso, assisti uma reportagem da televisão semiestatal espanhola TVE, na qual os repórteres associam a tragédia de Uvalde ao excesso de armas nas mãos da população, argumentando que os estados americanos onde existem mais armas são os locais onde ocorrem mais tragédias desse tipo, o que é absolutamente falso.

A jornalista citou literalmente que “O que fica evidente é que em estados com mais armas, como o Texas, é onde há mais mortes por armas de fogo”.

A reportagem de 2 minutos pode ser assistida no vídeo legendado deste link.

Se olhar neste link, verá que o Texas é apenas o 26º estado americano em mortes violentas por 100 mil habitantes.

Nem pesquisei se no Texas há mais mortes por armas de fogo, em números absolutos, pois é o segundo estado mais populoso dos EUA, com uns 30 milhões de habitantes, só perdendo para a Califórnia que tem cerca de 40 milhões. É lógico que havendo mais gente, é possível que ocorram mais mortes, inclusive em acidentes de trânsito ou por causas naturais.

Na própria reportagem é mencionado o fato da polícia ter ficado 45 minutos procurando a chave de uma porta para entrar na escola, num flagrante ato de incompetência ou covardia, enquanto lá dentro o assassino atirava nas indefesas crianças e professores.

Bastaria que a escola tivesse um vigia, professor ou funcionário com uma arma, que o massacre seria terminado com bem menor número de mortes ou talvez apenas com a morte do invasor.

Essa foto está circulando nas redes sociais e não consegui confirmar se é mesmo verdadeira, mas pelo esforço que a velha mídia vem fazendo para tirar o foco no assassino e concentrar na promoção do desarmamento, acho ser possível que seja verdadeira.

Em quase todos os casos de massacres, os assassinos procuram locais onde as pessoas estejam desarmadas e com menores chances de defesa. Raramente vemos notícias de atentados ou assaltos em clubes de tiro ou lojas de venda de armas, durante o dia.

Em todos os lugares, os bancos são protegidos por guardas armados; os carros-fortes são protegidos por guardas armados; os estabelecimentos que trabalham com outro e pedras preciosas são protegidos por guardas armados; as pessoas ricas e os políticos são protegidos por guarda armado; as altas autoridades são protegidas por guardas armados; o Papa é protegido por guardas armados, mas as escolas sequer têm proteção de vigias desarmados.

Para desmentir a narrativa de reportagem da TV espanhola, fiz uma rápida pesquisa sobre algumas das grandes tragédias, chamadas de “tiroteios” ou “atentados” pela mídia desarmamentista e encontrei dezenas de casos ocorridos em quase todos os estados americanos, independente de serem mais ou menos liberais com a posse de armas de fogo. Listo apenas alguns deles.

A tragédia de Columbine, aconteceu no estado do Colorado. O massacre do clube gay “Pulse”, foi na Flórida. O massacre do Mandalay Hotel, que matou mais de 60 pessoas, aconteceu no estado de Nevada. O assassinato de dezenas de pessoas na Maratona de Boston, Massachussetts, sequer usou arma de fogo.  Em 2019 houve um tiroteio numa sinagoga em Poway, Califórnia. Em 2012 houve um tiroteio num cinema da cidade de Aurora, no estado de Nevada. Em 1910 houve um atentado a bomba na sede do jornal ”Los Angeles Times”, na Califórnia, que matou 21 pessoas e feriu mais de 100. Em 1995 um criminoso encostou um caminhão carregado de explosivos na frente de um prédio federal na cidade de Oklahoma, capital do estado de Oklahoma, matando 168 pessoas e ferindo várias centenas. Poderia citar mais dezenas de casos de tragédias desse tipo nos Estados Unidos. Sem contar um dos mais famosos atentados, que matou mais de 3 mil pessoas, o famoso atentado de 11 de setembro de 2021, na cidade com uma das cidades com maiores restrições à posse de armas de fogo dos EUA.

O que quero dizer é que ataques em massa ocorrem em quaisquer estados ou países, independente de terem ou não restrições à posse de armas de fogo, pois gente violenta sempre acha algum meio para matar pessoas indefesas.

Aqui no Brasil tivemos o caso do assassino que invadiu uma creche na cidade de Janaúba, no norte de Minas Gerais, jogou gasolina nas crianças e ateou fogo nelas, matando 16 crianças na hora e deixando feridas mais duas dezenas. A tragédia só não foi maior, porque a professora Heley de Abreu enfrentou o assassino, sacrificando sua própria vida para salvar várias crianças.

O desejo de desarmar a população é tão imperioso na mente dos esquerdistas, que sempre dão um jeito de justificar o confisco de armas dos cidadãos honestos.

Como disse o finado Marcio Thomaz Bastos, então Ministro da Justiça de Lula, por ocasião da campanha do Referendum do desarmamento, em 2005:

 “O desarmamento não pretende retirar armas dos bandidos; ele pretende apenas retirar essa arma do homicídio acidental”.

Assista o vídeo onde ele falou isso.

Parece até que o Ministro estava muito preocupado e apenas querendo proteger as pessoas honestas contra acidentes com armas de fogo.

Lembro que cerca de 66% dos votantes no Referendum rejeitaram o estatuto do desarmamento, que nunca foi revogado pelos sucessivos governos esquerdistas, pelo Congresso Nacional ou pelos nossos militantes do STF.

Todos sabemos muito bem que todas as ditaduras são precedidas pelo desarmamento da população. Foi assim na União Soviética, China, Coreia do Norte, Cuba, Venezuela e tantas outras ditaduras.

Ironicamente, durante a nossa “ditadura” militar de 1964, cada cidadão honesto podia possuir duas armas de fogo de cano curto e duas de cano longo, que podiam ser compradas nas Lojas Mesbla, Karajás e tantas outras. Bastava apresentar um “Atestado de Bons Antecedentes”, emitido pela Polícia Civil. Não parece que naquela época a criminalidade fosse maior do que a atual.

Meu pai tinha duas armas, guardadas na prateleira de cima do guarda-roupas. Ensinou meus irmãos mais velhos a atirar e usá-las para caçar e para defender nossa casa. Nunca tivemos acidentes com as armas. E olha que meu pai e meus irmãos recarregavam a própria munição em casa, na mesa da sala de jantar.

Era uma época em que bandidos tinham medo da polícia e não o contrário, como é hoje em dia. Ladrão que invadia uma casa levava bala e o proprietário da arma só ia para a delegacia para prestar depoimento.

Uma pessoa mal intencionada armada só pode ser enfrentada por uma pessoa boa também armada.

Luigi Benesilvi

-o-o-o-

NOTA

Várias coisas que mencionei acima não têm referências explícitas, mas lembro que a jornalista da reportagem, sem citar referências, fez a seguinte afirmação: O que fica evidente é que estados com mais armas, como o Texas, é onde há mais mortes por armas de fogo

Luigi Benesilvi

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