Onde estão todos esses alienígenas? – Luigi Benesilvi
(15/11/2023)
“Onde estão todos esses alienígenas?”
Dizem que essa foi a frase pronunciada pelo cientista Enrico Fermi, na década de 1950, aos cientistas entusiasmados com a enorme probabilidade de haver seres alienígenas inteligentes nos bilhões e bilhões de planetas girando ao redor de muitos bilhões e bilhões de estrelas na vastidão do universo, como Carl Sagan costumava anunciar em seu programa chamado Kosmos.

Depois de mais de 70 anos da famosa frase de Fermi, os cientistas começaram a entender que a terra é um planeta de um tipo muito peculiar, assim como o nosso sistema solar.
Neste vídeo do Youtube, o apresentador explica o que é a chamada “Hipótese da Rara Terra”. Ele detalha os requisitos que tiveram que ser preenchidos na terra para que surgisse a vida inteligente.
Resumidamente, ele diz que demorou mais de 4 bilhões de anos para surgir o primeiro ser multicelular e mais cerca de 500 milhões de anos até surgir o primeiro ser inteligente.
E isso só foi possível porque a terra está numa “zona habitável” do sistema solar, tem campo magnético, que protege os seres vivos dos letais raios cósmicos; tem “placas tectônicas”, que movimentam e renovam ingredientes vitais na superfície.
Além disso temos a lua, do tamanho certo para estabilizar a rotação da terra e causar marés, que movimentam as águas, permitindo a mistura dos ingredientes necessários à vida.
Temos os dois gigantes planetas externos, Júpiter e Saturno, que atraem os impactos de meteoros e cometas, protegendo assim os planetas internos dessas catastróficas colisões.
Comparado com outros sistemas estelares, o sistema solar é muito bem organizado, com uma única estrela no centro, quatro planetas rochosos em órbitas próximas ao sol e quatro planetas gasosos maiores em órbitas mais afastadas.
A maioria dos sistemas estelares descobertos é composto de duas ou três estrelas, com planetas de diversos tamanhos girando ao redor delas em órbitas aleatórias, sem harmonia aparente.
Mas, isso não é tudo. Essa é apenas a parte de dentro do sistema solar, que viabiliza a vida na terra.
Agora estão surgindo informações espetaculares, no que se refere à órbita do sistema solar ao redor da Via Láctea, que não eram cogitadas até algum tempo atrás.
O sol orbita a galáxia numa “zona habitável”, de pouca densidade de estrelas, entre dois ramos das espirais da Via Láctea. O vídeo legendado deste link mostra como é o verdadeiro movimento da terra pela imensidão do cosmos.

Se a órbita estivesse dentro de um dos ramos da espiral, a quantidade de estrelas seria muito maior e estaríamos sujeitos a perturbações na órbita do sol e seus planetas, além de maior intensidade de raios cósmicos e explosões de estrelas, que esterilizariam nosso querido planeta.
Não estar dentro de um dos ramos da espiral também elimina bilhões e bilhões de sistemas estelares de serem semelhantes ao nosso, o que reduz enormemente a possibilidade de encontrar planetas semelhantes à terra.
Apesar de terem sido identificados milhares de sistemas estelares, até agora não foi encontrado sequer um sistema estelar com características semelhantes ao nosso, com planetas rochosos próximos à estrela e planetas maiores mais distantes, o que torna o sistema solar muito peculiar no universo.
Além disso, o sol orbita a Via Láctea “acima” do plano da galáxia, numa zona ainda menos densa de estrelas. Segundo estudos, o sol está a 300 anos luz acima do plano da galáxia, o que elimina mais significativamente a quantidade de sistemas estelares em situações semelhantes ao nosso.

Isso poderia explicar porque, mesmo havendo bilhões e bilhões de sistemas estelares e planetas, não houve até agora qualquer sinal de vida fora da terra, inteligente ou não.
Parece que, mesmo que não sejamos os únicos seres vivos do universo, devemos ser uma espécie muito singular e que, talvez, estejamos “condenados” a permanecer em nosso pequeno planeta azul, pelas razões explicadas no artigo deste link.
Luigi Benesilvi
-o-o-o-
Ir para a Página Principal do Blog
Rumble: https://rumble.com/user/Benesilvi
Youtube: http://www.youtube.com/c/LuigiBSilvi
Twitter: @spacelad43
Contato: spacelad43@gmail.com

Uma explicação racional pode aparentar ser verdadeira no nosso mundo de conhecimentos, mas não está a contar com a vida em outros formatos, ou nas nossas limitações tecnológicas. A vida na terra é baseada em carbono, mas em outras galáxias pode ser baseada em outros componentes.
Eis um artigo muito recente sobre este tema na BBC.
Por que cientistas dizem que estamos perto de achar vida em outro planeta
https://www.bbc.com/portuguese/articles/c1v9gr16y7po
Por outro lado, os nossos instrumentos podem estar limitados na região do espectro eletromagnético que o olho humano é capaz de perceber, ou do que conhecemos, que pode ser muito limitado. A realidade pode ser muito mais rica do que conhecemos. https://conceitosdomundo.pt/espectro-visivel/
De qualquer forma, considerar que com tantos milhões de planetas por todo o universo, a terra é o único, o planeta eleito, o especial de corrida, pode criar o orgulho, mas não deve corresponder à verdade em absoluto.
A Escala de Kardashev é um método proposto pelo astrofísico russo/soviético Nikolai Kardashev para medir o grau de desenvolvimento tecnológico de uma civilização. Foi apresentado originalmente em 1964. Segundo esta escala, ainda temos muito que caminhar para estarmos num plano tecnológico aceitável.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_de_Kardashev
No entanto, agradeço o artigo.
CurtirCurtir