A ERA DO JORNALISMO NEUTRO ACABOU
(09/05/2018)

“A era do jornalismo neutro acabou”, respondeu o jornalista russo Dmitry Kiselyov, ao ser acusado pelo jornalista da rede de televisão inglesa BBC de somente divulgar notícias favoráveis à Putin e à Rússia e desfavoráveis aos países ocidentais.

dmitry_kiselyovDmitry retrucou mostrando ao entrevistador, várias reportagens da BBC divulgando notícias com viés muito desfavoráveis à Rússia e favoráveis aos países ocidentais. Vídeo da reportagem (em inglês).

Infelizmente o que Dmitry diz é verdade. Atualmente qualquer jornalista principiante faz comentários pessoais sobre qualquer assunto que esteja cobrindo, com viés favorável às suas preferências políticas, sociais, religiosas ou regionais. A ênfase deixou de ser a notícia real, mas sim a narrativa do jornalista emitindo sua versão pessoal da ocorrência.

Com a eleição de Donald Trump como presidente dos EUA então, o jornalismo esquerdista nunca se comportou de forma mais parcial e… esquerdista. Para ter uma ideia basta ver o vídeo a seguir, no qual alguns jornalistas brasileiros emitem suas opiniões a respeito de Trump.

Mesmo depois de um ano e meio da eleição e dele estar cumprindo suas promessas de campanha, sem ter promovido a 3ª guerra mundial ou jogado bombas atômicas em outros países, os jornalistas continuam enviesados em relação a ele.

Depois de Trump ter rescindido a adesão dos EUA ao acordo nuclear celebrado por Barack Obama e a União Europeia com o Irã, considerado desvantajoso por Trump, a imprensa publicou várias reportagens denunciando a “traição” aos aliados europeus dos EUA.

No caso das eleições brasileiras, a “grande mídia” está cheia de notícias favoráveis a todos os candidatos, exceto ao único candidato de direita, Jair Bolsonaro, apesar dele estar liderando consistentemente em todas as pesquisas sobre as intenções de votos.

Dia 26/07/2016, dois terroristas ‘”jihadistas” islâmicos invadiram uma igreja na França, fizeram reféns, degolaram o Padre Jacques Hamel, de 86 anos e feriram gravemente mais duas pessoas.

A polícia foi chamada e matou os dois terroristas muçulmanos, mas a manchete do jornal foi “Homens invadem igreja na Normandia e matam padre. Os dois eram franceses e foram mortos pela polícia. Estado Islâmico assumiu a autoria do atentado”.  (link da reportagem).

Padre Jacques HamelRecentemente assisti um documentário (em inglês) do jornalista da CNN, Fareed Zakaria, “Why they hate us?” (Por que eles nos odeiam), descrevendo a situação do terrorismo islâmico internacional, com entrevistas e estatísticas.

Acho até que ele fez esforços para parecer neutro, mas não conseguiu evitar a parcialidade favorável ao Islã. Na ocasião eu não sabia sua nacionalidade e religião, mas inferi claramente ser muçulmano ou simpatizante. Ao pesquisar depois da reportagem, li dele ter ele nascido na Índia e estar residindo nos Estados Unidos e é… muçulmano!

Num trecho da reportagem, ele mostra declarações de pessoas favoráveis e também de pessoas críticas do Islã, como Brigitte Gabriel, que numa entrevista  (vídeo legendado), ela cita que dos 1,2 bilhão de muçulmanos, cerca de 300 milhões são radicais e estão dispostos a assassinar pessoas em nome de sua fé.

Fareed ZakariaFareed corrige dizendo que os muçulmanos radicais seriam apenas cerca de 100 a 200 mil, mas não diz que mesmo 100 mil pessoas dispostas a matar por sua fé é um número muito grande e assustador. Estaria entre os 10 maiores exércitos do mundo, formado por “soldados-suicidas” (Uma Breve História do Islã).

Faz muitas inserções e omissões favoráveis ao Islã, sendo que, ao final, pede que os muçulmanos não sejam julgados coletivamente, mas sim individualmente, no sentido de não condenar o Islã pelas ações de cerca de 100 mil seguidores fanáticos e assassinos!

Assisti várias reportagens sobre o assassinato de três policiais e ferimento de outros três em Baton Rouge (EUA), por um homem negro. Praticamente todas as reportagens que assisti entremeavam a cobertura do evento com reportagens anteriores da morte de negros por policiais brancos ou com manifestações de negros contra a violência policial, quase justificando o assassinato dos três policiais. Um dos assassinados era negro, por sinal. Vídeo legendado com algumas reportagens.

A televisão é o veículo de comunicação onde as reportagens enviesadas são mais perversas. Fazem pequenas inserções e omissões, retiram alguns segundos desfavoráveis da matéria e assim por diante. Só usam frases neutras quando lhes convém.

Pior do que fazerem reportagens enviesadas, é o fato de que a maioria das reportagens são encenadas para enfatizar alguma narrativa ou para parecerem melhor na tela.

Ataque NicePor exemplo, na cobertura do assassinato premeditado de mais de 80 pessoas e ferimento de mais de 100 outras, por um terrorista muçulmano em Nice (França), a chamada do Jornal Nacional da Rede Globo foi, “MOTORISTA ATROPELA DEZENAS DE PESSOAS EM NICE”, fazendo parecer tratar-se de um simples acidente de trânsito.

Durante a reportagem explicavam que o homem estava deprimido, havia sido despedido do emprego e tinha problemas conjugais, quase justificando os assassinatos. Alertavam não haver ligações dele com grupos terroristas e que não devíamos precipitar-nos em tirar conclusões apressadas.

Um massacre no Japão teve 19 mortos e 25 feridos, mas para a correspondente da Globo (desarmamentista), isso até que não foi tão ruim assim, pois o assassino usou apenas uma faca. Se fosse com uma arma de fogo, segundo a repórter, teria sido muito pior. Leia comentário sobre a reportagem aqui.

Ataque JapãoAs reportagens sobre o desaparecimento do avião da Malaysia Airlines em 2014, no qual morreram 266 pessoas, sempre mencionavam não haver indícios de terrorismo e que o piloto era muito boa pessoa, excelente marido e pai. Em raras ocasiões mencionavam o fato dele ser muçulmano.

Em julho de 2016, saiu a notícia da “descoberta” de que algumas semanas antes do desaparecimento do avião, o piloto havia usado um simulador de voo fazendo aquela mesma rota do oceano Índico, reforçando a hipótese de suicídio. Reportagem aqui.  Assim mesmo, várias notícias sobre esta “nova” descoberta, enfatizam não haver comprovação que o piloto cometera suicídio.

Um jornalista carioca pode atenuar a notícia de um massacre no Rio de Janeiro, lembrando logo a seguir, de um massacre semelhante ocorrido anteriormente em São Paulo ou em alguma outra cidade, diluindo assim a notícia da violência no Rio de Janeiro. A Rede Globo faz muito isso. Um jornalista paulista pode fazer o contrário. E assim por diante.

Como existe um grande número de jornalistas socialistas-progressistas, em geral, a tendenciosidade é favorável às “minorias desfavorecidas” (negros, pobres, homossexuais, muçulmanos, mulheres, socialistas-progressistas, operários, indígenas e outras) e desfavoráveis a empregadores, heterossexuais, conservadores, homens brancos, mulheres bem-sucedidas, pessoas evangélicas, padres, pastores e outros.

Jornalistas de direita também fazem jornalismo tendencioso, mas como são em menor número, quase não têm impacto geral.

Felizmente existem as redes sociais, nas quais pode-se ler de tudo em várias versões, resumidas, extensas, tendenciosas, jocosas, eruditas, falsas, verdadeiras, mas pelo menos, temos a opção de escolha, inexistente nos noticiários televisivos.

As quatro grandes emissoras (Globo, Record, Band e SBT) são muito dependentes de propaganda oficial e da necessidade de aumentar a audiência, então, têm que levar ao ar notícias atenuadas de eventos desfavoráveis ao governo. As pessoas que publicam notícias nas redes sociais não são dependentes do governo e muitas, como eu, nada recebem pelo que fazem, podendo escrever o que quiserem.

Evidentemente você já notou que eu também sou tendencioso. Hehehehe…

                                                                Luigi Bene Silvi

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