Brasil Defende a Liberdade Religiosa em Discurso a ONU – Nestor Forster
(31/08/2019)
Agradecemos ao governo da Polônia, especialmente ao Ministro do Exterior, Sr. Jacek Czaputowicz, que organizou esta sessão, por trazer o assunto da perseguição religiosa à atenção do Conselho de Segurança.
O Brasil reconhece a Polônia como exemplo de um povo que lutou bravamente pela liberdade contra regimes totalitários.
Os brasileiros acreditam não haver melhor modo de preservar a paz e a segurança do que proteger e promover um dos mais fundamentais direitos humanos, que é a liberdade religiosa.
Parece já ser tempo que nós, como nações, que nos unimos no passado para combater a tirania e proteger a liberdade, voltemos aos princípios fundamentais e ideais que forjaram esta organização e promover o respeito universal para os direitos humanos da religião e combater a violência e a perseguição baseadas em crenças religiosas.
Hoje, quando lembramos as vidas daqueles que foram perseguidos e punidos por professarem e viverem sua fé no passado, não podemos esquecer que o ódio, a intolerância e o preconceito, infelizmente, são ainda a norma e não a exceção em muitos lugares do mundo.
Quando testemunhamos o terrível destino dos Cristãos Yazidis [do Oriente Médio] ou dos Muçulmanos Rohingyas [na Ásia], assim como a destruição de igrejas e lugares históricos de muitos países, o Brasil nota, com grande preocupação, a perseguição, discriminação e violência contra Cristãos em todo o mundo.
A liberdade religiosa está no fundamento das políticas públicas promovidas pela administração do Presidente Jair Bolsonaro, no Brasil.
Este compromisso renovado de colocar a religião no seu lugar de direito no âmbito público, leva-nos a juntar-nos ao grupo de países que proclamaram hoje, 22/08/2019, como o dia internacional de celebração das vítimas de atos de violência baseados em religião ou crenças.
O Ministro do Exterior, Ernesto Araújo, tem incansavelmente defendido a liberdade religiosa e tem externado a preocupação do Cristãos brasileiros, Católicos e Evangélicos, com a perseguição e discriminação de Cristãos sob muitos pretextos.
Há um mês, no segundo encontro ministerial para promoção da liberdade religiosa em Washington, DC, a Ministra para Mulheres, Famílias e Direitos Humanos, Damares Alves, anunciou a criação de um novo Comitê de Liberdade Religiosa e Crenças e outras ações para continuar a assegurar o completo exercício da liberdade religiosa em nosso país, para todas as crenças.
O governo brasileiro pensa não ser suficiente defender a liberdade religiosa e adoração na teoria. É também necessário assegurar que a fé tenha liberdade de expressão.
Por essa razão, continuamos profundamente preocupados com seguidos atos de intolerância e violência, baseados em religião ou crenças e restrições impostas por alguns países ao livre exercício da religião, seja sob alegação de pretexto religioso ou baseado em ideologias ateístas.
Ambos, governos e líderes religiosos, devem atuar em seus respectivos papéis em combater o ódio religioso e repudiar leis que restringem a liberdade religiosa.
Deixem-me terminar, lembrando o que um bispo Norte-Africano tem a dizer sobre este assunto há mais de 1.600 anos:
“Criaste-nos para Vós, ó Senhor e nosso coração está inquieto, enquanto não repousar em Vós“.
Vamos esperar e rezar para que o estabelecimento deste dia especial para lembrar as vítimas de perseguições religiosas contribua para eliminar o fanatismo e a intolerância, que tornam tão difícil para tanta gente atualmente, encontrar o descanso de seus corações, com foi pregado pelo Bispo Augustine no quarto século depois de Cristo.
Obrigado, Sr. Presidente.
Que Deus nos abençoe.
Nestor Forster
Embaixador do Brasil na ONU
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NOTA:
Este texto foi extraído das legendas deste vídeo, publicado no Youtube, legendado por Luigi Benesilvi
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