Pesquisador Expõe a Influência Tendenciosa de Empresas de Tecnologia
(11/09/2019)
SENADOR TED CRUZ: O senhor não é republicano e nem conservador. O Sr. foi editor-chefe da revista “Psichology Today“. O Sr. é um acadêmico respeitado. O Sr. testemunhou perante este Comitê que a manipulação de votos feita pela Google deu pelo menos 2,6 milhões votos adicionais para a Hillary Clinton, em 2016. Quero ter certeza que entendi direito. O Sr. pessoalmente apoiou e votou na Hillary?
EPSTEIN: Eu fui publicamente um forte apoiador de Hillary Clinton, sim.
TED CRUZ: Então, o Sr. não está apenas decepcionado que as pessoas tenham votado nela, mas seu testemunho é que o Google, através de resultados tendenciosos nas pesquisas, está manipulando os eleitores de uma maneira que eles não percebem.
EPSTEIN: Numa escala maciça. O que estou dizendo é que eu acredito em Democracia, acredito em eleições livres e justas mais do que qualquer tipo de lealdade a um candidato ou a um partido político.
TED CRUZ: Olhando para a frente, se entendi seu testemunho corretamente, o Sr. disse que em eleições subsequentes a Google, Facebook, Twitter e outras gigantes tecnológicas podem manipular 15 milhões de votos em eleições subsequentes.
EPSTEIN: Em 2020, se todas essas empresas apoiarem o mesmo candidato, haverá 15 milhões de votos na linha, que podem ser mudados sem o conhecimento das pessoas e sem deixar trilhas em papel para as autoridades perceberem.
TED CRUZ: Agora, ao descrever o lembrete “vá votar”, o Sr. disse não ser serviço de alerta público, mas sim uma manipulação. Pode explicar isso, pois não tenho certeza se todos conhecem os detalhes disso.
EPSTEIN: Bem, claro. Se no dia da eleição de 2016, Mark Zuckerberg, por exemplo, decidiu enviar um “lembrete vá votar”, digamos, só para eleitores democratas e ninguém teria sabido que ele fez isso. Isso teria dado, naquele dia, um adicional de pelo menos 450 mil votos para os democratas.
Sabemos disso, sem qualquer dúvida, pelos dados publicados pelo próprio Facebook, porque eles fizeram um experimento, que não contaram a ninguém, durante as eleições de 2010, que publicaram em 2012.
Houve 60 milhões de usuários do Facebook envolvidos. Enviaram um “lembrete vá votar” e obtiveram cerca 360 mil pessoas a mais, que levantaram dos sofás e foram votar e que de outra forma teriam ficado em casa.
O ponto é que não penso que o Sr. Zuckerberg tenha enviado o lembrete em 2016. Acho que ele estava superconfiante. Acho que o Google estava superconfiante. Como todas essas empresas estavam confiantes. Não penso que ele o tenha enviado.
Sem ter os sistemas de monitoramento ativados, nunca saberemos o que essas empresas estão fazendo.
Mas o ponto é que em 2018, tenho certeza que elas foram mais agressivas e temos muitos dados mostrando isso. E em 2020, você pode apostar, que todas essas empresas sairão a campo e os métodos que estão usando são invisíveis, são subliminares.
São mais poderosos que qualquer efeito que eu tenha visto na ciência comportamental e estou na ciência comportamental por quase 40 anos.
TED CRUZ: Você sabe, os colegas democratas neste Comitê, seguidamente falam sobre o que veem como um pernicioso efeito de muito dinheiro e muito dinheiro corporativo.
O que o Sr. está testemunhando é a existência de um punhado de bilionários do Vale do Silício e corporações gigantes, que podem gastar milhões de dólares, se não forem bilhões de dólares, coletivamente, maciçamente influenciando os resultados de eleições. E não existe responsabilização.
O Sr. disse que nós não sabemos, não temos como saber se o Google, Facebook ou o Twitter enviam para democratas ou aos republicanos, ou como tendenciam, porque é uma “caixa preta”, sem transparência, responsabilização ou qualquer outra coisa. Estou entendendo isso corretamente?
EPSTEIN: Senador, com todo o respeito, preciso corrigir o senhor. Se Mark Zuckerberg decidir um “lembrete vá votar”, apenas para os democratas no dia da eleição, não vai custar a ele um único centavo.
TED CRUZ: O Sr. sabe quem na campanha de Hillary Clinton foi o maior apoiador financeiro em 2016?
EPSTEIN: Acho que sei, mas esclareça-me.
TED CRUZ: O maior apoiador financeiro de Hillary Clinton, na campanha das eleições de 2016, foi a controladora do Google, a Alphabet, que foi nossa primeira testemunha.
Eles foram o maior doador financeiro. E seu testemunho é que, por meio de método dissimulado de pesquisa, eles moveram 2,6 milhões de votos para o lado dela.
Eu pensaria que qualquer um que prefira ou não um ou outro candidato deveria estar profundamente decepcionado acerca de um punhado de bilionários do Vale do Silício, terem tanto poder sobre nossas eleições, para silenciosa e dissimuladamente alterar o resultado dos votos.
EPSTEIN: Novamente, com todo o respeito, preciso corrigi-lo. Os 2,6 milhões são o piso inferior mínimo. Os 2,6 milhões são o piso inferior mínimo. O alcance é entre 2,6 e 10,4 milhões de votos, dependendo quão agressivamente estão usando a técnica que venho estudando, tais como o efeito do dispositivo de pesquisa na manipulação, o efeito da pesquisa sugestionada, o efeito da resposta tendenciosa e numerosos outros…
Eles controlam isso e ninguém consegue reagir a eles. Isso não é competitivo São ferramentas que eles têm à disposição, exclusivamente para uso deles.
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NOTA:
O texto foi extraído deste vídeo do Youtube, legendado por Luigi Benesilvi, reproduzindo o depoimento do Dr. Robert Epstein, ao Comitê do Senado dos Estados Unidos, sobre a influência das empresas de alta tecnologia nas eleições norte-americanas.
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