Um Violento e Estranho Verso do Corão – Ridvan Aydemir

Um Violento e Estranho Verso do Corão – Ridvan Aydemir
(11/09/2019)

Existe um proeminente verso do Corão, que os muçulmanos, especialmente os moderados, citam muito frequentemente, para impressionar pessoas ocidentais, mostrando quão maravilhoso e pacífico é o Islã.

De fato, Linda Sarsour, recém publicou aquelas palavras no Twitter dela. Linda Sarsour é o exemplo perfeito de alguém que não é o melhor Muçulmano, mas vai lhe dizer quão maravilhoso e pacífico é o Islã.

Perguntar a Linda Sarsour sobre o islã é como perguntar para Alexandria Ocásio-Cortez sobre o Cristianismo.

Linda Sarsour tuitou isso:

 “Quem mata uma pessoa inocente é como se tivesse matado toda a humanidade e quem salva uma vida é como se tivesse salvo toda a humanidade”. (Corão 5:32)

Muitos de vocês já devem ter lido ou ouvido isso antes. É especialmente mencionado para provar que a violência nada tem a ver com o Islã e que o terrorismo é irreconciliável com a fé islâmica.

Mas existe tanta inverdade sobre essa citação, quando se conhece o verso inteiro. A citação é brutalmente errada, mesmo os muçulmanos, sendo tão cuidadosos sobre o contexto quando alguém compartilha algo que desacredita o Islã, mas não se preocupam muito com o contexto quando é algo positivo a respeito do Islã.

Então, permitam-me ir para a coisa toda, uma parte de cada vez. A primeira coisa que notei aqui é a troca de palavras, para fazer o verso parecer mais dramático e ficar mais simpático aos não muçulmanos.

O verdadeiro verso do Corão nada diz sobre “pessoas inocentes” ou “pessoa inocente”. O texto verdadeiro só diz “quem mata uma alma”. O verso mal citado também omite uma parte integral, sem parecer que algo foi omitido, o que é muito dissimulador.

Por que esse verso de propaganda diz,

“Quem mata uma pessoa inocente é como se ele tivesse matado toda a humanidade”?

O verdadeiro verso diz algo assim:

“Quem mata uma alma – a não ser por uma alma ou por corrupção na localidade – é como se tivesse matado toda a humanidade”.

Note uma grande diferença aqui. Aquela versão suavizada, adocicada e rosada, quase soa como se fosse proibido matar qualquer pessoa, como se matar fosse absolutamente proibido como um ato horrível.

Mas a verso verdadeiro diz, “matar alguém, exceto por retaliação ou por corrupção, é proibido”.

Então, matar pessoas que causam corrupção não é proibido. E é a própria definição do Islã, que estabelece o que é ou não é um “ser humano inocente”. Gostaria de esclarecer também o que é “causar corrupção na localidade”.

Mas, antes disso, vamos ao verso seguinte, imediatamente depois desse, que eles, convenientemente, omitem.

“Certamente, a punição para aqueles que empreendem guerra contra Allah e Seu Mensageiro e andam pela terra causando corrupção, devem nada mais do que serem mortos ou crucificados ou que suas mãos e pés sejam decepados em lados opostos ou que sejam exilados da localidade. Isso é para eles uma grande desgraça neste mundo; para eles no além haverá uma grande punição”. (Corão 5:33)

Completamente mortos! Ou crucificados! Ou terem as mãos e pés decepados em lados opostos, como horrível punição, ou exilados!

De repente o Corão não parece mais tão bonito, parece?

Então, para quem é essa punição? Bem, a primeira coisa é “fazer guerra contra Allah e Seu Mensageiro“. Isso não quer dizer apenas alguém armado, atacando os muçulmanos.

Em termo comuns islâmicos, isso se aplica também a quem se opõe ao Islã e combate ideologicamente o Islã. Se quiser verificar isso, pode consultar várias fontes Islâmicas, como a mais popular interpretação do Corão, por Ibn Kathir, que diz,

“Empreender guerra, aqui mencionado, significa opor-se e contradizer e inclui a descrença, bloqueio de estradas e espalhar medo nas estradas”.

Então, eu, como crítico do Islã e apóstata e “fazendo guerra” contra Allah e Maomé, pela “definição Islâmica” e suas horríveis punições, há uma punição para mim, sob o Islã.

Para mim, pode imaginar? Eu sou tão inocente, viu? Como esperam que eu respeite tal religião? Dane-se. Vou zombar dela sempre. Qualquer um que criticar abertamente e zombar o Islã ou só tentar convencer muçulmanos a reconsiderarem sua fé ou a considerarem algo diferente, está fazendo guerra contra Allah e seu Mensageiro e pode ser punido

A segunda razão usada é “causar corrupção ou descaminho na localidade”. O que isso significa é que fazer qualquer coisa considerada ilegal pelo Islã ou for um ato de descrença ou desobediência, o que é basicamente qualquer coisa.

Ibn Kathir descreve isso como, “…todos os tipos de malignidade”. Então, é qualquer coisa.

Quando ficamos mais familiarizados com a Lei islâmica, podemos saber que os seguintes atos podem levar à punição capital:

– Abandonar abertamente e o Islã;

– Insultar o Islã;

– Incitar outros a abandonarem o islã;

– Propagar heresia e descrença;

– Ter comportamento homossexual;

– Adultério;

– Propagar essas imoralidades e sentimentos;

– E mais…

Isso é bem substanciado no Hadith e vastamente aceito e amplamente implementado na história no atual mundo islâmico

Então, o Islã tem uma definição diferente para “inocente”, do que você e eu temos, estabelecendo que esse verso não significa que você não pode matar qualquer pessoa inocente, pelos padrões atuais.

Uma pessoa que abandona o Islã é completamente inocente perante os direitos humanos, mas não perante o Islã.

Os satíricos do jornal “Charlie Hebdo”, não eram inocentes e você não é inocente se zombar ou criticar o Islã. Eu não sou inocente, por esse verso do Corão.

O Islã não respeita as vidas dessas pessoas inocentes, que nós chamamos de inocentes. Além de tudo isso, eu não terminei de falar desse verso.

Lembra como esse verso vai…?

“Qualquer pessoa que mata uma alma, a não ser por uma alma ou por corrupção…”

Bem, isso é só uma parte do verso. O verdadeiro verso é assim:

“Por causa disso, Nós decretamos para os Filhos de Israel que qualquer um que mata uma alma, a não ser por outra alma ou por corrupção praticada na localidade, é como se tiver matado toda a humanidade e qualquer um que salva uma alma, é como se ele tiver salvo toda a humanidade. E nossos mensageiros certamente irão a eles, com provas claras. Então, de fato, muitos deles, depois disso cometeram transgressões na localidade”.

O que esse verso do Corão na verdade diz, não é sabiamente dizer aos muçulmanos, que matar alguém é como matar toda a humanidade. O que ele diz é afirmar que Deus disse aos Israelitas que isso era uma regra e que os Israelitas eram transgressores a partir de então, de qualquer maneira.

É muito claro para mim porque quando muçulmanos citam esse verso, só citam a parte favorável do verso, para ganhar a simpatia.

O verso inteiro soaria um pouco mais ofensivo não seria útil o bastante para mostrar o Islã como uma bela religião. Ele não serviria ao objetivo.

Vamos analisar essa afirmação do Corão. Ela diz que Allah disse aos Israelitas que matar uma pessoa é como matar toda a humanidade. De acordo com o Islã e o Corão. Allah era aquele Deus que falou para Abraão e Moisés, o Deus dos Judeus e Cristãos. E seus Mandamentos e Palavras estão na Bíblia.

Então, quando o Corão diz, nós dissemos aos Israelitas, que esse é um Mandamento que Allah deu aos Israelitas. Agora, se procurarmos, “Quem mata uma pessoa, matou toda a humanidade”, na Escritura Bíblica Judaica Abraâmica, não encontramos tal coisa em lugar algum nos textos bíblicos. Ele não existe.

É claro que podemos ir em frente e aceitar a usual objeção dos muçulmanos, que “ele provavelmente existiu, mas os Judeus falsificaram suas Escrituras e provavelmente o removeram“. Mas, nós de fato encontramos esse conceito, mas em algum outro lugar. Nós o encontramos no “Talmud”. Em Sinédrio 37a (Sanhedrin 37a), do Talmud encontramos o seguinte:

Em casos de lei capital, se alguém testemunhar falsamente, o sangue do acusado e o sangue de seus descendentes, que ele não mereceu gerar, será imputado ao testemunhante até a eternidade. A prova disso é a que encontramos com Caim, que assassinou seu irmão, Abel, como foi atribuído a ele: “a voz do sangue de seu irmão clama a mim desde a terra” (Gênesis 4:10).

Isso serve para ensinar, que a perda do sangue de ambos os irmãos e do sangue dos descendentes do irmão, estão imputados a Caim.

“Portanto, Adão, o primeiro homem, foi criado solitário, para ensinar a vocês, que no que concerne a qualquer um que destrói uma alma do povo Judeu (i.e. quem mata um Judeu), o verso imputa a ele a culpa, como se ele tivesse destruído o mundo inteiro, assim como Adão foi uma pessoa, da qual a população do mundo inteiro é proveniente. E reciprocamente, qualquer um que mantém uma alma do povo Judeu, o verso imputa a ele o crédito, como se mantivesse o mundo inteiro.

Se olharmos novamente o Corão, o Corão descreve brevemente uma história repassada de Caim e Abel e então vai com “Quem mata uma alma, matou toda a humanidade”. Isso não deve ser uma coincidência. O Talmud, importante como é no Judaísmo, é apenas uma coleção de comentários rabínicos Judaicos sobre textos divinos e de leis de Deus.

O Sinédrio era uma assembleia, um tribunal de rabinos Judeus, estabelecido em terras dos Judeus, onde rabinos debatiam e julgavam a respeito de terras de Israel e leis de Israel.

Esse capítulo inteiro do Talmud, consiste desses rabinos fazendo comentários e estabelecendo os significados pelo entendimento dos textos. Então, quando nesse capítulo, o Talmud diz, “Qualquer um que mata um Judeu, matou o mundo inteiro”, isso é uma interpretação dos rabinos das histórias de Adão, Caim e Abel.

Então, o Corão, parece estar adotando e espelhando o Talmud, aqui. Muçulmanos sequer aceitam o Talmud e os rabinos, como autoridades. Dizem que os Judeus tomam seus rabinos como se fossem deuses.

O que parece ter acontecido aqui, é que Maomé ouviu histórias dos Judeus sobre Caim e Abel e sobre “Se alguém mata um homem, é como se tivesse matado toda a humanidade”. Maomé pode meramente não ter entendido que isso era apenas um ensinamento de rabinos Judeus, porque, pelo entendimento de Maomé, os livros dos Judeus, foram todos previamente revelados por Allah.

Pelo entendimento dele, o livro deles era o Torá e ele foi revelado por Allah. É também sabido, que os Judeus falaram a Maomé um bocado da religião deles e que houve algumas estranhas interações entre Maomé e os Judeus.

Maomé ou seus seguidores, depois dele, quem sabe, provavelmente podem ter incluído esses ensinamentos no Corão, como se fossem ensinamentos do Deus Todo Poderoso e também adicionaram as exceções do Islã, “matar aqueles que causam corrupção na região“.

Então, o Islã não só se apropriou do conceito inteiro, tornou-o pior. E muçulmanos do nosso tempo, tentam usá-lo como uma peça de propaganda para mostrar quão maravilhoso é o Islã.

Seja o que for a propaganda, no final, se torna ruim para a imagem do Islã. Ó, mais uma coisa, antes que termine, o Islã também não dá muito valor às vidas de não muçulmanos. Ele ordena explicitamente a combater aqueles que rejeitam o Islã ou rejeitam serem subjugados pelo islã. Isso torna essa peça de propaganda inteira ainda mais inútil.

O que nos restou é uma religião que tem uma diferente e imprópria definição de “inocente” e “penalizável”. Um texto muito agressivo, que ordena um horrível massacre como punição e um livro religioso, que clama ser a palavra direta de um deus, mas que parece ter sido copiado, em partes, de pregadores Judeus.

Se quiser apoiar-me e a minha causa, pode apoiar-me no “Patreon.com” ou no “apostateprophet.com“. Apreciarei muito seu apoio Estarei de volta brevemente. Tenha um grande dia! E fique longe do Islã.

Ridvan Adeymir

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NOTA:
Este texto foi extraído das legendas deste vídeo do Youtube, legendado por Luigi Benesilvi.  O então candidato a Presidente, Fernando Haddad, citou a parte pacífica desse verso no programa “Roda Viva” de 22/10/2018. A citação pode ser vista neste link do Youtube.

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