Golpistas Militares Adorados Pela Imprensa e Historiadores
(22/11/2019)

Em extenso editorial da edição de 19/11/2019, intitulado “A Linha Vermelha do Ministro da Educação”, o jornal “O Estado de São Paulo” pediu a demissão do Ministro da Educação, Abraham Weintraub, por ele ter chamado de golpista o Marechal Deodoro da Fonseca.

Golpistas Militares_Dom Pedro e DeodoroComo todos sabemos, o Marechal Deodoro liderou o golpe militar que derrubou o Imperador Dom Pedro II, em 15 de novembro de 1889.

Desde que assumiu o trono, Dom Pedro II empreendia um grande esforço de modernização do Brasil, implantando modernas siderúrgicas, ferrovias e telefonia. A filha e herdeira dele, a Princesa Isabel, havia assinado a abolição da escravatura em 13 de maio de 1888.

Isso tudo causou grande desconforto aos Barões do Café e aos plantadores de cana de açúcar, altamente dependentes da mão-de-obra escrava, pois estavam perdendo sua influência para os industrialistas urbanos, como o Barão de Mauá e outros.

Essa instabilidade ensejou o golpe militar de Deodoro da Fonseca.

Dom Pedro II foi exilado para a França, onde morreu pobre, em 5 de novembro de 1891.

Imagine como seria diferente o Brasil se a Princesa Isabel tivesse assumido o trono e dado continuidade às obras modernizadoras do pai dela.

A república fez com que o Brasil continuasse por muito tempo na dependência da produção de café e de cana de açúcar.

Está mesmo na hora de chamar Deodoro da Fonseca de golpista e redimir a memória de Dom Pedro II.

Voltando um pouco no tempo, outro golpista militar queridinho da mídia e historiadores é o imperador francês Napoleão Bonaparte, que se apropriou da Revolução Francesa e se tornou um despótico e autoritário Imperador da França. Mas a imprensa e os historiadores o adoram.

Golpistas Militares_NapoleãoO sucesso do jovem militar vindo da Córsega, começou lá por 1992, quando a população, cansada dos desmandos e massacres dos revolucionários que haviam destronado o rei Luiz XVI em 1789, começou a manifestar-se contra o Diretório que governava precariamente a França.

O então coronel Napoleão foi enviado para conter os manifestantes e fez isso à moda militar, abriu fogo dos canhões contra a população, matando centenas deles e as manifestações foram contidas.

Napoleão se aproveitou do sucesso e foi subindo na hierarquia militar, tornou-se Cônsul e depois Imperador da França em 1804.

Napoleão invadiu várias nações, sem ser provocado e causou a morte de milhares de soldados e civis em toda a Europa, empregou parentes e amigos na sua corte e nos países conquistados.

Em 1798 empreendeu a Campanha do Egito, onde foi derrotado pelos ingleses, mas voltou à França como herói, graças a uma brilhante campanha de marketing.

Em 1812 empreendeu a Campanha da Rússia, onde também foi derrotado, perdendo centenas de milhares de soldados, principalmente na retirada, durante o rigoroso inverno russo.

Foi obrigado a abdicar e foi exilado na ilha italiana de Elba, onde permaneceu até 1814, quando voltou para a França e retomou o poder. Foi definitivamente derrotado em 1815, na famosa Batalha de Waterloo, tendo sido aprisionado e enviado para a ilha de Santa Helena, onde finalmente morreu envenenado em 1821.

Até hoje Napoleão é idolatrado pela imprensa e historiadores, sendo saudado como grande estrategista militar e exímio estadista, quando, de fato, foi um conquistador impiedoso, que causou a morte de centenas de milhares de soldados e civis.

Está na hora de chamar Napoleão de golpista, autoritário e despótico.

Outro golpista queridinho da mídia, historiadores e dramaturgos é o General Caio Júlio César, que acabou com a República Romana e se tornou ditador de Roma.

Golpistas Militares_Julius CaesarDepois de derrotar os gauleses comandados por Vercingetórix, em 52 AC, Júlio César voltou a Roma, onde foi eleito e reeleito Cônsul da República e depois Ditador no ano de 44 Antes de Cristo.

Antes de Júlio César, Roma era governada pelo Senado da República e por um Cônsul, eleito por um período fixo, para exercer o Poder Executivo e comandar as forças armadas. Depois que se tornou Ditador (uma espécie de imperador) vitalício, Júlio César adquiriu o poder absoluto sobre tudo e todos no Império Romano.

Antevendo o que aconteceria com o poder absoluto de Júlio César, um grupo de republicanos, liderados por Marco Brutus, Cássio, Servílio Casca, Metelo Cimber e Caio Ligário, passaram a conspirar contra ele, para salvar a república.

No dia 15 de março do ano de 44 antes de Cristo, os conspiradores republicanos assassinaram Júlio César, em plena luz do dia, na galeria do Senado da República. Todos os integrantes do grupo esfaquearam o Ditador, para dividir a responsabilidade e passar uma mensagem de união em defesa da República.

No funeral de Júlio César, o general Marco Antônio, fez um discurso eloquente em defesa do Ditador, levando a população a considerar os republicanos como traidores de Roma. Todos eles foram perseguidos e mortos.

Depois de vários anos de disputas e uma guerra civil, no ano de 27 antes de Cristo, o sobrinho de Júlio César tornou-se Imperador, com o nome de Caio Otaviano Augusto.

Embora Otaviano tenha sido considerado um bom imperador, o sucessor dele, Tibério, foi um grande devasso, assim como alguns dos seguintes, os conhecidos Calígula e Nero. Tibério era o Imperador e Pôncio Pilatos era  governador da Judéia quando Jesus Cristo foi crucificado.

Está na hora de chamar Júlio César de golpista e redimir a memória dos cidadãos que tentaram salvar a República de Roma.

Os textos acima podem ser chocantes para quem costuma só ler, ouvir, ou assistir as versões oficiais da mídia e historiadores clássicos, mas a verdadeira história geralmente não é imparcialmente relatada por eles.

Basta ver o que acontece com as versões que circulam nos meios de comunicação sobre o regime militar de 1964 a 1985. Se ouvirmos cidadãos comuns que viveram naquele período, vamos ouvir algumas versões bem diferentes das narrativas promovidas pela mídia esquerdista.

Golpistas Militares_Presidente 1964As próprias narrativas esquerdistas reiteram terem sido mortas ou estarem desaparecidas cerca de 400 pessoas nos 21 anos do regime militar, o que dá cerca de 20 pessoas por ano. Lembrando que muitas delas foram mortas ou desapareceram durante os combates da guerrilha do Araguaia.

Vamos admitir que mais mil pessoas tenham sido realmente torturadas de forma significativa e outras 600 tenham sido impedidas de trabalhar ou tenham sido exiladas por causa de suas convicções políticas.

Então, em 21 anos, pouco mais de 2 mil pessoas teriam sido irremediavelmente atingidas pelo regime militar. Isso dá aproximadamente 100 pessoas atingidas por ano.

Se esses números forem comparados com mortos, presos ou exilados pelo regime cubano ou venezuelano, o caso brasileiro empalidece.

O regime militar brasileiro não foi derrubado por uma revolta popular; ele simplesmente se auto extinguiu e anistiou todos os terroristas e guerrilheiros que o combateram.

Golpistas Militares_Regime MilitarEsses opositores reescreveram a história, com uma narrativa exagerada ou falsa, dominando a agenda política, os meios de comunicação, as instituições públicas de ensino, praticamente sem contestação, apesar das dezenas de escândalos de desmando e corrupção, no melhor estilo do teórico marxista italiano Antônio Gramsci.

A comprovação de que o regime militar brasileiro não foi tão violento como querem nos fazer acreditar, é que significativa quantidade de opositores, terroristas e guerrilheiros, se tornaram figuras públicas importantes.

Três deles foram presidentes da República e vários outros foram ministros, senadores, deputados, governadores, prefeitos e renomados jornalistas.

Golpistas Militares_BolsonaroSó agora, depois da vitória de Jair Bolsonaro é que alguns fatos verdadeiros estão sendo discutidos publicamente e algumas narrativas estão sendo desmontadas.

Vou encerrar com a frase preferida do nosso Presidente:

“E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” – João 8:32

 Luigi Benesilvi

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