Ativista Iraniana Alerta Feministas que Terão que Combater os Islamistas no Ocidente
(14/02/2022)
Você falou sobre o Afeganistão e certamente você tem uma campanha #LetUsTalk (Deixem-nos Falar), que levou o assunto além do Irã, para o Afeganistão e para todo o Oriente Médio. Que tipo de conselho, com sua experiência, com seu conhecimento, você tem para essas jovens mulheres do Afeganistão?

MASIH: Eu não tenho nenhum conselho para as mulheres do Afeganistão. Elas estão fazendo um grande trabalho. As bravas mulheres do Afeganistão não precisam de qualquer conselho de mim e de nenhuma de nós do Ocidente.
Nós temos que dar conselhos para aquelas mulheres da Noruega, para aquelas da América que se chamam de feministas liberais e então ousam ir negociar com o Talibã.
Negociar com o Talibã significa legitimar um dos mais terroristas e bárbaros governos do mundo. Temos que dar conselhos a essas.
Recentemente, uma das negociadoras enviadas à Oslo, na Noruega, para negociar com o Talibã, Rina Amiri, vestiu o hijab. Ela obedeceu ai “chadhuri”, como as mulheres afegãs dizem ao referir-se ao uso obrigatório do véu islâmico.
As mulheres do Afeganistão dizem “não ao hijab compulsório“. Ela não foi forçada a vestir o hijab, mas ela o usou voluntariamente na frente dos homens do Talibã. E essas mulheres ainda querem defender os direitos das mulheres do Afeganistão?

Meu conselho é apenas para todas as feministas. Se vocês não apoiam suas irmãs no Oriente Médio terão que combater o Talibã, a República Islâmica do Irã e os terroristas muçulmanos, aqui no Ocidente.
Aqui na América vocês têm uma frase famosa “O que acontece em Las Vegas, fica em Las Vegas”. Acreditem em mim. O que acontece no Oriente Médio, no Irã, no Afeganistão não fica lá. Vai infectar todo o resto do mundo.
Eles vieram atrás de mim para me sequestrarem aqui na América. Vocês pensam que foi por mim? Não tenho medo por minha vida. A coisa mais amedrontadora na minha vida é que o regime islâmico desafiou as autoridades dos EUA em solo americano e Biden, o Presidente Biden, ficou em silêncio.
Se fosse o filho dele, se fosse seu parente, ele não ficaria em silêncio. Ele iria atrás da República Islâmica e diria “vamos falar do acordo [nuclear]”?
Eu quero falar uma coisa a vocês. Quero dizer que eu era favor do acordo. Eu apoiava o acordo. Eu apoiava os reformistas [do Islã]. Trabalhava para jornais reformistas, no Irã.
Não somos um bando de opositores, aqui há 42 anos [da revolução islâmica no Irã], todos nós… Não. Muitos de nós teve esperanças em reformas. Eu tive esperanças em reformas. Eu votei em reformistas e eu sinto vergonha disso agora.
Muita gente dentro do Irã também votou em pessoas reformistas. Mas agora escutem, a oposição mudou. Eles mudaram. As pessoas têm nova mensagem. Acreditem, vocês têm que sentar e ouvir as vozes das mães lá de dentro do Irã.
Uma mãe, cujo filho, Pejman Alipour, de apenas 18 anos, recebeu 5 tiros no peito. Ela é a voz verdadeira da oposição iraniana, dizendo não à República Islâmica.
A mãe de Pouya Bakhtiari estava lá, quando seu filho foi morto na frente de seus olhos. Ela disse não à República Islâmica e ela recebeu ataques. A casa dela foi vandalizada pela República Islâmica, recentemente.

O que estou dizendo aqui é que em vez de ouvir os lobistas, vocês devem ouvir a voz do povo iraniano na sociedade. Com o apoio ou não de vocês, nós vamos nos livrar da República Islâmica do Irã um dia…
Mas a história vai cobrar alguma coisa de vocês.
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NOTA
Este texto foi extraído das legendas deste vídeo, publicado no Rumble, legendado por mim. O vídeo completo da entrevista, em inglês, pode ser assistido neste link.
Estou publicando este texto em homenagem às corajosas mulheres que vivem sob o domínio de governos opressores e quase não recebem apoio das mulheres que vivem em países livres. Sinto-me em dívida com elas.
Luigi Benesilvi
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