Origem, Definição e Impactos do Marxismo Cultural
(15/10/2019)
“Marxismo cultural é um termo muito amplo, que se refere à defesa e aplicação da Teoria Crítica e à influência cultural e, de uma forma mais geral, à influência cultural, política e acadêmica de certos elementos da esquerda contemporânea”
As raízes do Marxismo Cultural são localizadas naquilo que é comumente conhecido como a “Escola de Frankfurt”.
O termo surgiu informalmente, para descrever os intelectuais afiliados ou relacionados ao Instituto Frankfurt de Estudos Sociais da Universidade Goethe, em Frankfurt, Alemanha, no período compreendido entre as duas grandes guerras mundiais (1919-1939).
O grupo criticava tanto o capitalismo ocidental quanto o socialismo soviético e tentou solucionar as falhas percebidas no Marxismo Clássico na busca pela mudança social. O trabalho do grupo ficou conhecido como “Teoria Crítica”.
Definir ou classificar a “Teoria Crítica” é excepcionalmente difícil, pois se refere a uma quantidade enorme (e quase contraditória) de ideias, indivíduos e abordagens.
O aspecto fundamental e permanente da Teoria Crítica, comum a todas as suas ramificações, é a criação de teorias multidisciplinares, que podem servir como instrumentos para a transformação social.
Durante a década de 1960, a Teoria da Escola de Frankfurt ganhou popularidade entre vários segmentos de partidos políticos e de grupos de pensadores das esquerdas, tanto na Europa como nos Estados Unidos.
No século 21, sua influência é predominantemente notada em todo o ambiente acadêmico ocidental, dominando as ciências sociais e humanas.
Os estudos de gênero e da raça branca são dois exemplos disso.
Um dos mais influentes críticos teóricos e membro original da Escola de Frankfurt foi Herbert Marcuse.
Uma olhada rápida em qualquer parágrafo escrito por Marcuse, já seria suficiente para alertar qualquer um, mesmo aqueles que não estão familiarizados com a cultura atual de intolerância nas escolas e ambientes das faculdades e universidades.
Considere a seguinte passagem de sua dissertação de 1965, “Tolerância Repressiva”:
“As pequenas e impotentes minorias, que lutam contra a falsa consciência e seus beneficiários, precisam de nossa ajuda. A continuidade de sua existência é mais importante do que a preservação do abuso de direitos e liberdades, que são garantidos pelos poderes constitucionais para aqueles que oprimem essas minorias”.
Justiça Social, feminismo, neo-progressivismo e pós-colonialismo, para citar só alguns exemplos, são todos movimentos inspirados ou criados pela Teoria Crítica e, portanto, estão todos sob a mesma bandeira do Marxismo Cultural.
Seja a opção de gênero, orientação sexual, família, raça, cultura ou religião, todos os aspectos de identidade de um indivíduo, devem ser questionados. Toda a norma ou padrão social deve ser contestado e idealmente alterado para beneficiar os grupos supostamente oprimidos.
O Marxismo Clássico via a luta de classes como um conflito entre a burguesia e o proletariado, entre os que tudo possuem e os que nada têm.
O Marxismo Cultural enxerga esse conflito acontecendo entre os opressores e os oprimidos, entre os privilegiados e os desprivilegiados.
A classe operária foi substituída pelas “minorias” e grupos “majoritários” são tipicamente classificados como “privilegiados” e “opressores”.
Já os grupos “minoritários” são convenientemente classificados como “desprivilegiados” e “oprimidos”.
Heterossexuais são opressores. Indivíduos “cisgêneros” são opressores. Brancos são opressores, especialmente homens brancos. Cristãos são opressores.
Todos os que não se encaixem nesses grupos são, portanto, considerados oprimidos.
Assim, faz sentido pensar que se os heterossexuais são opressores, então a solução é encorajar outras formas de sexualidade.
Se os brancos são opressores, então a solução é incentivar a diversidade.
Se os indivíduos “cisgêneros” são opressores, a solução é encorajar o “transgenerismo”.
Se os Cristãos são opressores, a solução é propagar o Islã.
Theodor Adorno, outro membro original da Escola de Frankfurt, escreveu um livro chamado “A Personalidade Autoritária”, no qual ele define a paternidade como o “orgulho familiar do indivíduo” e Cristianismo como “aderência aos papéis e atitudes sexuais tradicionais”. Definiu o amor de um indivíduo por sua pátria, como um “fenômeno patológico”.
Essa tendência de “patologizar” opiniões e padrões de vida, que não estão de acordo com seus propósitos políticos, é característico do Marxismo Cultural.
Assim, visões diferentes são descritas como “medos irracionais ou fobias”.
Por exemplo, uma pessoa que se sinta desconfortável vivendo numa minoria numa área dominada por imigrantes muçulmanos, pode ser rotulada como “islamofóbica”, visto que o desejo de viver entre pessoas de etnia e cultura semelhantes a ela, é considerado doentio e fóbico.
Por outro lado, quando muçulmanos paquistaneses vivendo na Grã-Bretanha, em contraste, demonstram preferência por viverem juntos com seu próprio grupo, convertendo áreas inteiras de um bairro ou de uma cidade num “mini Paquistão”, aí não existe nada deplorável e não há fobia, somente o saudável multiculturalismo.
Como declarou um rapaz paquistanês, morador de Londres:
“Vinte anos atrás, quase não havia paquistaneses aqui, mas agora, os paquistaneses deixam sua marca aqui. Agora, pense daqui a 20 anos, isso aqui vai ser o Paquistão ou Inglaterra? Vai ser o próprio Paquistão! Estamos todos vindo para cá.”
Uma manifestação de propaganda popular do Marxismo Cultural é o “politicamente correto”, pelo qual, os veículos de comunicação e os cientistas sociais, têm que fazer exercícios exaustivos para
- Questionar a linguagem corrente.
Imigrantes ilegais, por exemplo, devem ser chamados de “cidadãos não documentados”, enquanto privilegiar alguém de uma minoria racial é chamada de “ação afirmativa”.
A ambição em definir e redefinir o significado das palavras, pode ser visto como uma forma de controlar o discurso e alterar as normais culturais.
Racismo e sexismo foram redefinidos como produto do preconceito e poder, o que produz declarações ridículas como “não existe sexismo contra homens…” e “Uma mulher pertencente a uma minoria étnica, não pode ser racista ou sexista contra homens brancos”.
- Manter uma visão firmemente favorável a respeito de grupos considerados “oprimidos”.
O Islã é uma religião de paz.
“Black Lives Matter” (Vidas negras importam) é um movimento de protesto pacífico e legítimo”
O feminismo só defende a igualdade
e assim por diante…
Nenhum desvio dessa narrativa será tolerado. Jamais. Tampouco qualquer criticismo.
Enquanto o comunismo, na visão de Marx, oferece uma solução para a luta de classes em um sistema social utópico, tudo o que o Marxismo Cultural oferece é uma proposta desoladora de conflitos intermináveis, entre outros grupos ainda mais estreitamente definidos de “minorias oprimidas” dentro das próprias “minorias”.
A única consequência impactante, cuja sua ampla aplicação poderá possivelmente acarretar, é a marginalização da cultura tradicional europeia.
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NOTA:
O texto foi extraído das legendas deste vídeo do Youtube, legendado pelo grupo Tradutores de Direita. O vídeo original, em inglês, pode ser acessado neste link do Youtube.
Um artigo sobre o uso do Marxismo Cultural para eliminar a cultura ocidental, pode ser lido neste link.